sábado, 07, set, 2024

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Review – DC Super Hero Girls: Teen Power é o super poder da diversão (Nintendo Switch)

Baseado na série animada, DC Super Hero Girls: Teen Power vem para quebrar o ar sombrio da DC e adicionar um pouco de açúcar, tempero, tudo que há de bom, e o elemento X. Ao controle de super-heroínas ou super-vilãs tentando salvar as pessoas ou fazer suas vilanias, e mantendo suas relações sociais, você terá um jogo bem descontraído que, ao mesmo tempo, o prenderá no Switch por longos períodos.

Apesar de começar meio estranho, principalmente a mecânica de combate, o jogo faz um bom trabalho em te guiar calmamente até você se adaptar – algo que não leverá mais do que suas ou três missões.

DC Super Hero Girls: Teen Power é voltado para o público infantil – conforme a série – portanto o jogo em si é bem bonitinho, alegre e simples. Mas, como dizem, “menos é mais”, e esse “simples” acaba por ser um ponto positivo! Sem 30 milhões de mecânicas a aprender, você consegue usar melhor o seu tempo para explorar os mapas e descontrair do estresse do dia-a-dia. Para crianças, um jogo bem interessante; Para os adultos, um jogo gostosinho.

O sistema de combate consiste em ataques que, conectados, terminam em um golpe final chamado “smash”. Um smash é um ataque bem poderoso, e também aumenta a quantidade de dinheiro que os inimigos derrubam ao serem derrotados.

E, claro, como estamos falando de super-heróis e vilões, não pode faltar super poderes. Temos Supergirl com sua visão de calor e habilidade de voar, ou Batgirl com seus vários gadgets. Para adquirir essas habilidades e fortalecer os personagens, é necessário usar pontos específicos adquiridos ao concluir missões no jogo.

Há dois tipos de missões: de combate e de exploração. Na sua maioria, as de exploração são missões paralelas que consistem em ajudar civis, tirar fotos, ou encontrar objetos escondidos. Já as de combate são mescladas entre missões de história e extras. Algo que agrega desafio ao jogo é que essas missões de combate possuem seis objetivos de conclusão (desde terminar em tanto tempo, até não sofrer dano algum), os quais, quando cumpridos, são revertidos em recompensas.

Essa parada de objetivos nas missões me fez pensar se teria alguma forma de revisitá-las para tentar novamente, e a resposta é “SIM”. Num dado ponto do jogo, você terá acesso ao VR Mode, que lhe dá acesso às missões passadas para refazê-las e conquistar os bônus de conclusão que não conseguiu de primeira.

Dentre as missões de exploração, algumas delas lhe darão recompensas de cosméticos. Você poderá adquirir novas roupas e acessários – casuais e de super-heróis – para comprar na lojinha, e também novos modelos de prédios. (Oi????) É, calma…

O plot em DC Super Hero Girls: Teen Power meio que gira em torno de um projeto do Lex Luthor para reerguer uma cidade que foi devastada. A ideia dele é que essa nova cidade seja a cara dos estudantes de Metrópolis e, por tanto, quem escolherá como as construções serão feitas são os adolescentes de Metrópolis (no caso: você). A partir desse enredo, é que as coisas começam a dar errado.

Os demobots (robôs encarregados da demolição e construção dos prédios) estão perdendo o controle e atacando os civis. Como se isso já não fosse problema o bastante, estão aparecendo também uns brinquedos amaldiçoados para causar destruição. Sim, sim, é uma história bobinha, mas lembre que é um jogo com foco no público  infantil, o que o torna simplesmente divertido.

DC Super Hero Girls: Teen Power segue o mesmo visual cartunesco e engraçadinho da série animada. Mas, o mais impressionante é o quão bem feito e otimizado ele é. O jogo roda quase que perfeitamente, com raríssimos casos de frame drop. As telas de loading são muito rápidas bem rápidas também, algo que me impressionou bastante por conhecer jogos menores e mais leves com telas de loading estranhamente demoradas.

O único detalhe que pecou um pouco no visual, para mim, é o posicionamente da câmera. Durante combate, sem problemas. Mas fora disso, a câmera é posicionada muito próxima do personagem, limitando sem campo de visão. Com a Diana (WonderWoman) então, que é uma amazona, ela ocupa quase um terço da tela, hahaha.

Um ponto que me deixou um pouco decepcionado é que o jogo é puramente single player. Ele tem muita cara de ser co-op local, mas não é. Uma pena, pois seria bem legal poder jogar com alguém. Quem sabe no futuro, se fizerem um segundo jogo.

E outro ponto de atenção, possivelmente o que mais afastará os jogadores dessa preciosidade, é o preço. DC Super Hero Girls: Teen Power é vendido a preço de jogo AAA (US $ 60,00). Mesmo para os gringos, o valor é um pouquinho alto; E, para nós, R$ 300,00 já é forçar a amizade. Na minha humilde visão, eu diria que 40-50 dólares estaria de bom tamanho para esse jogo. Mas, né… Nintendo. A gente já sabe como funciona a tabela de preços dela. 🙁

Pontos negativos à parte, DC Super Hero Girls: Teen Power consegue ser inesperadamente bom. Eu assumo que quando vi o lançamento, até achei que pudesse ser divertidinho, mas bem fraco em sua maioria. Porém, enquanto jogava para fazer essa análise, eu me peguei ansioso para ligar o Switch e jogar mais um pouco.

No fim, DC Super Hero Girls: Teen Power provou ser divertido e bem gostoso de jogar. Bater nos bandidos e nos brinquedos, cumprir com os objetivos das fases, e explorar os mapas para completar missões fazem dele um excelente jogo para sua biblioteca do Switch. Só precisaria encarar o preço, ou esperar por uma possível promoção.

Nota: 4/5

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Alexandre
Alexandre
Existem os cavaleiros da tábula redonda e existe eu, o cavaleiro redondo da tábula. Alguns dizem que sou uma lenda, já outros são pessoas de verdade. Amante de games desde a era 8-bits e quando Português não era opção de idioma.
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