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Review | Assassin’s Creed: Syndicate

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Assassin’s Creed: Syndicate é o novo jogo da popular franquia de aventura da Ubisoft. Exclusivo para Xbox One, Playstation 4 e PC, o game leva o jogador até Londres, onde no controle dos irmãos Frey, deve conter os planos dos templários, com grande destaque para a interação entre os irmãos e a grandeza do cenário de Londres o novo trecho da franquia entra de forma bastante sólida no enredo da série.

 

TODAS ATENÇÕES AOS FRYE:

Jacob e Evie Frye, gêmeos assassinos que se unem para resgatar Londres das mãos dos templários mesmo indo diretamente contra as ordens da associação. É uma premissa bastante simples, mas Syndicate torna interessante através da boa escrita e de um elenco de personagens divertidos.

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Evie Frye e seu irmão são grandes, e suas corajosas brincadeiras de irmãos acrescentam um toque bem-vindo de interatividade. Evie é a mais velha dos dois gêmeos; e enquanto ela é calculista, precisa e inteligente, Jacob é mais ousado e imprudente, preferindo realizar seus objetivos através de improvisação e socos. Ambos são assassinos já estabelecidos libertando o enredo da repetição de títulos do passado, que lidava com a ascensão do assassino titular através do jogo. Há até mesmo uma espécie de enredo mais moderno, visto que enquanto ela consiste unicamente de cutscenes, ele realmente progride a história.

Como já havia sido revelado antes do lançamento, os dois irmãos têm abordagens bastante distintas às missões e ao combate. Se Jacob serve-se sobretudo dos seus punhos para eliminar os seus inimigos, Evie tem no aspeto furtivo a sua melhor arma. Isto significa que dependendo do seu estilo de jogo, um dos personagens será certamente o seu favorito quando estiver a explorar o mapa e a realizar objetivos secundários. De notar, mais uma vez, que é uma pena que o título não faça uso mais vezes dos dois protagonistas em simultâneo nas missões principais.

 

Conheça a Londres vitoriana:

Com um novo estúdio, Ubisoft Quebec, fazendo a estreia de mais um Assassin’s, vemos a produtora tentando correr contra o tempo para não ceder à pressão de manter um jogo de qualidade de maneira anual. A equipe parece essencialmente impotente quando colocada sob tal pressão. As pequenas mudanças em direção a melhores mundos, personagens, e em particular a escrita mais nítida, se perdem entre os problemas que têm permeado a série desde o seu pico em 2009.

A renderização romantizada do Sindicato dos anos 1860 de Londres é certamente impressionante – uma expansão nevoada preenchida com meninos de rua, gangues, londrinos e chaminés altas. É de longe o maior e mais bonito mapa de Assassin’s Creed até o momento.

A agradável abordagem Horrible Histories para Londres funciona bem. Cada distrito, desde as favelas sujas de Whitechapel para a grandeza imponente de Westminster, se mostram distintas – visualmente, pelo menos – e Londres tem um brilho úmido que parece glorioso sob uma coberta de nuvens em noites chuvosas. Correr através do rio Tamisa, apressando-se com um fluxo constante de rebocadores e barcaças, ou usando o novo lançador de corda de rapel rapidamente até Big Ben ou a Catedral de St Paul; este é um lugar que parece mais familiar do que a versão 12th Century-Jerusalém ou o arquipélago das Caraíbas, e a familiaridade nos leva a querer explora-las cada vez mais a fundo.

Mas abaixo das ruas vitorianas, os fundamentos técnicos estão rangendo. Syndicate não é nem de perto o desastre técnico que foi Unity ano passado, mas a desaceleração frequente e textura pop-in são ambos bastante comuns.

 

Por dentro da história:

Um ponto característico de Assasin’s Creed  é a maneira como se serve de diferentes períodos históricos para introduzir personagens famosos  no conflito longínquo entre Assassinos e Templários. Em Assassin’s Creed Syndicate isso não acontece e, com exceção para Alexander Graham Bell, todos os restantes indivíduos de importância histórica, que incluem Karl Marx, Charles Dickens e Charles Darwin, são relegados para missões secundárias de relevância discutível e com intervenção nula no arco narrativo geral da saga.

Isso nos mostra com clareza que a Londres Vitoriana foi escolhida como cenário para esta obra por ser o epicentro da revolução industrial e pelas possibilidades que abre para novas mecânicas de jogo e não pelos momentos marcantes da história da humanidade ou as mentes que neles participaram.

 

Jogabildade melhorada:

Em Syndicate perdemos o modo online apresentado em Unity, mas permanecemos com a edição de trajes e armas de nossos assassinos, sendo apresentados agora a era moderna temos pela primeira vez interação com veículos grandes em movimento, a possibilidade do uso de carruagens de um modo muito similar a GTA, a criação de gangues e uso de uma espécie de gancho que facilita as escaladas mais longas ou travessia de pontos distantes. Os combates ganham movimentos mais ágeis e contam com a participação de aliados durante as pancadarias. Andar de uma forma mais discreta por Londres é mais simples que em outros jogos, uma vez que há mais locais onde seu personagem pode se esconder e uma nova habilidade chamada Camaleão.

 

O grande vilão do jogo:

Os maiores vilões do jogo não são os personagens criados com essa funcionalidade em si, mais detalhes preguiçosos que vemos durante o mesmo oras visto que temos centenas de NPCS idênticos, desde seus membros da gangue que independente de onde nunca foge a um pequeno padrão apresentado, quanto a população, outro ponto é a subutilização das gangues, o mau aproveitamento claro nos deixa livres ao uso ou não deles durante todo o jogo, sendo possível fechar o jogo sem dar muita importância em si a sua gangue.

Porem como de praxe temos um vilão, e eis esse um dos mais fracos de toda a franquia Starrick é menos de um vilão e mais de um personagem “C”. Enquanto sua vilania é às vezes exagerada, não é pior do que os Borgias ,mas está simplicidade, de um cara mau com seus capangas em posições de poder se encaixa perfeitamente na abordagem simplificada de Syndicate.

Conclusão:

Assassin’s Creed: Syndicate chega sem grandes surpresas, é mais uma entrada sólida longa série da Ubisoft e uma melhoria apreciável relativamente ao seu antecessor. No entanto, uma narrativa básica, um vilão pouco memorável e a subutilização de personagens históricos impedem o título de rivalizar com as melhores obras da saga sendo em grande parcela salvo pela interação dos personagens principais o mais recente capítulo da batalha interminável entre Assassinos e Templários satisfará certamente os fãs da série, mas estará muito longe de conseguir convencer aqueles que já atingiram o ponto de saturação ou que nunca encontraram em Assassin’s Creed uma experiência particularmente apelativa.

NOTA: 8,0

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