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Crítica | Mulher-Maravilha


A Warner Bros. está trazendo para o Brasil na próxima quinta-feira (01) o mais aguardado filme do Universo DC, que para muitos seria o divisor de águas para que tal universo seja estabelecido de forma sólida e que a confiança faça parte do estúdio que sofreu duras críticas em seus filmes anteriores.

Confira a sinopse abaixo:

“Antes de se tornar Mulher-Maravilha, ela era Diana, Princesa das Amazonas, treinada desde cedo para ser uma guerreira imbatível. Criada em uma paradisíaca ilha afastada de tudo, Diana descobre por um piloto americano acidentado que uma guerra sem precedentes está se espalhando pelo mundo e, certa de que pode parar o conflito, decide deixar seu lar pela primeira vez. Travando uma guerra para acabar com todas guerras, Diana toma ciência do alcance de seus poderes e de sua verdadeira missão. ”

 

Pois bem, mesmo com todo esse fardo para carregar e sob a supervisão de Geoff Johns, a diretora Patty Jenkins mostrou que pulso firme e trabalho sério podem ser recompensados no final de tudo. As visões da diretora em conjunto com os mais renomados escritores da DC apresentam pela primeira vez um filme solo da heroína mais famosa das histórias em quadrinhos.

Sua visão sobre a heroína é bastante atual, mesmo o filme se passando na 1ª Guerra Mundial ela é sofisticada ao ponto de levantar uma bandeira para o feminismo e sua importância. Além disso é similar à forma como ela é tratada no universo Rebirth atualmente. Mesmo assim a sua essência é mantida e mostra que é possível fazer uma grande personagem badass que incorpora o amor em todas as suas ações. É o equilíbrio perfeito para que seja honrado toda a história da personagem ao longo dos anos e que pode também ser eternizada nos cinemas.

A história é simples, porém as emoções que são proporcionadas se tornam viscerais. Ela apresenta a evolução da heroína na época em que o ser humano fez barbaridades contra si mesmo. O amor é algo bastante abordado em todo roteiro, não é simplesmente amor por um indivíduo e ou por uma causa, mas pela humanidade em seu amago. DianaPrince / Mulher-Maravilha foi criada no meio de um universo repleto por Mulheres com suas convicções sobre os homens e suas maldades. O que é bastante interessante, porque ao ter contato com o primeiro “homem” que ela já conhecera, criou-se uma empatia e logo ela se viu no dever de ajuda-lo não importa como.

Gal Gadot que interpreta a heroína continua com seu carisma que foi mostrado em Batman vs Superman. Apesar de sua atuação não precisar de muito empenho na maioria do filme, mas é possível enxergar seu desempenho emocional em seus momentos de perda, frustração e principalmente em sua redenção. Ela ainda não é a Mulher-Maravilha que conhecemos neste filme, mas essa evolução é bastante sentida em Batman vs Superman e é possível contrastar o início de sua jornada e seu futuro no início da Liga da Justiça.

A química entre DianaPrince (Gal Gadot) e Steve Trevor (Chris Pine) é notável, mesmo com a diferença infinita de poder eles conseguem trabalhar e se relacionar de uma maneira agradável e pura, onde ele pode salvar o dia enquanto ela pode salvar o mundo. Pine está no papel de um soldado que busca acabar com a guerra e faz de tudo para que isso seja concretizado. Ele encontra o amor no meio de tudo aquilo e suas ações mudam Diana completamente, mesmo que indiretamente.

O vilão de toda a história é digno de sua heroína, Ares é até agora o melhor vilão apresentado no novo universo DC nos cinemas. Suas ações nos bastidores e no seu embate final com a heroína, tenta mostra ao máximo o quão sujo o ser humano pode ser e no que eles podem fazer para acabarem com eles mesmos. Sua revelação é chocante e seus poderes são equiparados ao de nossa heroína.

Aquele Tom obscuro utilizado em outros filmes é perceptível, porém bastante equilibrado, seu roteiro não é nem tão pesado e nem muito leve, se tornando um filme mais acessível a todos os públicos que criará uma atmosfera mais propicia ao agrado geral.

Os efeitos especiais são um caso à parte. O uso excessivo deles no terceiro ato causam a sensação de que você provavelmente já viu aquilo, porém com personagens diferentes. A maior batalha do filme é feita na parte da noite em meio ao caos e destruição. Te lembra alguma coisa? Sim, Batman vs Superman! Mas essa é uma ferida pequena que é tampada pelos excelentes efeitos utilizados que superam o filme anterior.

 

Conclusão

Mulher-Maravilha é uma ponta de esperança para a o Universo DC nos cinemas e era exatamente aquilo que a Warner precisava, confiança nos seus escritores e produtores. Isso dará um caminho um pouco mais tranquilo para os próximos filmes. Gal Gadot prova que é extremamente competente para o papel, mesmo que precise se dedicar ainda mais em futuras aventuras. Seu antagonista é uma figura que tem uma grande presença de tela e se torne o melhor deste universo até agora.
Mulher-Maravilha é um filme sobre amor e em tudo que ele engloba. Os fãs de Hq’s vão perceber a pegada Era de Ouro que foi utilizada em seu roteiro e personagens. O roteiro é leve, mas visceral. Ele levanta uma bandeira feminista equilibrada, mostrando que é possível usar a essência da Mulher-Maravilha badass que faz as coisas com amor e compaixão.

A direção de Patty Jenkins é crucial para que toda essa história seja contada da maneira certa e no tom correto. O filme foi um grande desafio para a diretora, que se saiu da melhor maneira possível e mostra que é capaz de conduzir muitos outros grandes projetos.

 

Nota: 9

 

Mulher-Maravilha chega aos cinemas em 01 de Junho de 2017.

Guilherme
Guilhermehttp://geeksaw.com.br/
Primeiro Batman antes de Bruce Wayne. Extrovertido e sem graça. Uma mistura de piadas ruins e clichês, e um senso de humor gigante para rir delas. Editor chefe do GeekSaw. Apaixonado pela "Bigscreen" e por tudo que é novidade.
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