Elden Ring é considerado um dos melhores jogos do gênero Soulslike de todos os tempos, e agora ganhou uma expansão, Shadow of the Erdtree, que promete expandir ainda mais o vasto universo do jogo. Com essa nova DLC, os jogadores podem esperar novas horas de exploração e combate nas enigmáticas Terras das Sombras. Mas será que Shadow of the Erdtree está à altura da grandiosidade do jogo base? Vamos descobrir.
Já podemos afirmar sem muita enrolação que Shadow of the Erdtree é, sem dúvidas, tão boa quanto o jogo base, se não melhor. Isso porque esta DLC, embora não tenha a extensão do original, tem conteúdo suficiente para ser chamada de Elden Ring 2, da mesma forma que aconteceu com Monster Hunter World e sua DLC Iceborne. Embora essas expansões estejam diretamente ligadas ao jogo base, seguindo os mesmos percalços e exigindo ações prévias para serem acessadas, a DLC de Elden Ring exige que certos eventos sejam concluídos para ser iniciada.
A desenvolvedora FromSoftware fez um trabalho incrível ao entregar uma história ainda mais elaborada que a primeira, ou talvez tenha guardado essa parte para ser contada neste momento. Mesmo após toda a aventura nas Terras Intermédias, agora podemos nos aventurar nas Terras das Sombras e continuar a desvendar os segredos escondidos, desta vez com Miquella, irmão de Malenia, que foi o terror de muitos jogadores na história principal.
Para acessar a DLC, é necessário cumprir dois objetivos mencionados anteriormente: derrotar General Radahn, o Flagelo Estelar e Mohg, Senhor do Sangue, ambos semideuses com lutas épicas contra o Imaculado. Mohg está protegendo diretamente o casulo de Miquella, e após sua derrota, podemos acessar a DLC tocando no braço ressecado de Miquella e sendo enviados às Terras das Sombras.
Vale ressaltar que o objetivo de derrotar dois semideuses poderosos para ter acesso à DLC soa mais como uma preparação para o que está por vir. A DLC parece ter sido feita para jogadores veteranos, devido ao seu alto grau de dificuldade. Pode-se esperar inimigos incrivelmente fortes logo nos primeiros minutos de gameplay, então esteja preparado para morrer muito. Para ajudar o jogador a superar esse desafio, é possível encontrar Fragmentos da Umbrárvore, que, ao serem usados em locais de graça, podem aumentar a força e a defesa, equilibrando um pouco as coisas. Da mesma forma, temos as Cinzas Espirituais Reverenciadas, que aumentam o HP do nosso corcel e a força de nossas invocações. É importante ressaltar que esses itens aumentam seus status apenas nas Terras das Sombras; caso o jogador volte ao jogo base, não poderá se beneficiar desse aumento de força e defesa.
A adição desses dois novos itens foi implementada para mostrar que, mesmo o guerreiro mais forte, terá dificuldades em avançar na história caso não os encontre, ressaltando a importância da exploração. Cada cantinho do mapa pode conter algum item essencial.
Falando em exploração, metade do jogo será dedicada a ela. Seja procurando os pedaços da Umbrárvore ou as Cinzas Espirituais, ou buscando caminhos para acessar novas áreas, um dos aspectos mais importantes da exploração. Muitas vezes, você se verá em um penhasco, olhando ao redor, avistando um castelo ou uma floresta ao longe, e se perguntando: “Como farei para chegar até lá?” O mapa transmite uma falsa sensação de proximidade, mas o engano se revela quando você percebe a necessidade de percorrer um grande caminho para alcançar essa localidade. Isso se repetirá inúmeras vezes. A maioria dos locais está escondida, e é fácil avançar na história e perder eventos ou itens importantes no caminho. Esse aspecto torna toda a jogabilidade única e, dependendo do seu estilo de jogo, você poderá ter uma experiência completamente diferente, explorando locais que seu amigo não explorou e trocando informações que enriquecem a experiência de ambos, adicionando horas extras de gameplay. Isso torna o fator replay incrivelmente amplo.
