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Veredito | Campus Party Brasilia é realizada com sucesso em sua primeira edição

Brasília recebeu, entre os dias 14 e 18 de junho de 2017, o maior evento de tecnologia do mundo, a Campus Party. Inovação, empreendedorismo, criatividade, ciência, universo digital, coragem e sucesso foram palavras-chaves que permearam todas as mais de 250 horas de conteúdo oferecidos durante esses dias.

A primeira Campus Party ocorreu em 1997, na Espanha. Desde então, o evento já passou por países como Reino Unido, Alemanha, Colômbia, Holanda, Argentina, Panamá, El Salvador, Costa Rica, Equador, entre outros. Já estão agendadas edições em Portugal, Itália, Singapura e África do Sul.

No Brasil, a Campus Party ocorre desde 2008, em São Paulo, e desde 2012, em Recife. Neste ano, Brasília e Salvador receberão o festival pela primeira vez.

Entrando no local do evento, o Centro de Convenções Ulisses Guimarães, logo após a área de credenciamento estava a área Camping, onde os campuseiros que adquiriram suas barracas antecipadamente (2.800 no total), puderam dormir e tomar banho, para poder aproveitar ao máximo os 5 dias de evento.

AREA OPEN

Logo em seguida, se encontrava a Area Open, que foi aberta ao público, com diversas atrações e exposições.

Nela, foram instalados o Palco Empreendedorismo e Startups & Makers, onde vários palestrantes puderam expor suas ideias sobre empreendedorismo e tecnologia, e como aplicar isso em várias áreas, como Educação, Saúde, Turismo, Serviço Público e até Sustentabilidade. No local reservado para mentoria, coaching e networking, as pessoas puderam conhecer e interagir com investidores e diretores de grandes empresas, que participaram do evento. Além disso, havia uma área com 50 Startups, onde cada expositor apresentou sua ideia na teoria e na prática, demonstrando como elas e a tecnologia podem caminhar lado a lado, para facilitar ainda mais nossas vidas.

No Espaço Fazedores, os participantes colocaram ‘a mão na massa’, desenvolvendo suas habilidades ao participar de diversas oficinas oferecidas, aprenderam a fazer desde hand spinner, até drones e robôs.

Dois acontecimentos atraíram um enorme número de pessoas na Area Open, inclusive famílias inteiras com várias crianças e adolescentes. Foram o Campeonato Brasileiro de Drones (etapa Brasília) e o Rockey de Robôs. Os visitantes admiravam impressionados as manobras radicais que foram executadas, e fizeram até torcida para seus preferidos.

Continuando na Area Open, foram instalados stands com simuladores High Tech, onde os visitantes puderam, através da realidade virtual, saber como é pilotar um helicóptero, voar de asa delta, e dirigir um carro de corrida (cockpits), um carro híbrido, entre outros.

No sábado (17), aconteceu a CAMPUS FUTURE, que deu espaço, divulgação e exposição para projetos acadêmicos de estudantes universitários, que se destacaram pela utilização da tecnologia, sendo inovadores, criativos e também tendo um impacto social relevante. Entre os projetos expostos está o carro de corrida AF-16, um protótipo monoposto de Fórmula SAE e que foi construído pela equipe Apuama Racing, da Universidade de Brasília. Outro projeto que ganhou destaque deste dia foi o UnBeatables, no qual alunos de cursos de engenharia da Universidade de Brasília (UnB) usam seus conhecimentos para programar robôs. Além de fazer demonstrações nas escolas públicas do DF, desde 2014 eles representam o Brasil na liga mundial de futebol de robôs humanoides (que agem como seres humanos), e para a Campus Future escalaram o robô RoNAOdo — em referência ao craque Ronaldo e ao modelo do robô, o NAO, de uma marca francesa.

 

ARENA

Logo após a Area Open, se localizava a entrada de acesso à Arena, o lugar onde a magia aconteceu.  Composta por 5 palcos, aconteceram palestras, workshops, hackathons, jogos no Freeplay e muito mais.

Algumas empresas lançaram desafios aos campuseiros, chamados Hackatons, que consiste na reunião de grupos de profissionais da área (designers, programadores, etc) para uma maratona de programação na qual eles precisam encontrar soluções para os problemas propostos, geralmente feito através da criação de um aplicativo. IBGE, Caixa seguradora, EduLivre e a Câmara dos Deputados do DF lançaram seus desafios, com destaque para o Hackaton Inova Brasília, lançado pelo Governo do Distrito Federal, com o objetivo de estimular a criação de soluções tecnológicas inteligentes para os problemas propostos nas áreas de educação, mobilidade e segurança pública em Brasília.

