domingo, 24, nov, 2024

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Crítica – Como Eu Era Antes de Você

A Warner Bros. está trazendo para o brasil o grande sucesso literário de Jojo Moyes e que tem roteiro assinado pela própria, que chega finalmente aos cinemas, trazendo grande felicidade aos fãs. Principalmente porque o filme dirigido por Thea Sharrock e traz um elenco de peso, que fará todos se apaixonarem novamente pela vida e ver uma lado dela onde não temos controle, mas que escolhemos se vamos nos entregar de verdade as oportunidades de sorrir mais uma vez.

O filme narra a história de Will Traynor, interpretado pelo ator Sam Claflin da saga Jogos Vorazes, um jovem inteligente, bem sucedido e atleticamente ativo que sofre um acidente de trânsito que o deixa tetraplégico, tornando-o uma pessoa amargurada que não aceita sua condição e nem se enxerga mais como o “antigo” Will.

Porém as coisas começam a mudar quando a bela e jovem Louisa Clark chega a sua vida, contratada pela mãe de Will como cuidadora ou o mais próximo de uma amiga para o jovem. Louisa, interpretada por Emilia Clarke de Game of Thrones, é uma moça que procura manter sua inocência pela vida, que procurar sempre arrancar sorrisos de qualquer um, mesmo que sem querer, com as suas roupas extravagantes ou com seu lindo sorriso que desfaz qualquer cara fechada. Ela após perder o seu emprego no café e ter que ajudar sua família, começa a trabalhar pra família de Will e começa a trazer um pouco de alegria a vida do rapaz.

Se a comédia abusa de um humor inocente e simples, mas tão certeiro principalmente por vermos a mãe dos dragões mostrando o seu incrível lado cômico, temos um romance bem desenvolvido, sem pressa para acontecer, mas focado nos detalhes que faz com que nos apaixonemos a cada cena e que vejamos a beleza do amor ao cruzar com o olhar de quem temos tanto carinho. E mesmo Louisa tendo um namorado chamado Patrick, trazendo Matthew Lewis da famosa saga Harry Potter para viver o papel, uma rapaz alegre, mas egoísta em seu relacionamento, colocando sempre suas prioridades acima da simplicidade que Louisa tanto ama, ela consegue se aproximar de Will, deixando tudo acontecer tão natural que fica difícil dizer em que momento eles se apaixonaram.

O drama também é um dos grandes acertos do filme, pois em meio a tantas fórmulas clichês, vemos um drama muito bem desenvolvido, com um final que pode não agradar aqueles que esperam sempre o padrão das histórias de amor. Will nos mostra que suas decisões, são suas decisões. E Louisa aprende que nosso amor pelos que nos cercam, não pode tirar esse direito de decisão que cada um tem sobre a própria vida. E é nessa parte da história que vemos parte do elenco que mesmo com curtas participações, nos faz sentir a preocupação e dedicação que os pais têm com os filhos. Os pais de Will, Camilla e Steve Traynor, interpretados por Janet McTeer (A Mulher de Preto) e Charles Dance (Game of Thrones), entram em conflitos de aceitação e luta para ajudar o filho a manter a esperança na vida e entregam dois personagens que dão um tom simples, mas intenso ao filme.

A trilha sonora é cheia de músicas que combinam com os momentos vividos pelo casal nas belas paisagens do inverno Europeu, nos fazendo suspirar em tantos momentos e até rolar algumas lágrimas em alguns outros.

Como Eu Era Antes de Você nos entrega uma receita de bolo já conhecida em tantos outros filmes, mas com uma execução no ponto, fazendo com que possamos saborear um filme que transita do cômico ao dramático, do ingênuo ao sensato, do surreal ao sóbrio. Um filme com ótima execução, com cenas maravilhosas, com um elenco de peso que se entrega as emoções vividas pelos personagens e com um desfecho que já causou tanta polêmica, mas que se mostra corajoso ao apresentar um desfecho que deixa claro que não temos (ou que temos totalmente) controle em determinadas situações que nos cercam, deixando apenas a opção de amar até o último minuto de nossas vidas e vivermos todas as oportunidades que ela nos oferece.

Nota: 8

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Guilherme
Guilhermehttp://geeksaw.com.br/
Primeiro Batman antes de Bruce Wayne. Extrovertido e sem graça. Uma mistura de piadas ruins e clichês, e um senso de humor gigante para rir delas. Editor chefe do GeekSaw. Apaixonado pela "Bigscreen" e por tudo que é novidade.

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