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Crítica | Velozes e Furiosos 8 é exagerado, irreal e tem tudo aquilo que adoramos ver

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A Universal Pictures está trazendo para o Brasil a continuação da franquia de carros (não-vivos) mais famosa de todas.

Chegando com sua oitava parcela da franquia, Velozes e Furiosos 8 traz a antiga equipe e tem pela frente do desafio de seguir em frente, após o falecimento de um dos atores principais, Paul Walker.

Confira a sinopse:

Agora que Dom e Letty estão em lua de mel e Brian e Mia se aposentaram — e o resto da equipe foi exonerado —, o time que rodou o mundo vive o que parece ser uma vida normal. Entretanto, quando uma mulher misteriosa (a vencedora do Oscar Charlize Theron) seduz Dom de volta ao mundo de crime do qual ele não consegue fugir e ele trai aqueles que lhe são próximos, o grupo irá enfrentar desafios que irão testá-los como nunca antes.

 

Um Toretto sombrio é revelado quando o grupo descobre que ele está trabalhando por fora e contra a equipe. Isso pode ser um choque, mas era o que a franquia precisava, um inimigo que fosse de dentro da equipe e que tivesse uma profundidade maior de tudo aquilo que eles viveram ao longo dos anos. A grande virada de tudo isso está nas mãos de Charlize Theron que traz um vilã séria, que realmente se torna a maior ameaça de toda a franquia por trazer um membro importante da equipe do seu lado e ameaçar o mundo de uma maneira bastante estrondosa.

A direção fica pelo recém chegado a franquia F. Gary Gray, conhecido por dirigir “Uma Saída de Mestre” e “Straight Outta Compton” e alguns videoclipes de rap. Diferente do tom sombrio usado por James Wan, Velozes e Furiosos 8 é um filme muito mais leve em que o objetivo maior é entreter em suas cenas exageradas de ação, com uma avalanche de carros zumbis e uma corrida com um submarino. Sensacional!

 

O filme entrega aquilo que todos os fãs querem e ele não tenta ser maior do que ele é. A ideia de um Toretto sombrio abordada no filme, é algo que todo mundo vai entender e a adição de outros membros na equipe para ajudar a pará-lo é totalmente justificável no roteiro que faz com que seja uma história simples, focando naquilo que os atores sabem fazer de melhor e ainda adicionar um elemento chave, que é um futuro para franquia.

Vin Diesel canastrão como sempre, esbanja habilidade em tudo que coloca em mãos. Sendo todos os tipos de veículos, armas e tecnologia. Ele se torna refém daquilo que ele nunca imaginou acontecer e isso causa um impacto no seu olhar e na sua forma de agir. Também é impossível não lembrar do “Triplo X” em muitas de suas ações, que no geral é se envolver em coisas impossíveis sem tirar aquele ar “segurança” em seu rosto.
A adição de Charlize Theron ao filme é simplesmente fantástica, pois ela entrega uma vilã sombria, que usa as armas necessárias para todo o tipo de situação e sabe lidar com todos os outros personagens. Seu visual é bastante intimidador e lembra muito as vilãs de filmes como “As Panteras”, ela é uma mistura de hacker ativista com uma linda agente especial.

Outro destaque vai para as cenas de ação protagonizadas por Jason Statham, principalmente a do ato final, no qual ele esbanja excelentes coreografias e uma simpatia com o público que fará você esquecer todo o mal que o personagem causou.

Além disso, Hellen Mirren está no filme com um papel pequeno, mas que irá tirar muitos risos com sua personificação e mesmo com pouco tempo de tela, é capaz de dar um rumo a trama, fazendo assim que o jogo se torne favorável aos mocinhos.

Há uma aparição surpresa no filme e os fãs vão adorar ver a volta de um personagem não muito querido, mas marcante para a franquia. Isso pode mostrar que há um futuro aberto para Velozes e Furiosos e muitas peças no tabuleiro podem ser reaproveitadas. Pode até parecer estranho, mas seria algo como um “Esquadrão Suicida”.

Mesmo que o filme seja um pouco menos sombrio, existem momentos tensos e particularmente tristes. Porém necessário para todo o desenrolar que pode abrir uma porta para algo muito maior no futuro da franquia.

Dificilmente um filme 3D me chama a atenção, e esse é um deles. As perseguições, as corridas e toda a ação que o filme proporciona é linda, muito diferente de filmes que simplesmente te jogam um CGI todo atrapalhado, sem valor nenhum, somente pra te jogar muitas destruições e tentar fazer valer seu ingresso mais caro. Velozes e Furiosos 8 apresenta cenas de CGI de primeira mesmo que exageradas.

A trilha sonora também se destaca e isso tem um dedo do diretor, que soube escolher a trilha que caracteriza-se o momento e tivesse toda a pegada de cada país visitado, além daquele clima “underground” criado nos primeiras filmes da franquia, que eram sobre Tunning e carros rápidos.

Os lugares que visitamos no filme são importantes e visitam cenários que caracterizam a Guerra Fria. Viajamos para Cuba, Nova York e Rússia, com toda a trama sendo desenvolvida com os mesmos moldes que tivemos naquele época. Algo nas sombras que ameaçam o mundo.

 

Velozes e Furiosos 8 é um filme com um roteiro simples, que fará você se impressionar com cenas de ação excelentes mesmo que exageradas e também carrega um leque de atores consagrados, juntamente com os rostos famosos de franquias de ação. Além disso o filme consegue mostra que existe um futuro para a franquia e mesmo com a partida de um grande integrante, consegue honrar o seu legado. É um filme feito para fãs, que mesmo assim irá agradar todo o tipo de público devido ao entretenimento gerado pela produção. Vale lembrar que se você optar pelo IMAX terá feito um ótimo negócio, pois todas aquelas cenas são lindas na maior tecnologia do cinema.

 

Nota: 8

Velozes e Furiosos 8 chega aos cinemas em 13 de Abril de 2017.

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