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Crítica – Alien Covenant

O diretor Ridley Scott está de volta de vez a franquia, que leva ao nome da sua grande obra-prima de ficção cientifica de 1979. Alien: Covenant está programado para chegar aos cinemas em 11 de Maio no Brasil pela 20th Century Fox.

Confira a Sinopse:

“A tripulação do navio-colônia Covenant, ligada a um remoto planeta no lado distante da galáxia, descobre o que eles acreditam ser um paraíso inexplorado, mas na verdade é um mundo escuro e perigoso”.

Estamos em 2122, 18 anos antes do primeiro filme alienígena de Ridley Scott “Alien – O 8º Passageiro” se passar. Embarcamos junto com a tripulação de Covenant, a nave colonizadora que busca um planeta na imensidão do espaço para que a raça humana consiga se expandir. Porém a nave encontra problemas e eles são acordados da hibernação, onde eles encontram um sinal “humano” vindo de um planeta que está em melhores condições de ser “habitável”.

O grupo liderado pelo Capitão Oram (Billy Crudup) decide visitar o mesmo local que Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) havia descoberto a 10 anos atrás. Como dito, após os acontecimentos de Prometheus, Alien: Covenant tenta responder a muitas perguntas que seu filme anterior deixou sobre nossos criadores e seus motivos para levar algo tão perigoso. Mesmo que a missão de Covenant não seja essa, muitas perguntas são respondidas sobre nossos criadores, mas ainda é inconclusivo qual seja sua real intenção.

Ridley Scott mais uma vez pega o leme da franquia e traz ela de volta a sua origem, com o suspense e o terror sendo o ponto essencial para o andamento da trama. É uma grande viagem de volta ao 8º Passageiro em sua essência e com alguns elementos de Prometheus, criando um equilíbrio quase perfeito tornando Covenant um filme mais adaptado a saga Alien e sendo melhor que seu antecessor.

O grande trunfo de Alien: Covenant fica por conta de Michael Fassbender que interpreta os androides Walter e David. Mesmo que eles sejam criaturas sintéticas, Fassbender consegue diferencia-los em cena e isso fica evidente quando os dois estão trocando informações um de frente com o outro.

Por incrível que pareça, o que mais incomoda em Covenant é a sua vontade em apresentar algo grandioso ou realmente assustador. Ele tenta criar um ambiente clichê para matar algum tripulante ele faz isso colocando alguns deles longe do grupo para simplesmente mata-lo e mostrar o perigo em volta. Além disso, Katherine Waterson (Daniels) assim como Noomi Rapace não consegue criar uma força tão grande quanto Sigourney Weaver criou com sua personagem. Katherine não conseguiu se impor frente a tela, mesmo tendo todo aberto campo para que ela se sobressaia sobre os demais personagens. Tennessee (Danny McBride) é o personagem que todos conseguem se identificar, devido a sua simpatia com o público ele cria o personagem que pode ser considerado o grande herói do filme.

O show criado por Ridley Scott em efeitos especiais de primeira e com cenas de ação militar bastantes empolgantes, traz exatamente aquilo que Prometheus não cumprius (conseguiu). Com uma cena assustadoramente bonita de destruição em massa e os embates contra o Xenomorfo trazem para tela um pouco do que vimos em Aliens: O Resgate, porém o nível de protagonismo é muito menor, levando a situação a um lugar muito mais sério.

A ganância do ser humano é a melhor defesa para o Xenomorfo se propagar entre o espaço e isso sempre foi abordado nos outros filmes. Em Covenant, além da ganância temos a questão sobre “Criação vs Criador” e até quando nos mantemos fiel ao nosso propósito e em como podemos interpretar a missão que temos no mundo. David ainda é o ponto chave de tudo isso criado e dentro dele há uma razão sobre sua missão que vai além das emoções humanas.

 

Conclusão
Alien: Covenant é um ótimo passeio no universo Alien. O filme aborda questões sobre “Qual o motivo da nossa criação”, ganância e sobre o nosso diferencial humano. Ridley Scott volta a antiga forma de Alien: O Oitavo Passageiro trazendo muitos elementos do primeiro filme e com todo o show que Hollywood sabe fazer com efeitos especiais como vimos em Covenant. O filme abre muitos espaços para que Katherine Waterson se destacar mas pouco é apresentado de sua parte para que ela se torne uma grande protagonista, coisa que Danny McBride consegue sem ter o mesmo tempo de tela. Alien: Covenant cria um universo sem muitas respostas e se encontra 18 anos antes de O Oitavo Passageiro, nele já podemos saber como muita coisa foi criada, mas a verdadeira pergunta ainda não foi respondida.

A trama demora um pouco para prender o espectador, mas quando acontece se torna algo grandioso e toda a espera pelo filme é satisfeita devido ao ótimo trabalho da produção e um roteiro com bastantes informações para você tirar suas próprias conclusões sobre esse universo, fãs de ficção cientifica irão amar.

Nota: 8

Alien: Covenant chega aos cinemas em 11 de Maio de 2017.

Guilherme
Guilhermehttp://geeksaw.com.br/
Primeiro Batman antes de Bruce Wayne. Extrovertido e sem graça. Uma mistura de piadas ruins e clichês, e um senso de humor gigante para rir delas. Editor chefe do GeekSaw. Apaixonado pela "Bigscreen" e por tudo que é novidade.
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