Os novos chefes são um espetáculo à parte, com poses imponentes e novas mecânicas de combate, forçando o jogador a observar, morrer, aprender e repetir o processo até alcançar a vitória. E pode esperar por chefes muito mais difíceis do que os do jogo original. Até mesmo uma luta contra um velho conhecido se torna uma nova batalha em Shadow of the Erdtree.
Para compensar essas dificuldades, o jogo apresenta novas armas e mecânicas para auxiliar nos combates, com mais de 100 itens no acervo. Uma adição que gostei foi as luvas que permitem lutar com as mãos nuas, formando combos de alta velocidade. Cada inimigo derrotado tem uma chance de deixar cair seu equipamento, seja a arma ou partes da armadura, e às vezes será necessário derrotá-los várias vezes até conseguir. Alguns itens importantes também são adquiridos através do drop, então fique atento a quais inimigos podem te beneficiar. Derrotando chefes, você ganha acesso às suas almas, que podem ser usadas para criar as armas mais fortes do jogo, basta levá-las a um ferreiro. Mas, caso não queira, é possível usá-las como pontos para subir o nível do personagem, uma opção interessante para quem já possui essas armas e está em um new game mais avançado.
Shadow of the Erdtree segue o mesmo padrão gráfico do jogo base, com algumas exceções em locais definitivamente belos. Contudo, como o próprio nome da DLC sugere, a maioria das localidades são sombrias, mas ainda assim, podem ser apreciadas em detalhes. Aproveitando-se dessa falta de luz, o jogo coloca inimigos em lugares estratégicos para emboscadas ou para surpreender o jogador, reforçando ainda mais a necessidade de cautela e exploração.
Uma nova área foi implementada, introduzindo um novo modo de jogar em Elden Ring. Sabemos que ao nos agacharmos, ou usando um item específico, podemos nos aproximar de inimigos sem sermos notados, aplicando golpes críticos pelas costas. Mas, nesta nova área, é obrigatório passar despercebido, em total stealth. Isso porque há inimigos que podem matar com um único golpe, independentemente da sua força. Se você for avistado e não conseguir fugir, a morte é certa. Este inimigo se teletransportará até você se te avistar, então será necessário passar agachado e se escondendo na vegetação, sempre observando onde o inimigo está, para ter a chance de prosseguir. Essa etapa foi bem implementada para dar uma quebrada no ritmo frenético de ação, sem se tornar tediosa ou demorada, a menos que você perca tempo tentando derrotar tais inimigos, mesmo que inicialmente eles pareçam intangíveis aos seus golpes. Cabe a você decidir se vale a pena dedicar tempo a essa experiência.
Em resumo, temos um Elden Ring base, ganhador de “Jogo do Ano” e outros prêmios, que agradou quase 100% dos fãs de Soulslike, mesmo não sendo o mais difícil da franquia. Agora, somos presenteados com uma DLC ainda melhor, com uma história mais profunda, inimigos formidáveis, um mapa incrivelmente amplo e vertical (mesmo sem o tamanho do jogo base, ainda é imenso para uma DLC), exigindo uma exploração mais aprofundada. Além disso, há muitas áreas e inimigos secretos, exigindo mais de uma jogada para alcançar 100% de conclusão. A implementação de um modo stealth obrigatório em uma área específica traz uma mudança bem-vinda, com um inimigo realmente implacável. Os gráficos continuam a impressionar, embora não muito diferentes do original, e a mecânica de gameplay segue a mesma, com pequenas melhorias e novidades. Shadow of the Erdtree não decepciona e traz de volta milhares de fãs ao universo de Elden Ring. Então, prepare seu corcel e não deixe de conferir o que te aguarda nas Terras das Sombras!
Elden Ring: Shadow of the Erdtree já está disponível para PlayStation 4 e 5, Xbox One e Series, e PC.
Nota: 4/5
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