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Crítica – IT: A Coisa é um dos filmes mais aterrorizantes dos últimos anos

A Obra Prima do terror finalmente está chegando aos cinemas. IT – A Coisa é baseado no conto de terror do mestre Stephen King.

Confira a sinopse:

Um grupo de sete adolescentes de Derry, uma cidade no Maine, formam o autointitulado “Losers Club” – o clube dos perdedores. A pacata rotina da cidade é abalada quando crianças começam a desaparecer e tudo o que pode ser encontrado delas são partes de seus corpos. Logo, os integrantes do “Losers Club” acabam ficando face a face com o responsável pelos crimes: o palhaço Pennywise.

É indiscutível como Stephen King sabe criar terror como ninguém, ele consegue te deixar em um estado de tensão e faz você entrar em seus piores pesadelos. Mas nós sabemos que um dos pesadelos de Stephen King, são algumas das adaptações de suas histórias ao cinema, como Sonâmbulos, Montado naBala, Comboio de Terror e etc. Claro que existe algumas boas adaptações como O Iluminado, Conta Comigo, O Nevoeiro e etc. Porém um de seus melhores ainda não havia ganhado uma versão para o cinema, tivemos um telefilme que recebeu críticas neutras e assim caiu no esquecimento da grande mídia.
Dessa vez, IT – A Coisa é produzido por um grande estúdio e recebeu (obviamente) algumas mudanças pontuais da obra original.

O longa muda algumas ordens de ação, podendo ser atos de algumas das crianças e o drama envolvido. Porém as mudanças são necessárias para agradar o espectador e não transformar todas as cenas tenebrosas em um jumpscare repetitivo. Aliás são poucos momentos com esse tipo de abordagem, colocando IT em um patamar ainda maior, pois ele conseguiu me deixar tenso, aflito e totalmente desconfortável com aquilo que presenciei. Essa talvez seja a melhor adaptação de uma história de Stephen King que muda algumas pequenas regras.

O enredo é o mesmo do livro, seguimos as histórias dos integrantes do Clube dos Perdedores, que conta com Bill (Jaeden Lieberher), Richie (Finn Wolfhard), Eddie (Jack Dylan Grazer), Beverly (Sophie Lillis), Stanley (Wyatt Oleff), Mike (Chosen Jacobs) e Ben (Jeremy Ray Taylor). Todos eles estão ligados ao Pennywise (Bill Skarsgard) de alguma forma, porém o mais crítico é vivido por Bill que perdeu seu irmão misteriosamente.

A direção do longa fica por conta de Andy Muschietti que fez um ótimo trabalho em Mama. A visão do diretor com relação ao filme molda todo o ambiente que Stephen King coloca nos livros. Suas partes tenebrosas que arrepiam o espectador é relativa com o ambiente no qual as crianças viviam nos anos 80, como um foco maior no trágico dia-a-dia das crianças.

Muitas questões são levantadas e mostra que a união das crianças em relação a ameaça de Pennywise é maior do que qualquer obstáculo que elas enfrentam em sua realidade. Pensando dessa forma, a ameaça do Palhaço alivia a dor de alguns dos integrantes, que se colocam na linha de frente por um bem maior, mesmo sabendo que tudo o que eles fizerem serão para proteger aqueles que pouco se importam com eles.

A maior ameaça do filme, A Coisa (Pennywise) é incrivelmente assustadora e sádica, um tipo de Freddy Krueger visceral, onde ele encontra tudo aquilo que você mais teme e tenta te colocar no desespero real. A tática usada é simples, o roteiro te coloca para viver os pesadelos das crianças e você acaba entrando em alguns deles. Quando somos confrontados com Pennywise, ele transfere toda a carga “aterrorizante” para dentro e fora do filme. Seus medos se tornam os medos das crianças.

O maior problema é não se aprofundar em algumas das crianças. O tempo de tela de cada uma não é equilibrada, mesmo que todos tenham uma obrigação com A Coisa. A tragédia de um dos personagens que perdem os pais nos livros não é tão abordada e fica jogada no ar. O filme é muito mais focado em Bill e Beverly e Eddie.

Mesmo com todo o ambiente pavoroso quando temos Pennywise em cena, o filme conta com uma pegada humorística bastante divertida. Temos Richie sendo o equilíbrio entre tensão e leveza funciona, porque existe um coração em todo o enredo e temos empatia com cada um deles.

Bill Skarsgard está incrível no papel, no trailer já conseguíamos nos assustar com sua atuação no bueiro e ele mantém essa atuação impecável ao longo do filme. Ele se impõe como grandes ícones de terror do cinema.

 

Conclusão

IT é um filme de terror diferente do que o mercado cinematográfico tem produzido. Existem Jumpscare’s no filme, mas não é a real fonte de movimento no terror que ele propõe. Ele é um tipo de terror visceral, que não assusta somente o seu reflexo, mas faz brotar um terror que vem de dentro do indivíduo. É impressionante o quanto as pessoas saiam tremendo da sessão, mesmo que o filme em sua maioria seja divertido. O filme não é recomendado para crianças, mesmo que o elenco seja formado por elas.

Ele pode mudar algumas coisas do livro de Stephen King e talvez isso possa incomodar alguns fãs, mas claramente vemos que o tipo de história que o autor queria contar, está no filme.

Nota: 9

 

It: A Coisa chega aos cinemas dia 7 de Setembro.

Guilherme
Guilhermehttp://geeksaw.com.br/
Primeiro Batman antes de Bruce Wayne. Extrovertido e sem graça. Uma mistura de piadas ruins e clichês, e um senso de humor gigante para rir delas. Editor chefe do GeekSaw. Apaixonado pela "Bigscreen" e por tudo que é novidade.
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