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Crítica – Adão Negro

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Há alguns anos atrás, surgiram rumores de que o The Rock estaria sendo escalado como Adão Negro para o Universo DC e muitos fãs sonhavam com essa tal possibilidade, tanto que fizeram diversas montagens e ilustrações antes disso realmente acontecer; o que geralmente não acontece! Mas dessa vez foi inevitável e agora The Rock finalmente esta escalado como a grande força da DC e olha… A escolha não poderia ter sido mais acertada possível.

Mas o que esperar desse novo filme da DC? Bem, chegou a hora de falarmos do Homem de Preto: Teth-Amon!

Com o lançamento programado para dia 20 de outubro deste ano, Adão Negro (Black Adam) é o novo filme da DC, com a premissa de “unir” os filmes, que te faz curtir cada momento como um pudim geladinho e saboroso.

O início da jornada já temos algo para nos fazer Sorrir: Kendaq, terra original de Teth-Amon, e lar dos povos antigos. Um começo que me remeteu a 300, em sua narrativa e formato de plano sequência.

A história é sobre sua origem, fazendo parte de um povo escravizado e de como ele podem ser usados sempre das piores formas, um preço alto a se pagar com o sofrimento daqueles que os ama. Mas mesmo assim se existir uma fagulha de heroísmo, ela irá ascender.

Apegados a uma crença antiga sobre o campeão que os libertará da opressão e de uma coroa que poderá causar a destruição de seu povo, Adrianna Thomaz (Sarah Shahi) junto de seu filho Amon Thomaz (Bodhi Sabongui) e outros amigos, se unem na esperança de libertar ser povo. Os poderes das magias de acontecimentos antigos pode ser realmente ser o futuro daquele lugar, nem que pra isso, tenham que trazer Teth-Amon de volta de seu sono de cinco mil anos.

Anos após a tão sonhada liberdade concedida pelo campeão de Kendaq, a situação atual do povo é bem diferente, não existe realmente essa tal liberdade. Teth-Amon está em seu túmulo, lacrado e escondido em meio a destroços que um dia foi um império gigante de um povo sofrido. E em um ato de desespero o lacre é quebrado e Teth-Amon acorda desnorteado e com poderes imparáveis (te lembra alguém?), mostrando que o mundo precisa ser mudado, que precisa ser vingado e que o mundo não precisa de heróis (não disse anti-herói).

Em contra partida, ao perceberem que o Teth-Amon está se tornando uma ameaça a terra, Amanda Waller (Viola Davis) recruta os serviços da Sociedade da Justiça: Gavião Negro (Aldis Hodge), Senhor Destino (Pierce Brosnan), Esmaga-Átomo (Noah Centineo), e Ciclone (Quintessa Swindell).

A missão é uma só: Manter todos a salvo da ameaça em Kendaq.

Adão Negro tem diversas nuances sobre sua ética e moral, isso faz o filme girar, faz o filme ter um sabor menos clichê e mais divertido como um western clássico do Clint Eastwood no qual se tem uma referência clara ao filme Três Homens e um Destino. O longa também representa caminhos diferentes de jornada, tal qual Teth-Amon usufrui. Tanto que a frente aquele velho (e delicioso) recurso de usar uma cena “jogada” como um fato importante, aqui teve seu uso: a cena se repete, e até mesmo tocando o tema do velho oeste de fundo.  E por qual motivo falei dessa cena? É bem fácil de responder: o filme navega em referências, talvez a cena que muitos vão falar é a cena do quarto aonde essa brincadeira é mais pautada, com símbolos de certos heróis sendo destruídos, de maneira que fala assim ao fã: “presta atenção nisso aqui”.

Sobrou referência aos velocistas da DC e da Marvel! A trilha sonora do filme é uma escolha sensata, e até com um quê de Tarantino no seu uso: como a música do Rolling Stones casar absurdamente em uma cena.

