domingo, 24, nov, 2024

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Review | Tom Clancy’s Ghost Recon: Wildlands

Ghost Recon: Wildlands finalmente chegou para as plataformas da última geração. O jogo é definitivamente o maior shooter de mundo aberto já criado e apresenta uma história empolgante, onde seu objetivo é derrotar o maior líder do narcotráfico da Bolívia, El Sueño.

El Sueño é o líder do Cartel de Santa Blanca. Ele acredita ser uma espécie de messias, que acredita estar numa missão divina e que todos os seus atos são milagres realizados por um propósito. Ele não se enxerga como uma figura maligna, psicopata e assassina. Ele construiu um império onde vários pessoas cuidam de diferentes locais, fazendo com que se torne uma cadeia indestrutível de tráfico. Muitas dessas pessoas nós não conhecemos inicialmente, sendo imprescindível que você derrube peças pequenas, para poder conhecer as maiores.

 

Ao iniciar o jogo, entramos em uma tela de criação de personagens, onde você pode personalizar seus traços genéticos (etnia, rosto, cicatrizes, olhos, barba e cabelo) e seus adereços (roupas, óculos, fones de ouvido e muito mais). São ricos detalhes que irão fazer muita diferença, para caracterizar nosso soldado e se destacar no meio de partidas online.

Após a criação do personagem, embarcamos na unidade Ghost, que foi incumbida de derrotar o narcotráfico, derrubando peça por peça, para enfim exterminar a ameaça de vez. Além disso, a unidade precisa fortalecer as forças rebeldes que devem te ajudar na operação e fornecer informações valiosas sobre o Cartel de Santa Blanca.

Quando entramos definitivamente no mundo aberto criado pela Ubisoft, o que notamos é uma linda paisagem, rica em detalhes e um local vivo e pacato. Mesmo com toda os conflitos gerados pela guerra ao narcotráfico, o povo da Bolívia vive humildemente e sua fauna é muito bem respeitada e sem exageros. As vilas e os locais que encontramos em todo mapa é muito característico do local e dificilmente destoa de um ambiente real. Ao se aprofundar ainda mais nesses detalhes, encontramos civis assustados, que ao ver o conflito entre a Unidade Ghost e o Cartel de Santa Blanca tentam se proteger ou ao menos abaixam na hora do tiroteio. Elas sabem o que fazer e não correm aleatoriamente como visto em outros jogos de mundo aberto.

O maior problema do cenário é sua memória física. O mapa em si é muito bonito e sua iluminação é excelente, mas suas ações como marcas de pneus ou pegadas não são registradas no mapas, sem falar de colisões de veículo ou marcas de derrapagem. Esses pequenos detalhes fazem a diferença se comparados a outros jogos de mundo aberto.

Falando em mundo aberto, o tamanho do mapa é monstruoso. Você gastará muito tempo para chegar perto dos seus objetivos, porém vai desfrutar de paisagens exuberantes e um mapa vivo, cheio de civis vivendo sua vida humildemente. Cada parte do cenário é comandado por Chefões que são distribuídos em zonas estratégicas, onde cada um detêm um certo tipo de poder de toda a organização.

É possível sentir a opressão no ar, e no decorrer do jogo você vai recebendo informações sobre as atrocidades que os chefões do Cartel de Santa Blanca fazem com o povo, através de vídeos, documentos e áudios que você vai adquirindo ao realizar as missões. Muito se esperava dos chefões e metade deles são totalmente descartáveis pois não há profundidade ou algum tipo de drama que envolve. Mas nem todos são assim e alguns você terá o prazer de eliminar.

Para evoluir na história do jogo é necessário informação e para consegui-las você terá que invadir algumas instalações inimigas e conseguir interrogar pessoas importantes que estão sendo protegidas dentro delas.

Você também pode fazer as mini missões do mapa, onde os objetivos são basicamente eliminar os soldados do Cartel do mapa, que estão guardando algum suprimento ou armas da organização.

 

Controle de direção ainda atrapalha

Um dos problemas que a Ubisoft ainda não conseguiu resolver, é a direção de veículos em seus jogos. Em Tom Clancy’s Ghost Recon Wildlands não é diferente, porém há uma melhora significativa se compararmos a outros títulos como Watch Dogs 2 por exemplo. A câmera não ajuda na condução do veículo, mas também não atrapalha se comparado a outros. O problema maior se encontra na física em colisões, que parecem preguiçosas e não se preocupa com os detalhes. Pilotar um helicóptero com precisão é extremamente difícil. Nunca que sabe quando você está realmente descendo ou subindo e os controles te deixam confusos na hora de aterrissar.

Além de carros e helicópteros é possível dirigir motos, que trazem uma direção mais tranquila na hora das curvas. Se você pensa em escapar de um grupo maior, a melhor opção definitivamente é a moto.

