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Crítica – As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras

A Paramount trouxe neste mês de Junho para o Brasil As Tartarugas Ninjas: Fora das Sombras. Com direção de Dave Green e roteiro de Josh Appelbaum e André Nemec, os mesmos roteiristas do primeiro filme, As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras vem como sequência do filme de 2014 e trás a boa e velha fórmula que agrada qualquer um que busque um filme divertido, com personagens carismáticos, com muita ação, mas sem grandes expectativas de originalidade e profundidade emocional.

O filme que se passa em New York e acompanha a história dos quatro irmãos, Leonardo (Johnny Knoxville), Raphael (Alan Ritchson), Michelangelo (Noel Fisher) e Donatello (Jeremy Howard) tem um desenvolvimento bem constate durante toda a trama, mostrando como eles lidam com o desejo de irem à superfície, de se encaixarem na sociedade e serem reconhecidos como os heróis que realmente são. Esses desejos começam a dividir a equipe quando o Destruidor (Brian Tee) consegue fugir da prisão e ajudado pelo alienígena chamado Krang e do renomado cientista Dr. Baxter Stockman (Tyler Perry) que desenvolve uma fórmula que amplia o gene animal contido nos seres humanos para desenvolver seus dois capangas, Bebop e Rocksteady. Essa fórmula também pode transformar as tartarugas mutantes em humanos e isso causa o bom e velho problema de aceitação.

Adolescentes mutantes que não se aceitam, equipe que precisa lidar com as diferenças para lutarem juntos, portal alienígena aberto no céu de Nova York, todos esses exemplos acabam tornando o filme algo bem genérico, mas graças ao humor das tartarugas e inteligência da repórter April O’Neil, vivida pela atriz Megan Fox, temos um filme dinâmico, que usa estes clichês para nos mostrar uma trama envolvente e bem desenvolvida.

Rostos novos também aparecem no filme, como o policial Casey Jones interpretado por Stephen Amell (“Arrow”), um vigilante que ajuda as tartarugas usando uma máscara de Hockey e que desperta o interesse da nossa bela repórter. Os foragidos Bebop e Rockstready também trazem o seu humor as telas como o grande javali e o insano rinoceronte que destroem tudo que encontram à sua frente. Além destes, vemos também um dos grandes vilões da franquia surgindo, o alien Krang, que parece um chiclete mastigado, mas que se mostra letal durante o combate. Mas por sorte vemos mais da repórter April, que nos mostra que sua beleza não se compara a sua inteligência e importância na luta contra o crime em NY, e menos de Vernon Fenwick (Will Arnett) e suas piadas sem graça.

As cenas de ação, as viagens pelos esgotos, os treinamentos recebidos pelo mestre Splinter, até mesmo o salto do avião em uma floresta brasileira, são muito bem feitos e causam a grande empolgação do filme, fazendo você sentir a emoção de todos esses momentos. Porém a trilha sonora não mostra a individualidade que as tartarugas ninja sempre trouxeram, vemos uma trilha muito heroica e básica seguindo a linha “Vingadores”, ao invés de músicas pop ou hip hop mais atuais, que combinariam muito mais com um filme de tartarugas adolescentes.

 

As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras é um filme pra família toda ir ao cinema se divertir com um humor inocente e natural, com cenas de ação bem desenvolvidas e empolgantes, com tartarugas mutantes feitas em computação gráfica, porém com um realismo incrível que nos faz sentir forte empatia por eles e viver os dramas de aceitação e heroísmo como se fosse a nossa própria realidade. Em meio a tantos clichês e uma fórmula bem genérica, vemos que o filme se aproximou bem do que foi o grande clássico dos anos 90, deixando todos que acompanharam essa época de animes e games da franquia, com uma sensação nostálgica ao sair das salas de cinema.

As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras estreia dia 16 de junho nos cinemas.

Nota: 7

Guilherme
Guilhermehttp://geeksaw.com.br/
Primeiro Batman antes de Bruce Wayne. Extrovertido e sem graça. Uma mistura de piadas ruins e clichês, e um senso de humor gigante para rir delas. Editor chefe do GeekSaw. Apaixonado pela "Bigscreen" e por tudo que é novidade.
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