domingo, 24, nov, 2024

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Crítica – Code Black (1ª Temporada)

Quando falamos de séries que acontecem dentro de um hospital, é claro que o primeiro nome que nos vem à cabeça é: E.R.
Pois bem! Essa nova série da CBS pode vir para finalmente preencher a lacuna que ficou no coração de todos que gostam de um bom drama “hospitalar”.
Com atuação sensacional de Marcia Gay Harden (Dra. Rorish) e, do sempre sensacional, Luis Guzmán (Jesse), a série nos leva ao caótico Angels Memorial Hospital, que entra em Código Preto (Code Black) mais ou menos 300 vezes por ano, enquanto a média de um hospital comum é de 30 vezes ao ano. Código Preto é o nome dado para a situação em que o hospital se encontra com mais pacientes do que recursos, e não possui nem mãos, nem equipamento para tratar de todos os pacientes que ali estão.

A série logo nos traz à apresentação de novos residentes que iniciarão seu caminho rumo à medicina sendo orientados pela Dra Rorish, também conhecida dentro do hospital como Daddy (Papai). E adivinhem quem é a Mamma (Mamãe)? O enfermeiro Jesse!! (a atuação de Luis Guzmán é sempre cativante).
Ele se apresenta aos residentes impondo apenas uma regra:
Ninguém tem direito de matar nenhum paciente aqui!”. Pressão? Nada perto do que eles irão passar durante a primeira temporada de tirar o fôlego.

Dentre os residentes, temos Dra. Lorenson (Bonnie Somerville), uma mulher mais madura, que resolve entrar para a medicina após perder o seu filho para o câncer, e se ver sem condições de fazer nada para ajuda-lo, Dra. Pineda, que já é conhecida no hospital, pois fez seus estágios no Angels Memorial, Dr. Leighton, que é filho de um membro da diretoria do hospital e irmão de um antigo residente do Angels, o que o deixa um pouco inconfortável no começo. Por último, mas não menos importante, temos o Dr. Savetti, que viu na medicina a saída para uma vida sofrida, e que já teve problemas com vícios em drogas.

Assim como em outras séries do gênero, não ficamos apenas presos aos casos de dentro do hospital (e a maioria dos dessa série são incrivelmente bem interpretados e próximos da realidade, por se tratar de um lugar com poucos recursos devido ao número alto de pacientes).
O drama nos leva para dentro das vidas dos personagens, e é aqui que a série divide opiniões, inclusive a minha:
Alguns diálogos entre os personagens são fraquíssimos, mas, ao mesmo tempo, a história de vida de cada um deles é algo que pode ser muito bem explorado. O drama da Dra. Rorish, por exemplo, que perdeu a família num acidente de carro e se “afoga” no trabalho para não ter tempo para pensar no que perdeu. Somos levados até a entender como funcionam as finanças e a política por trás de um hospital (nos últimos dois episódios).
Além disso, a série também não se deixa cair na mesmice dos casos. Temos episódios com um assassino dentro do Angels, outro em que eles são chamados para um serviço fora do hospital, para um acidente enorme na estrada, em que eles são obrigados a separar as vítimas por “possibilidades de salvação”. As vítimas que tiverem as Etiquetas Pretas (Black Tag, nome do 11º episódio da temporada) não poderiam ser socorridas, pois as chances de elas se salvarem eram menores que a de outros pacientes que estavam no local. Imaginem que decisão, amigos!

Acho que, como um fã de ER que espera há algum tempo para se impressionar com uma boa série de hospital, posso dizer que temos uma boa opção que está se formando. É claro que seguir os traços de um tema tão consagrado por ER não é nada simples, e pode trazer complicações para os que estão tentando. Mas Code Black pode, sim, ser uma das boas sucessoras do gênero. Como dito antes, alguns diálogos estão muito abaixo, mas a história tem muito a render, atores consagrados e outros que prometem, e sinceramente, outros que não comprometem, e alguns que não prometem nem um pouco.

O programa está dividindo opiniões em sites especializados em críticas de séries, com índices como 54% e 53%, respectivamente considerando 33 e 28 críticas.

A renovação ainda não foi anunciada, e alguns fãs nos Estados Unidos já começaram a pedir por uma segunda temporada. A CBS anunciará até Maio se a série irá continuar ou não, junto com outros títulos da emissora que aguardam confirmação, como Limitless, Blue Bloods e Elementary.

Vamos torcer para a renovação da série, para que possamos saber como se desenrola essa história.

Nota: 7,5

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Guilherme
Guilhermehttp://geeksaw.com.br/
Primeiro Batman antes de Bruce Wayne. Extrovertido e sem graça. Uma mistura de piadas ruins e clichês, e um senso de humor gigante para rir delas. Editor chefe do GeekSaw. Apaixonado pela "Bigscreen" e por tudo que é novidade.

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