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Resenha – O Dossiê Pelicano (Editora Arqueiro)

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Lançado pela nossa queridinha Arqueiro, O Dossiê Pelicano de John Grisham, já foi adaptado ao cinema pelo grande cineasta Alan J. Pakula, de Todos os Homens do Presidente e o clássico do cinema A escolha de Sofia, e traduzido para inúmeros idiomas desde sua publicação original, em 1992.
Essa tradução de Bruno Fiuza e Roberta Clapp, apresenta uma ficção americana para o deleite de nossos leitores assíduos.
Esta trama jurídica conspiratória transbordante de suspense é sem dúvida um emaranhado com muitas linhas de raciocínio e reviravoltas.

Você não imaginaria, o estrago feito em toda uma cadeia política pelo despretensioso dossiê escrito por uma brilhante estudante de direito. Muito menos Darby shaw imaginou e ela dará então um novo significado para a palavra perseguição, após a morte de seu então affair Callaham, professor de Direito Constitucional. Apenas 48 horas depois de seu dossiê chegar as mãos do FBI, inocentemente ou é assim foi feito parecer. Tudo começa a desmoronar quando a suprema corte norte-americana se vê diante das mortes inesperadas, dois dois juízes do seu alto escalão. As já rotineiras mentiras políticas serão a menor das preocupações, pois estes dois votos decisivos inexistentes favorecem o próprio presidente. O detalhe perturbador é que são assassinatos na mesma noite, com apenas duas horas de intervalo.

Nós podemos ler cada trecho desta trama com a certeza de não ter nenhuma certeza, afinal cada cenário conta com um corrida implacável pela verdade ou para esconder ela. Entre um experiente assassino que faz o uso do medo, de certa forma clichê. Grandes segredos, como o envolvimento de uma peça chave no ativismo gay pode vir a abalar o país.
Nessa busca e fuga desesperada, esse dossiê que terá seu nome apropriadamente revelado, ao decorrer da narrativa. Teremos uma rotina um tanto intensa com os personagens Darby Shaw e Gray Grantham, um jornalista audacioso que tem muitos interesses nessa história. Quem sabe isso tudo pode vir a valer um Politzer. Ele só precisa sair vivo para contar essa história.

Apesar de alguns pontos simplórios não estarem sempre claros, os personagens serão introduzidos um após o outro. Assim você não terá tempo para ter tempo.
Dentre a tensão constante e as discussões bem alinhadas, o cenário que se vê é nitidamente em cada diálogo é o desenvolvimento dos personagens e suas características. Como o sarcasmo e personalidade marcante do juiz Abraham Rosenberg, que é absurdamente notável com seus 91 anos de idade, sendo o homem mais odiado do país.
Sem esquecer do inusitado e mais jovem Juiz Glenn Jansen, que com sua reputação questionável poderia colocar fogo na casa Branca com um palito de fósforo.
Você já pode até ter passado perto de tramas como está, mas sem dúvida essa não será mais uma experiência de leitura linear.
Um equipe de mais de 400 agentes está imersa em uma investigação atrás de uma assassino, enquanto uma estudante de direito e uma jornalista percorrem o pais de forma furtiva e é isso que torna, essa leitura uma marcante jornada pelo submundo da lei.

São 430 páginas que iram tirar uma boa dose de excitação da sua prateleira empoeirada. Não se pode confiar em ninguém, a verdade talvez seja a mais simples possível, vinda da pessoa mais improvável em um cenário aonde o poder é a lei suprema, até então. Como leitora aficionada por ficção de suspense, eu adquiri um crush neste nesta drama. Parece simples dizer que a historia irá girar em torno de dois personagens mas, cada introdução e cena discorrida o autor trás uma sensação de “corrida contra o tempo” e isso torna a leitura viciante. Além que mesmo após o grande plot ser revelado, você ainda mantém até o fim sua mente pronta para um desfecho inusitado.

Sem dúvida o autor não mediu sua imaginação e para os já fãs de carteirinha esse é mais um instigante puzzle a ser desvendado. Aos leigos sobre o poder judiciário, não a nada com que se preocupar, o tédio não é bem vindo nesta narrativa.

SINOPSE:

Abraham Rosenberg, juiz da Suprema Corte, 91 anos, é uma lenda viva do Supremo e, provavelmente, o homem mais odiado da América. Ele está em sua casa, dormindo, quando recebe três tiros com silenciador na cabeça. Quatro horas depois, o mesmo assassino dirige-se para um clube gay. Lá, assistindo a um filme pornô, está o mais jovem juiz da Suprema Corte, Glenn Jansen. O matador internacional, homem de muitas faces, idiomas e que nunca deixa pistas, liquida Jansen sumariamente, estrangulando-o. O país espanta-se.Em vinte e um anos mataram quatro presidentes, dois ou três candidatos, uma porção de líderes dos direitos civis, alguns governadores, mas nunca um juiz da Suprema Corte. E, numa única noite, num espaço de duas horas, dois deles são mortos. O presidente quer saber se há alguma agência, operação ou grupo ligado ao caso. A CIA e o FBI não têm ou não querem dar as respostas.Darby Shaw, uma brilhante e bela estudante de Direito de Tulane acredita poder encontrá-las. Aluna e amante de Callaham, professor de Direito Constitucional e defensor entusiasmado das idéias do juiz Rosenberg, Darby inicia uma investigação por conta própria sobre os assassinatos nos computadores da biblioteca da faculdade. Descobre, então, uma conexão entre os dois juízes mortos e um suspeito, em cuja probabilidade de culpa ela mesma não acredita muito. Guarda sua pesquisa numa pasta que ganha o nome de dossiê Pelicano. Mas o dossiê termina percorrendo um caminho inesperado e é lido por pessoas que dão muita importância às conclusões de Darby. A partir daí, tem início uma sofisticada perseguição, cujo objetivo é eliminar Darby. Uma bomba erra o alvo e mata Callaham no lugar da moça. O jogo mortal está declarado.

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