Quanto aos workshops, a CPBSB apresentou 02 espaços para workshops, o Criatividade e Entretenimento, e o Ciência e Inovação, onde os campuseiros puderam conhecer na prática algumas das idéias expostas nas palestras, além de aperfeiçoar suas habilidades. VR 101: Planejando e executando seu primeiro jogo; Criando um Projeto Web do Zero; D. I. Y, Maqueteria Geek: como desenvolver um diorama/terráreo BB-8 Star Wars e; Code Muzik: mini oficina de criação musical com o software livre Sonic Pi, foram alguns workshops que aconteceram durante o evento.

Simultaneamente, os campuseiros aproveitaram as Bancadas de Conexão Com pontos de acesso, para experimentar a Internet cabeada de alta velocidade (20Gb), vinda do Ovni, que foi o coração da Campus Party, onde ficaram todos os equipamentos de fornecimento.

 

PALCOS

As palestras aconteceram nos Palcos: Principal, Inovação, Criatividade e Entretenimento, Ciência, e no Stand MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações).

No Stand MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), foi exposto sobre as Cidades Inteligente e Humanas: o que são, como podem mudar as perspectivas do século XXI e suas Políticas Governamentais, e sobre o Parque Tecnológico BioTIC, o novo parque tecnológico de Brasília.

O Palco Inovação contou com palestras mostraram as novidades da tecnologia em si mesma, e seus benefícios quando incorporada ao Poder Público, à Saúde, ao Meio Ambiente, etc. Com destaque para a palestra “Rosie: o robô que faz controle social”, de Pedro Vilanova, na qual foi apresentado o Projeto Serenata do Amor, que consiste em programar a inteligência artificial para auditar contas públicas e combater a corrupção.

No Palco Ciência, foi possível conhecer projetos relacionados à Ciência Espacial, Quântica, de Geoprocessamento, de protótipos no campo da Saúde, de Tecnologia Exponencial, entre outros. Na palestra “Quem quer ser um marciano? ”, a campuseira curadora Yara Laiz Barbosa de Souza explanou sobre como serão lançadas as missões rumo à Marte.

O empreendedorismo em suas vertentes virtuais, e o uso criativo e interativo das mídias digitais, foram alguns dos temas que permearam as palestras do palco Criatividade e Entretenimento. Uma das palestras que chamou mais atenção foi a “Toontubers – Apenas um gameplay do Cartoon Network”, com Camila Ferreira, Vivian Arias e Stephanie Resende. Na série, Rigby e Mordecai, protagonistas do desenho Apenas um Show, jogam diversos games enquanto conversam e fazem piadas com o seu humor característico. A idéia surgiu por acaso, e com muita criatividade, perseverança e profissionalismo, alcançou o sucesso. O canal viralizou no Youtube, alcançando milhares de views, e já partiu para a tv.

O Palco Principal foi o mais disputado do evento, onde aconteceram as cerimônias de abertura e encerramento, as divulgações de desafios e brindes, e as palestras mais esperadas pelos campuseiros. Além de temas como Transformação Digital, Stop-Motion ao Vivo, O papel dos pais no futuro da Educação, Empreendedorismo Social, e Media Art, aconteceram palestras de seis magistrais do mundo tecnológico, que falaram sobre as suas áreas de atuação.

São eles: O cientista de dados (Big Data) Ricardo Cappra, e a Era dos Algorítmos; a artista interdisciplinar Ani Liu, com Arte investigativa, Design e Social Dreaming; o pai do software livre, Richard Stallman, com o Sistema GNU e a Liberdade; o pesquisador e expert em design de Human Computer Interaction, Horst Hörtner, sobre Spaxels; o consultor estratégico da Nasa, Matthew F. Reyes, com A exploração D.I.Y. na Terra, no Espaço e Além; e um dos criadores do encontro, Paco Ragageles, CEO e Co-Fundados da Campus Party, sobre robôs e sua chegada aos postos de trabalho

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como todo evento de grande porte, alguns problemas logísticos e estruturais aconteceram. Como a falta de espaço em frente aos palcos, com poucas cadeiras para muita gente. A falta de bebedouros no evento foi notada no primeiro dia, e no segundo dia foi amenizada, com o surgimento de um carro da Caesb, estacionado na Area Open. Mas nada disso tirou o brilho do evento, e essas e outras situações podem facilmente ser revistas para a CBBSB de 2018.

Pela primeira vez na cidade, claramente o evento foi um sucesso, superando as expectativas dos organizadores, visto que eram esperadas 40 mil pessoas e compareceram quase 70 mil. Os brasilienses precisavam de um evento desse porte. Foi uma oportunidade única e fenomenal. Tanto de aprendizado, quanto de se ter um espaço para mostrar todo potencial do morador do quadradinho, quando o assunto é tecnologia. É possível afirmar sem sombra de dúvidas que, a #CPBSB2018 já é aguardada ansiosamente, e alcançará o mesmo sucesso.

Obrigado, Campus Party

Com colaboração: Corina Borges
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