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Crítica – Liga da Justiça é uma aventura leve, heróica e esperançosa

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Finalmente, a equipe de heróis mais famosa do mundo ganha vida nos cinemas com “Liga da Justiça” distribuído pelas Warner Bros. que chega ao Brasil nesta semana.

Confira a sinopse:

Impulsionado pela restauração de sua fé na humanidade e inspirado pelo ato altruísta do Superman, Bruce Wayne convoca sua nova aliada Diana Prince para o combate contra um inimigo ainda maior, recém-despertado. Juntos, Batman e Mulher-Maravilha buscam e recrutam com agilidade um time de meta-humanos, mas mesmo com a formação da liga de heróis sem precedentes, poderá ser tarde demais para salvar o planeta de um catastrófico ataque.

 

Após muitas especulações e mudanças drásticas nos momentos finais das filmagens, o filme chega aos cinemas com a ideia de apresentar novos personagens e estabelecer um caminho mais sólido para o Universo DC nos cinemas.

Na trama, Bruce Wayne/Batman (Ben Affleck) e Diana Prince/Mulher-Maravilha (Gal Gadot) vão em busca de pessoas com habilidades extraordinárias na esperança de salvar a Terra de uma ameaça que vem além das estrelas. Nessa busca, conhecemos um pouco de cada herói que fará parte dessa missão. Temos Arthur Cury/Aquaman (Jason Momoa), Barry Allen/Flash (Erza Miller) e Victor Stone/Ciborgue (Ray Fisher). Essa apresentação é confusa, aliás o primeiro ato é bastante confuso. São apresentados vários cortes no filme e fica nítido a diferença de tom que cada diretor coloca no filme e isso acaba atrapalhando na evolução da história. Imagine isso como se você fosse o Will de Stranger Things e vivesse no mundo real e passasse para o mundo invertido na próxima cena, isso certamente poderia estragar o filme, mas com o decorrer da história as coisas se encaixam rapidamente e toda aquela confusão do início começa a ser esquecida. A montagem do filme é realmente confusa e falta uma ligação melhor ou pelo menos uma transição de uma cena para outra.

Em relação ao tom do filme, ele é completamente diferente da linha “obscura” que a DC veio adotando ao longo dos seus filmes, ele se torna um filme muito mais leve e bem mais divertido. Mesmo que algumas piadas se tornem desnecessárias, em sua maioria elas funcionam. Em uma dessas piadas existe uma com o Aquaman que é genial. O problema disso tudo é quando estabelecemos este tom quando o Batman está envolvido, pois ele perde toda a seriedade imposta nos anteriores e essa “mudança” não indicou nenhum motivo pessoal para ele, muito diferente do Superman que é mudado completamente devido ao seu renascimento e se torna cativante e o símbolo de esperança no qual ele nunca havia demonstrado em toda a sua caminhada até sua morte. Aliás, o Superman é uma das melhores coisas do filme.

O ponto alto do filme é realmente o quesito equipe e nos personagens que compõe ela, ninguém fica de fora dos holofotes e todos são essências na luta contra o Lobo da Estepe. Flash e Aquaman são realmente boas surpresas e a Mulher-Maravilha é devastadora, sua imponência diante das batalhas e situações difíceis e seu brilho interno mostra que Gal Gadot entendeu a essência dessa personagem tão importante nos dias de hoje.

Um filme com três personagens que ainda não apareceram em nenhum outro lugar e precisam se desenvolver numa trama de 2 horas pode acarretar numa caminhada lenta e monótona, mas esse não é o caso deste filme, que consegue apresentar Flash, Aquaman e Ciborgue entrando numa equipe, mostrando o que são e evoluindo no meio disso tudo, esse definitivamente é o maior acerto do filme. A evolução destes personagens dentro da Liga era de extrema importância para a continuação deles em seus filmes solo e isso não atrapalhou em nada no desenrolar da história.

As batalhas da equipe contra o Lobo da Estepe são épicas quando todos enfrentam o vilão, mas perde o brilho quando são colocados em escala maior, se torna um show cru de efeitos especiais e não agrega em nada ao filme. Quando as lutas se tornam mais pessoais e o close fica mais perto dos heróis, podemos ver o brilho de uma página de quadrinhos sendo transportada para o filme. Podemos ver a mão do Zack Snyder em momentos de slow motion com um close no rosto dos heróis, remetendo quase imediatamente as páginas de quadrinhos de Alex Ross.

O maior problema do filme fica por conta do seu vilão. O Lobo da Estepe é um personagem vazio, feito totalmente em CGI e que nada de sua mitologia é explicada. Para quem não conhece de quadrinhos não vai entender o porquê ele está fazendo o que faz. Ele devota uma fé em algo que não é explicado e fica vazio.

Liga da Justiça começa confuso e vai se colocando nos eixos no desenrolar da história e ele não tenta ser maior do que é, mesmo que suas duas cenas pós-créditos indiquem os próximos passos desse universo.

 

Conclusão

A DC conseguiu montar a Liga da Justiça dos sonhos, com atores que levam o filme nas costas com sua fácil identificação com os personagens no qual é difícil escolher o seu favorito. A mudança drástica no tom pode acarretar sérios problemas para a carreira solo no cinema do Cavaleiro das Trevas, mas ajudou a colocar o Homem de Aço nos eixos. O vilão é totalmente descartável e esquecível. As batalhas se tornam épicas individualmente, porém quando se toma uma proporção maior se perde em qualidade gráfica.

É um filme com dois diretores com visões completamente diferentes, mas que no consenso final conseguiram colocar “esperança” no meio de todos os problemas que o filme enfrentou.

Liga da Justiça é um filme leve, divertido e heroico. Para todos os tipos de público que ficarão encantados com o trabalho de uma verdadeira equipe engajada em manter a paz no mundo e trazer esperança para um futuro mais calmo a Warner Bros. e DC.

 

Nota: 8

 

ATENÇÃO!!! Os filmes contem 2 cenas pós-créditos.

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