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Crítica | Ben-Hur

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O príncipe Judah Ben-Hur (Jack Huston), foi acusado injustamente por afrontar e trair seu irmão adotivo Messala (Toby Kebbell), o exército romano decide captura-lo, fazendo-o passar cinco anos preso, mas Judah sobrevive e retorna com a ambição de fazer vingança.

Messala foi adotado pela família de Judah, ambos sempre tiveram uma grande amizade, realmente se sentiam irmãos. Em um dia qualquer eles resolvem apostar uma corrida a cavalo e Ben-Hur se machuca, Messala preocupado o leva de volta a nada modesta casa da família. Naomi (Ayelet Zurer) mãe de Judah, repudia Messala e tenta afastar sutilmente ele de sua filha Tirzah (Sofia Black D’Elia) que tem o sentimento reciproco por Messala. Judah se recupera do acidente, ele e Messala conversam e Messala decide ir para Roma, lutar a favor do império romano e adquirir honra e riqueza para ser aceito e poder se casar com Tirzah. Nesse meio tempo, Gestas (Moises Arias) um jovem refugiado que teve sua família assassinada pelos Romanos, aparece machucado no estabulo da família de Judah, ele o ajuda e o esconde em sua casa. Enquanto está escondido, Gestas brinca com as flechas que estavam ao redor do quarto, Judah o repreende várias vezes sobre mexer com o objeto mas acaba sendo em vão. Messala obtém sucesso em Roma e se torna capitão de todo o exército, ele retorna a Jerusalém com uma essência diferente e impiedosa. Os romanos foram até lá com uma má intenção, queriam capturar algumas pessoas, cobrar impostos e aproveitar de algumas criações engenhosas feitas pelo povo judaico. Messala reencontra Judah, e implora por paz, dizendo que de forma alguma deseja uma guerra.

Apesar de Jerusalém ser repleta de dor e sofrimento, Jesus (Rodrigo Santoro) um homem nobre e muito respeitado pela população, dissemina mensagens de amor e paz ao próximo.

Gestas que ficou escondido na casa de Judah, decide fazer ‘justiça’ com as próprias mãos e atira uma flecha em um dos soldados do império romano, isso foi o estopim para começar o massacre na cidade. Messala e seu exército entram na casa de Judah procurando quem atirou a flecha. Para deixar sua família e futura esposa Esther (Nazanin Boniadi) vivas, Judah assume a culpa no lugar de Gestas e com a ordem de Messala ele passa por uma grande humilhação na frente de todos, Jesus o consola e lhe da água, depois disso ele é levado e vira escravo em uma das embarcações tiranas de Roma. Ele passa longos anos, a mercê de uma situação precária, mas ele faz disso sua força para um dia voltar e fazer justiça conta o próprio ‘irmão’.

Em um combate em alto mar, Judah vai parar em uma terra diferente e o icônico e sábio Sheik Ilderim (Morgan Freeman) o acolhe, receoso o mantem preso. O Sheik tem vários cavalos e um deles está com uma doença, que por sorte de Judah conhece cavalos e acaba curando o bicho. Nesse tempo ele conta sua história e ganha confiança de Ilderim. (O papel de Morgan Freeman nesse filme é impecável e muito distinto). O Sheik conta que irá para Jerusalém. Judah pede para ir com ele e convence o rico e poderoso homem dos cavalos a ‘’patrocina-lo’’ na famosa corrida de bigas onde só um sobrevive, a intenção dele é correr contra Messala e se vingar. Judah treina intensamente e fica preparado para a corrida. Ele retorna e encontra Ester, eles vivem alguns dias de romance, mas Esther não apoia a decisão de enfrentar Messala (Vale lembrar que Esther é uma seguidora de Jesus)

A cena das bigas é sensacional e com certeza vai despertar angustia e ansiedade até mesmo nas pessoas mais calmas que existem, podem anotar.

A atuação de Jack Huston é ótima e nós conseguimos sentir sua bondade, raiva e determinação ao longo do filme. Apesar da pequena aparição, Rodrigo Santoro passa a maior serenidade do mundo, você vai conseguir ficar calmo assistindo à interpretação dele sendo Jesus. Toby Kebbell poderia ter passado um pouco mais de ódio no papel que lhe foi dado, mas foi razoável.

A produção da MGM peca em algumas cenas de ação, onde mal conseguimos ver o que acontece, fica meio tremido. Acredito que essa seja a única objeção. De modo Geral é muito bem feito e não perde a essência do primeiro. Conseguimos ficar entretidos do começo ao fim e nem é notável as 2h32 de filme. A trilha sonora é simples mas cai bem, o cenário é convincente e a atuação de todos contribui para o filme ter bastante harmonia.

A cena das bigas é sem comentários, encantadora e insana. Você só vai entender assistindo e terá muita ansiedade naqueles minutinhos. O filme vale a pena por completo, mas essa cena digamos, é o ‘’tempero’’.

Ben-Hur estreou nos cinemas em 18 de agosto.

Espero que como para mim, ele entre na sua lista de um dos melhores de 2016 até agora.

Nota: 8,5.

 

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