Google search engine
HomeFilmesAnálises - FilmesCrítica – A Cura

Crítica – A Cura

A Fox Film do Brasil está trazendo para o Brasil o Suspense (com elementos de terror psicológico) “A Cura”, dirigido por Gore Verbinski, famoso por comandar os primeiros filmes de Piratas do Caribe e O Chamado. Ele conta com as estrelas Dane DeHaan, Jason Isaacs e Mia Goth no elenco principal. A trama é escrita por Justin Hayte.

Sinopse: Um jovem e ambicioso executivo é enviado para buscar o CEO de sua empresa em um “centro de bem-estar” idílico, mas misterioso, em um local remoto nos Alpes Suíços. Ele logo suspeita que os tratamentos milagrosos do spa não são o que parecem. Quando ele começa a desvendar os segredos aterrorizantes do lugar, sua sanidade é testada e ele é diagnosticado com a mesma curiosa doença que mantém todos os convidados ali à espera da cura.

O filme chega ao cenário brasileiro timidamente, com muitos outros filmes fazendo um barulho absurdo, porém no Press Summit da FOX, que ocorreu em Janeiro, assistimos a 20 minutos de “A Cura”, que apresentou uma trama que prendeu todos que estavam ali com sua fotografia impressionante. Agora com o filme liberado com data de estreia para 16 de Fevereiro de 2017, podemos afirmar que essa surpresa é completamente feliz.

O elenco do filme em geral não é muito conhecido, a não ser por Jason Isaacs e Dane DeHaan. DeHaan faz um grande trabalho desempenhando o papel de Lockhart, um executivo com muitas ambições, que acredita ser superior aos demais. Quando é descoberto no início do filme que ele ultrapassou os limites da legalidade em seus negócios, ele é obrigado a ir aos Alpes Suíços em um “Centro de Cura” para retirar um CEO que aparentemente perdeu a cabeça.

O personagem de DeHaan passa por muitos momentos tensos e caóticos, e ele consegue passar para o público o quão perturbado seu personagem fica devido as situações. Ele é apresentado de uma forma e ganha uma mudança radical no final.

 

A fotografia de Bojan Bazelli somada à direção de arte da equipe de Grant Armstrong é tremendamente perturbadora, tudo se encaixa em um ambiente completamente insano, mesmo que isso pareça “normal” para os personagens.

Algumas cenas são extremamente violentas e fará com que o público feche os olhos para coisas horríveis que acontecem nesse “spa” para pessoas com a idade mais avançada. A direção brinca com o espectador, fazendo com que ele mesmo duvide se tudo aquilo é real ou uma alucinação.

 

Toda a trama criada sobre o “Centro de Cura”, desde sua história sobre o passado até sua nova instalação é, no mínimo, perturbadora e irá deixar o público tenso praticamente durante todo o filme, mesmo que o roteiro pegue um pouco mais leve no decorrer dele. Esse é um dos problemas encontrados, pois ele segue uma narrativa bastante misteriosa, porém aos poucos vai deixando aquela tensão de lado e você começa a achar graça de algumas coisas. Mas ele volta decolar com o 3º ato trazendo uma tensão ainda maior.

 

Chegando perto do final, onde as cartas estão na mesa e tudo pretende ser revelado, muitas coisas criadas ao longo do filme terminam sem respostas e o desfecho é bastante simples. Eles encheram a mão para criar a história, porém chegando no fim, existe uma pressa para que tudo se encerre e acaba tendo um final bastante clichê e completamente diferente de tudo o que foi criado. No que começa com um terror psicológico, acaba como um filme de terror dos anos 90.  Ele pode agradar os fãs de Stephen King, mas para o público geral definitivamente não irá agradar.

Conclusão

A Cura é um filme com uma duração elevada, que não engana o espectador e traz exatamente aquilo que foi divulgado. Ele é um terror psicológico de começo, meio e perto do fim, que se transforma em algo bastante diferente daquilo que o filme propõe ao longo dele. A fotografia e os cenários são os maiores pontos do filme, no que pode virar um clássico para os mais aficionados ao gênero de terror a lá Stephen King. O potencial é enorme, mas é desperdiçado no fim.

Nota: 8

A Cura chega aos cinemas em 16 de Fevereiro de 2017.

Guilherme
Guilhermehttp://geeksaw.com.br/
Primeiro Batman antes de Bruce Wayne. Extrovertido e sem graça. Uma mistura de piadas ruins e clichês, e um senso de humor gigante para rir delas. Editor chefe do GeekSaw. Apaixonado pela "Bigscreen" e por tudo que é novidade.
ARTIGOS RELACIONADOS

2 COMMENTS

- Advertisment -
Google search engine

POPULARES

Comentários Recentes