domingo, 24, nov, 2024

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Review – Kona

Um jogo em primeira pessoa onde você controla Carl Faubert, um detetive particular, a chamado de W. Hamilton, um rico empreendedor industrial da região montanhosa ao Norte do Canadá e dono de uma imensa mansão de caça.

A historia se passa na década de 70, ao chegar no lugar onde seus serviços são necessários, Carl percebe que tudo foi tomado pela neve e os habitantes estão desaparecidos, sendo assim a narrativa te leva a resolver este caso desvendando todos os mistérios que existem ali.

Com direção de arte incrível e imersiva ambientação, o jogo faz você sentir tudo o que uma nevasca pode trazer, claustrofobia, tensão e medo, fazem parte das sensações que te prendem ao jogo; a narrativa assim como a trilha sonora dão o toque de suspense necessário para te prenderem a trama e fazerem você se aprofundar cada vez mais no jogo.

Para quem curte jogos de sobrevivência esse game é indispensável, você deve prestar muita atenção nas necessidades do personagem para que o mesmo não tenha uma crise de stress, ou acabe morrendo de hipotermia causada pela exposição a nevasca. Ou seja, tenha sempre em seu inventario um kit de primeiro socorros, um kit para fazer fogo e outros itens para cuidar dos status do detetive Carl.

A jogabilidade em primeira pessoa peca somente na hora das batalhas e perigos que ali habitam. Em nosso teste no console Xbox One, percebeu-se que o hitbox é impreciso, você ira perceber que alguns golpes que deveriam ser assertivos acabam não atingindo o seu alvo.  É evidente que o foco são os puzzles, prepare-se para ralar bastante e montar alguns quebra cabeças localizando itens necessários para que se avance na historia.

Levando em consideração a narrativa do jogo no estilo de Everybody’s Gone to the Rapture, senti que os elementos de sobrevivência são o combustível que irão te manter estimulado para encarar esse cenário inóspito e sombrio.

Ser um detetive não é nada fácil, algumas respostas para a investigação estarão em pequenos detalhes do jogo, como jornais no chão, fotografias ou quadros, e pessoas congeladas, sim, isso mesmo. Você uma hora ou outra vai se deparar com pessoas que foram congeladas e é ai, que a trama fica ainda maior. O detetive ao tocar nessas pessoas consegue visualizar o que ocorreu antes delas congelarem e isso tem uma importância enorme no gameplay, pois trarão muitas respostas que ficariam em aberto, te ajudando assim a seguir em frente. Em algumas partes do game essa skill é ativada sem ter uma vitima do gelo, preste muita atenção nesses momentos pois eles lhe darão detalhes da trama.

Sua melhor amiga, a Polaroid

Sua câmera fotográfica registrará momentos que podem revelar pegadas e informações importantes para seguir o caminho certo nesta nevasca destruidora e que de fato te deixará confuso após circular por boa parte do mapa; falando nisso, neste jogo é crucial seguir as informações do mapa de bolso que você tem no inventario.

Conclusão

É notável que o ritmo moroso e os problemas de fluidez nos movimentos do personagem, acabem prejudicando um pouco o gameplay, mas devemos considerar inteligente essa mescla do vulgarmente chamado de ‘’simulador de caminhada’’ com ação e sobrevivência, que te prendem no jogo e fazem com que emocionalmente você de fato fique preso ao personagem e aos mistérios que lhe cercam.

Um jogo com poucas horas de gameplay, porém, suficientes para evitar que o jogo fique repetitivo e você consiga ir do começo ao fim sem reclamar do enredo.

Para quem quer ter uma experiência diferente dos jogos que nos cercam o Kona precisa estar em sua coleção.

Kona está disponível para Playstation 4, Xbox One e PC.

Nota: 8.3

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Guilherme
Guilhermehttp://geeksaw.com.br/
Primeiro Batman antes de Bruce Wayne. Extrovertido e sem graça. Uma mistura de piadas ruins e clichês, e um senso de humor gigante para rir delas. Editor chefe do GeekSaw. Apaixonado pela "Bigscreen" e por tudo que é novidade.

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