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BGS 2018 | Jogamos o RPG histórico Kingdom Come: Deliverance

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Kingdom Come: Deliverance é um jogo de ação e RPG desenvolvido pela Warhorse Studios e publicado pela Deep Silver para o Microsoft Windows, PlayStation 4 e Xbox One. O jogo está situado no Reino medieval da Boêmia, um Estado Imperial do Sacro Império Romano, se destacando pelo seu enfoque no conteúdo historicamente preciso.

Nós, do Geek Saw, tivemos a oportunidade de jogar algumas sequências do RPG ao lado de um dos integrantes da equipe de Warhorse Studios, Tobi Stolz-Zwilling, gerente de relações públicas do estúdio, o qual pode nos dar detalhes sobre o mesmo, como também sobre o futuro do jogo.

O diferencial de Kingdom Come: Deliverance está na sua grandiosa simplicidade. Henry, o protagonista, não é um herói tampouco um herdeiro, sendo apenas um menino comum inserido em uma guerra civil, e não apresenta nada de grandioso além daquilo que seu esforço, como jogador, será capaz de conquistar. A trama do jogo não apresenta dragões, fadas ou nenhuma outra estrutura lúdica, tendo seu potencial focado na história local de onde o projeto teve seu início, na República Tcheca.

Embora o desenvolvimento do jogo depende unicamente e exclusivamente do desempenho de seu jogador, não possuindo qualquer interferência externa, a trama acontece mesmo sem a presença física de Henry nos eventos, em uma simulação realista, na qual os objetivos do jogo não deixam de existir, mas continuam suas histórias independentemente do jogador, exigindo assim um esforço maior na solução dos mistérios acerca da trama.

Ainda se falando de trama, a jogabilidade de Kingdom Come: Deliverance tem como alicerce o ponto de vista do jogador, ou seja, as pistas dos mistérios estão todas ao seu arredor — o jogo não facilita as resoluções, nem se torna didático — provocando a atenção do jogador, seja em seu cenário como nas personagens apresentadas, onde a desconfiança e o questionamento se devem fazer presentes no decorrer dos acontecimentos, visto que suas escolhas constroem a narrativa e possuem, consequentemente, um impacto sobre a mesma, seja em sua índole como também em seus atributos físicos ou treinamentos — resultando em uma imersão mais densa.

Como já dito anteriormente, todas as missões principais são baseadas em fatos históricos ambientados na região em que o jogo se situa, inclusive seu cenário assim como todo o ambiente são historicamente exatas, suas locações de fato existem. A equipe de desenvolvimento trabalhou com historiadores para deixar tudo o mais próximo da realidade, seja nos pontos já citados mas não deixando de lado os itens culturais como alimentação e vestimenta, por exemplo. As missões secundárias envolvem as situações cotidianas, na qual é possível descobrir ainda mais sobre a vivência daquela época, 1403. O único fator ficcional na história é Henry, permitindo a liberdade do jogador construir seu próprio caminho dentro da história, tendo influencia sob a mesma mas ainda assim não alterando seus acontecimentos.

Sobre a diferença entre a DLC e o jogo original, as mesmas apresentam novas oportunidades de jogabilidade como missões ou modos, todas dentro do mesmo mapa, como por exemplo o modo de torneio, chamado Tournament — na qual o jogador consegue disputar torneios com outros personagens presentes no jogo, infelizmente não oferecendo uma opção online. Outras DLCs já estão disponíveis como From the Ashes, na qual o jogador pode participar da criação de uma nova vila, e The Amorous Adventures of Bold Sir Hans Capon lançada recentemente em 16 de outubro, contendo três novas missões.

Relembrando que Kingdom Come: Deliverance está disponível em três plataformas, sendo elas PCXbox One Playstation 4 nos idiomas inglês, alemão e francês, com legendas em espanhol.

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