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Crítica – Doutor Estranho

“Quer um conselho? Esqueça tudo o que você sabe”.

A Marvel Studios nos apresenta em 2016 a sua mais nova adaptação dos quadrinhos para o cinema, dessa vez com o personagem místico mais importante da “Casa das Ideias”.

Doutor Estranho chega aos cinemas no começo de novembro e nos apresenta o lado místico da Marvel, que foi pouco utilizado durante sua trajetória heroica no cinema.

Como um personagem de segundo escalão, Doutor Estranho chega com expectativas um pouco baixas, se comparadas a outros filmes de heróis. Abordando um novo caminho e dando uma dimensão maior do que é esse universo que a Marvel tem construído através dos anos, eles mostram que conseguem criar esse tipo de atmosfera em conjunto com o que eles já vem apresentando.

Doutor Estranho, ou melhor Doutor Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) é o maior cirurgião do planeta, capaz de feitos cirúrgicos incríveis. Após um acidente que danifica completamente o movimento de suas mãos, ele vai em busca de vários tratamentos alternativos para tentar recuperar-se de seu acidente e voltar a fazer aquilo que sabe fazer de melhor. Porém, perde as esperanças após vários tratamentos fracassados. Com um toque do destino, ele descobre um paciente que ficou paraplégico e após um tratamento alternativo, se recupera das suas lesões sem nenhuma sequela. Ao descobrir tal feito, Stephen vai em busca de respostas sobre o tal tratamento em um lugar misterioso, conhecido como Kamar-Taj.

Dirigido por Scott Derrickson, conhecido por dirigir filmes de terror, ele consegue envolver o espectador até acerto ponto da trama. Quando somos apresentados ao plano astral, conseguimos comprar a ideia desse universo aos poucos e ele é bem introduzido. Entretanto, a continuação desse aprendizado é acelerada e acaba simplificando tudo aquilo que deveria ser extenso e cheio de informações, deixando a construção deste plano empobrecida.

O roteiro do filme é simples e fechado em relação ao universo da Marvel no cinema. Apresenta o drama de cada personagem e te faz entender suas motivações. Possui ainda um enredo interessante, que enfatiza o controle que temos sobre a mortalidade, questionamentos evidentes em várias cenas do filme, mostrando dramas em hospitais e o medo da morte.

Um fato que chama bastante atenção em relação às atuações é a desconstrução do sotaque britânico que Benedict Cumberbatch tem devido às suas origens. É muito difícil encontrar esse sotaque que temos o costume de ouvir na série Sherlock, além disso ele conseguiu incorporar o personagem com grande excelência, trazendo a mesma arrogância em seus gestos do Doutor Estranho dos quadrinhos.

O filme é muito divertido e irá agradar a maioria dos fãs da Marvel que vão ao cinema em busca de filmes de heróis. Ele não inova no gênero e nas sessões de imprensa não retirou muitos risos da plateia, devido ao seu humor ser diferente dos outros filmes da Marvel.

O destaque maior do filme definitivamente vai para a produção e seus efeitos especiais. Indicamos assistir em IMAX 3D, pois quando entramos no plano astral e todo um mundo psicodélico é revelado, embarcamos em uma viagem parecida com a que vimos quando o Homem Formiga encolhe de forma subatômica. É realmente incrível, conseguiu superar outros filmes da Marvel nesse aspecto.

Uma grande sacada dos roteiristas foi o trabalho que tiveram com o Manto da Levitação, no qual criaram uma personalidade para um artefato criado em CG que consegue tirar toda a tensão da história, divertindo o público com suas investidas contra os inimigos.

Apesar de Kaecilius ser pouco conhecido no mundo de Doutor Estranho, ele tem um papel importante na divisão entre Barão Mordo e Stephen Strange. Mesmo que não aconteça esse tipo de contato nas HQ’s, o filme segue muito fiel ao conteúdo das revistas, desde a criação e a jornada do herói até se tornar o grande Doutor Estranho. E podemos dizer que o grande vilão do filme é uma grande e satisfatória surpresa para quem é fã dos quadrinhos, algo outros filmes não conseguiram manter em segredo.

 

Doutor Estranho é um bom filme que leva o selo Marvel nas costas e consegue entregar ao público maior aquilo que eles esperam. Para as pessoas com um senso mais crítico, muitas coisas vão incomodar, mas serão deixadas de lado devido ao seus grandes efeitos especiais e a atuação de Benedict Cumberbatch que entrega um Doutor Estranho fiel aos material de origem, tanto no enredo quanto no visual.

Nota: 8

Doutor Estranho chega aos cinemas em 5 de Novembro de 2016.

Guilherme
Guilhermehttp://geeksaw.com.br/
Primeiro Batman antes de Bruce Wayne. Extrovertido e sem graça. Uma mistura de piadas ruins e clichês, e um senso de humor gigante para rir delas. Editor chefe do GeekSaw. Apaixonado pela "Bigscreen" e por tudo que é novidade.
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