 

Vamos ao Combate


O grande diferencial da franquia Tom Clancy’s Ghost Recon são os combates táticos, onde uma abordagem tática e furtiva é muito mais efetiva do que uma incursão violenta. No modo furtivo é um pouco mais difícil, pois você precisa encontrar pontos estratégicos e utilizar um drone para fazer o reconhecimento do campo, tudo isso estando perto da base inimiga que a qualquer momento pode te identificar e estragar todo o seu plano tático. Já numa incursão é bem possível que você obtenha um sucesso um pouco mais rápido, mas isso depende da velocidade em que você atua, pois se demorar demais para eliminar todos os inimigos avistados, eles podem chamar reforços e transformar uma simples ofensiva, num inferno.

Na questão furtiva, o que atrapalha esse tipo de investida são seus companheiros de guerra, que trazem uma IA burra se tratando disso. Eles podem acabar com seus melhores planos, pois eles se escondem em lugares óbvios e causam uma atenção desnecessária. Já em investidas ofensivas, eles se saem melhor e são imprescindíveis no momentos de aperto. Além deles, em algumas missões temos a ajuda dos rebeldes que demonstram ter um poder de fogo maior do que sua equipe tática.

Explorando o mapa é possível descobrir novas armas disponíveis e diferentes tipos de acessórios para suas armas e criar uma personalização única, onde cada combatente consegue se diferenciar dos outros, e escolher o estilo que mais lhe agrada na hora do combate. É possível personalizar o tipo de arma usada, a mira e outros detalhes que são de suma importância para a pessoa que deseja se adequar maior ao seu estilo de jogo.

A ação é dinâmica e trará grandes desafios aos jogadores, tendo eles que lidar com um poder bélico maior, situações que necessitam de paciência e como de costume da franquia, o trabalho em equipe é necessário em todo o jogo. Por isso, não seja o Rambo, não vai dar certo.

Se o problema dos NPC’s de sua equipe são um problema, você pode simplesmente participar de missões com jogadores online. É incrível o quanto a diversão do jogo altera ao entrar em partidas online. Vocês podem trabalhar juntos e tomar algum forte ou continuar na missão principal, ou simplesmente se dividirem e fazer missões diferentes. Porém para conseguir se dar bem, é necessário comunicação. Como em todos os jogos online, você vai encontrar gente que realmente que fazer a missão de forma séria e disciplinada, mas tratando de internet isso raramente acontece. Porém você pode se encontrar com amigos e terminar a história do jogo juntos.

Os servidores da Ubisoft não apresentaram nenhum problema de conexão conforme jogamos e isso se destaca pois na hora de fazer uma missão de forma furtiva, a sincronia com a equipe é essencial para realizar um ótimo trabalho.

O modo online irá te trazer muita diversão e você vai gastar horas jogando com amigos ou desconhecidos e dando continuidade na trama ou simplesmente destruindo tudo a sua volta.

 

Totalmente em Português

Muitas pessoas podem achar que isso não é uma coisa importante nos dias de hoje, porém uma dublagem brasileira muda completamente a sua imersão no jogo. Você consegue entender a situação, o objetivo e a trama sem precisar ler ou traduzir. A Ubisoft mais uma vez traz uma dublagem de qualidade, onde as personalidades do jogo conseguem ser transmitidas. Você consegue diferenciar cada personagem pela dublagem e deve ser destacado o carinho que a produtora teve com o público brasileiro, que a cada dia mais cresce no mercado de games.

 

Conclusão

Tom Clancy’s Ghost Recon Wildlands é um jogos com gráficos maravilhosos, com uma iluminação impecável e com uma história envolvente. Ele peca na física geral ao se tratar de um jogo de mundo aberto. A direção de veículos patina bastante na questão das câmeras e atrapalham nas cenas de perseguição.
Ele apresenta um sistema online estável e com muitos jogadores para realizar as missões cooperativamente, porém isso vai depender do quão empenhado cada jogador estiver para que as missões sejam realizadas de formas organizadas. Além disso, o jogo traz um vasto arsenal de personalização, tanto do personagem quanto dos adereços e armas, fazendo com que seus jogadores possam se adequar da melhor forma possível, escolhendo o tipo de abordagem condizente com suas habilidades.

Tom Clancy’s Ghost Recon está disponível para Playstation 4, Xbox One e PC.

Nota: 8

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Guilherme
Guilhermehttp://geeksaw.com.br/
Primeiro Batman antes de Bruce Wayne. Extrovertido e sem graça. Uma mistura de piadas ruins e clichês, e um senso de humor gigante para rir delas. Editor chefe do GeekSaw. Apaixonado pela "Bigscreen" e por tudo que é novidade.

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