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Crítica | Trumbo: Lista Negra

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Dirigido por Jay Roach (Entrando numa fria),O filme possui um eixo politico e social englobando todos os aspectos da democracia e também da politica não tão bem aceita na época pelos americanos, o comunismo.
Representando Dalton Trumbo (Bryan Cranston) interpreta um roteirista da década de 40 nos Estados Unidos que teve barrada sua grande habilidade, escrever. O motivo de tal repudia foi a especulação do Governo americano de que os filmes de sua autoria tinha intuito de influencia politica através das ideias comunistas, e isso era a aversão do tipo de governo que o país pregava.

Após recusar ”colaborar” com o governo estadunidense,Trumbo foi preso. Após sair da cadeia, o imponente roteirista recebeu uma proposta de uma gravadora de baixo status na época, os filmes produzidos e escritos por Danton levaram nome de outras pessoas, devido ao peso que as gravadoras teriam se elas mostrassem associação ao nome dele. Ainda no ”anonimato” e já possuindo um Oscar pelo longa ‘Arenas SangrentasTrumbo continuou produzindo os roteiros de forma incansável e sem trégua o que acabou criando um abismo familiar, principalmente com sua Esposa Cleo Trumbo (Diane Lane) e Nikola Trumbo(Elle Fanning).

Hedda Hopper (Ellen Mirren) é uma colunista de sucesso com grande influência na imprensa, apoiadora da politica americana, usou todos os artifícios possíveis para derrubar Trumbo. Desmascarando as verdadeiras autorias dos filmes de sucesso, fazendo publicações, chantagens e alianças com quem poderia atrapalhar de alguma forma a trajetória do escritor.

Aos poucos Dalton construiu uma respeitosa imagem, e a alavanca aconteceu quando Dean O’Gorman (Kirk Douglas)  tornou público que Trumbo escreveu o roteiro de Spartacus.

A atuação de Bryan Cranston é impecável, confesso que assistindo ‘Trumbo‘ é difícil não lembrar do jeito turrão do Sr. White (Breaking Bad) mas Bryan consegue nos passar a realidade que o filme quer mostrar, é notável que ele absorve o personagem dado a ele.  Algo que observamos é a devoção dele ao comunismo, mas também o discernimento de saber contornar algumas situação que coloque em conflito a politica e a vida e bem estar dele e de sua família. Em algum momento podemos até pensar que Trumbo não parece ser tão fiel as ideias comunistas, mas logo depois vemos que isso é mais uma questão de ponto de vista de saber até que ponto vale a pena algumas coisas.

A atuação de Diane Lane (Cleo Trumbo) poderia ter mais vida, a sensação que temos é que ela esta apenas reproduzindo as falas que lhe foram dadas.

Ellen Mirren (Hedda Hopper) representa com bastante empodeiramento a ambição que corria nas veias da colunista, ela incorporou mesmo a personagem mimada pela imprensa americana. Algo a ser notado também é a forte personalidade da filha de Trumbo, Nikola (Elle Fanning), que mostra muita semelhança com o pai. Elle em seus outros filmes já mostrou que representar personalidades fortes não é nenhum desafio tão difícil.

Trumbo é um filme com energia dinâmica, que nos mostra que quando se tem sucesso muitas vezes não se tem amigos e sim aliados e inimigos. Com certeza agrega para a historia da politica comunista, da indústria cinematográfica e é claro para os Estados Unidos.

O filme Trumbo é baseado em acontecimentos reais e narrados no livro Dalton Trumbo (1977), de Bruce Cook.

A estréia está prevista para o dia 28 de janeiro.

Nota: 9

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