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Crítica – Aquaman entra na galeria dos melhores filmes de super-heróis já feito

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A Warner Bros. está trazendo para o Brasil a primeira aventura solo do rei de Atlântida, o Aquaman. O filme se passa após os acontecimentos de Liga da Justiça, onde Arthur Cury (Jason Momoa) volta a ação para se descobrir no meio de uma crise no fundo do mar.

Confira a sinopse:

Arthur Curry (Jason Momoa), mais conhecido como Aquaman, ainda é um homem solitário, mas quando ele começa uma jornada com Mera (Amber Heard), em busca de um algo muito importante para o futuro de Atlantis, ele aprende que não pode fazer tudo sozinho.

 

Jason Momoa está de volta ao papel de Aquaman em seu primeiro filme solo do Universo DC nos cinemas. Nessa primeira aventura solo, Arthur Cury embarca em uma jornada para decidir o futuro de Atlantis em meio a uma ameaça iminente vinda direto do trono.

No filme, descobrimos quem são os pais de Aquaman e como eles se conheceram. A Rainha Atlanna (Nicole Kidman) é salva pelo faroleiro Thomas Curry (Temuera Morrison) e se envolvem num relacionamento duradoura que gera a vida do pequeno Arthur Curry, que no futuro se tornaria o Aquaman.

Após a introdução até sua vida adulta, Arthur Curry vive desbancando piratas em alto mar e salvando os habitantes da terra e isso serve para evidenciar o quanto o personagem ainda não é algum tipo de herói e sim um tipo de justiceiro. A jornada de Aquaman é para transforma-lo de um justiceiro a um herói de verdade. Nessa jornada, ele descobre que seus atos como justiceiro acaba criando problemas com os quais ele vai ter que lidar pelo resto de sua vida e serve para amadurecer o personagem, porém, esse é um dos problemas do filme pois esse processo de amadurecimento é de uma hora para outra e no fim é muito difícil de comprar a ideia de que ele realmente seja digno do trono.

Jason Momoa não é o tipo de ator que você espera uma carga emocional trazida a tela, apesar de em alguns momentos ele conseguir te convencer sobre os sentimentos que a cena precisa, mas se tratando de ação, ele se impõe em qualquer sentido com suas poses de poder e claro uma rosto bastante ameaçador. Podemos ir até mais longe, pois a escalação do ator cai como uma luva, pois Arthur Curry é a definição da junção de duas raças. A genética mista de Momoa se alinha perfeitamente a isso e essa diversificação faz com que várias pessoas possam se identificar com o ator e o personagem.

A química entre os personagens Hera (Amber Heard) e Aquaman (Jasom Momoa) não funciona como deveria e se torna a parte menos interessante do filme. É aquele típico relacionamento onde os atores não estão na mesma sintonia e depende muito do roteiro para que aquilo seja evidenciado.

O roteiro segue uma linha bastante interessante, onde coloca o espectador numa espécie de onda que começa com relacionamentos e drama e quando a onda se forma, nos coloca no meio de uma luta frenética ou uma cena de ação de encher os olhos. O primeiro e o segundo ato têm momentos de tensão, humor e no relacionamento clichê dos personagens, já o terceiro ato é como um tsunami que faz qualquer espectador sair da cadeira e se maravilhar com os efeitos gráficos e a ação de saltar os olhos que deixa no chinelo muitos outros filmes de super-heróis. Os eventos do terceiro ato são tão épicos que faz jus aos quadrinhos, a Poseidon e a qualquer outro deus grego. É fenomenal!

O figurino criado tanto para o Aquaman e Hera quanto para os vilões Arraia Negra e Rei Orm são muito bem trabalhados e com detalhes incríveis. Nele você entende o porque do personagem se chamar daquele jeito ou o motivo de ele usar aquele tipo de arma, trazendo uma riqueza maior para esse universo do fundo do mar. As batalhas visualmente são de primeira categoria, mesmo usando o máximo que se pode de efeitos visuais, aquilo não se torna algo cansativo e você consegue entender muito bem tudo o que está acontecendo em volta.

A direção de James Wan me deixou com um pouco de receio quando foi anunciado, pois não sabíamos exatamente o quanto de liberdade ele teria para trabalhar nesse universo que vive altos e baixos na DC nos cinemas, mas é notável que foi a melhor escolha que a DC poderia fazer e traz um filme épico, com uma cena de plano sequência de encher os olhos e a tela do IMAX. Se você é fã do trabalho de Wan, encontrará várias referências de suas obras nesse filme.

Aquaman traz definitivamente toda a ação magistral que uma história em quadrinhos pode proporcionar em suas splash pages (quadros de página inteira) que te leva a uma guerra no fundo do mar de proporções épicas. Além disso, seu uniforma e algumas pequenas cenas trazem uma nostalgia do personagem que somente os fãs vão identificar.

Conclusão

Aquaman entra na galeria dos melhores filmes de heróis já feito. Não tanto pelos atores e sim pela direção e produção que proporcionam uma das melhores experiências que tive em tela grande. Antes Aquaman era considerado piada pelo público, agora ele se torna um grande ícone que obviamente terá muitas sequências nos cinemas e em todo tipo de mídia. James Wan mostra sua competência como diretor, que antes era conhecido pelo gênero do terror, agora entra para o gênero épico de super-heróis com dois pés na porta. É um grande alívio e um renascimento para a ideia de que esses mundos possam colidir mais uma vez.

 

Nota: 4/5

 

Aquaman chega aos cinemas em 13 de Dezembro.

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