Adão Negro veleja por mares conhecidos por qualquer fã de ação e aventura, mas tem uma beleza nisso. O filme sabe ser divertido, a construção de seu arco em sua dualidade não é cansativa, ou reflexivo a tal ponto que te faça ver um filme quase como um documentário sobre o tema. Nada disso! O filme é dinâmico em seu formato, a explicação e explícita, os motivos são simples, a jornada é conhecida, mas nada disso faz o filme genérico ou bobo, muito pelo contrário! Talvez seja um dos filmes mais divertidos que a DC já produziu! Todo o elenco vale o seu tempo de tela e a nossa atenção.

Senhor Destino é incrível, Brosnan entrega com elegância uma atuação serena e convidativa a querer um filme só dele (007 que fala né?), você sente junto com ele (mesmo as coisas sendo rápidas). O Gavião é aquele líder severo e justo, o cara é uma junção de caráter do Batman e Capitão América e te da aquele amálgama de carismas em suas mãos! A Ciclone é a leveza, é a parte “Teen” do filme e o destaque vai para visual dela que não tem medo de ser mais lúdico do que tático. O Esmaga-Átomo é o amigo tonto e atrapalhado, mas que é impossível não gostar dele. Todos funcionam bem, ninguém tá ali jogado de forma aleatória. Vale lembrar que Teth-Amon é muito poderoso, e a equipe mostra destreza diante de tal força.

Além deles a Família e o núcleo de Adrianna é divertido, que tem a mesma importância que a Sociedade da Justiça, todo elenco funciona! E confesso que o Esmaga-Átomo no começo me pareceu chato, mas ao passar dos minutos, eu já estava curtindo o seu jeito mais leve de ser.

Mas…” O mundo às vezes precisa de trevas”!  O que te vem na cabeça com essa frase? Sim, ele mesmo Zack Snyder!

Esse é o melhor filme do Zack Snyder sem Zack Snyder. Câmeras lentas, saturação em partes mais escuras, e lutas épicas. Mas calma você que não gosta do Snyder (eu amo), o filme como disse acima, mistura absolutamente tudo de ideias clichês e faz algo incrível! A referência de Exterminador do Futuro sob a ótica da amizade de t-800 e John Connor é uma coisa que pode fazer alguns contorcerem o nariz. E obviamente sobre as referências á Snyder não seriam diferentes; tinha hora que eu estava assistindo uma cena de página dupla de hq, outra parecia algo como Mortal Kombat 11 e algumas como o anime Dragon Ball. Aqui o espetáculo gira em torno de lutas avassaladoras. Nada de golpe baixo, aqui é soco, voadora e raio fritando geral.

O filme não te dá um minuto sequer pra respirar! É ágil de um jeito, que os momentos cadenciados quando dão as caras, são em pontos estratégicos e isso tira da gente aquela coisa de “vou explicar minuciosamente isso”, nada disso! E isso é um ponto positivo.

Eu realmente não consigo parar de pensar nesse filme sem sorrir. A DC tá se encontrando, tá mostrando um novo ar. E isso me anima muito.

Há um grande vilão do filme? Sim, temos um outro personagem ameaçador nesse assombro magnífico e ele se Chama: Sabbac. Sim, a DC não teve medo de colocar um capeta na tela! (Obrigado DC). 

Para não dizerem que estou puxando saco de um deus antigo, o filme tem alguns problemas, mesmo que em um minuto você consiga mostrar que existe ligação com os outros filmes, senti falta de uma atenção dos outros personagens a algo acontecendo quase diante dos olhos de todos.

Para não soltar spoilers, só posso dizer que The Rock fez o universo DC acontecer novamente! A direção do filme ficou por conta do Jaime Collet-Serra e o Roteiro de Adam Sztykiel.

Talvez seja minha emoção, mas saí da sala de cinema satisfeito! Como se eu estivesse num rodízio e comido de tudo um pouco e nesse tudo um pouco, tudo estava saboroso.

Entre simbologias, mitos e demônios prontos pra destruírem tudo, Adão Negro é um caldeirão de bons ingredientes que formam uma alquimia única.

Longa vida ao Campeão!

Nota: 5/5

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