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Crítica – Pantera Negra se torna a parcela mais importante de todo o Universo Marvel

A Marvel Studios está trazendo para o Brasil no próximo dia 15 de fevereiro, o filme solo do herói que nos foi apresentado em “Capitão América: Guerra Civil”. Sim, estamos falando de Pantera Negra.

Confira a sinopse do filme:

“Pantera Negra” acompanha T’Challa que, após os eventos de “Capitão América: Guerra Civil”, volta para casa para a isolada e tecnologicamente desenvolvida nação africana de Wakanda, para assumir seu lugar como Rei. Entretanto, quando um velho inimigo reaparece no radar, a fibra de T’Challa como Rei e Pantera Negra é testada quando ele é levado a um conflito que coloca o destino de Wakanda e do mundo todo em risco.

 

Pantera Negra (em inglês: Black Panther) é um super-herói das histórias em quadrinhos publicadas pela Marvel Comics, cuja identidade secreta é a de T’Challa, príncipe de Wakanda, um reino fictício na África. O personagem foi criado pelo escritor e editor Stan Lee e pelo escritor e ilustrador Jack Kirby, aparecendo pela primeira vez em Fantastic Four # 52 (julho de 1966) na Era de Prata das histórias em quadrinhos. A série retrata o Pantera Negra como T’Challa, rei e protetor de Wakanda, país fictício localizado na África. Além de possuir habilidades aprimoradas alcançadas através de um antigo ritual de Wakanda, T’Challa também conta com seu intelecto genial, treinamento físico rigoroso, habilidade em artes marciais, acesso a tecnologias avançadas e riqueza para combater seus inimigos e inimigos.

Os conceitos levados para o filme solo são os mesmos, T’Challa (Chadwick Boseman) ganha o manto e seus poderes como Pantera Negra em um ritual realizado somente para os reis de Wakanda. No filme, após a perda de seu pai, ele retorna a Wakanda e se torna o rei das tribos. Porém, um inimigo antigo reaparece, fazendo que T’Challa vá em busca de levar esse inimigo à justiça.

O inimigo é o mesmo que apareceu em Vingadores: Guerra Infinita, que foi interpretado pelo grande Andy Serkis. Seu personagem, o Garra Sônica é um inimigo do seu antigo rei e tem causado grandes problemas para Wakanda e sua sociedade secreta.
Ao perseguir esse antigo inimigo, T’Challa descobre os pecados do seu pai e deve decidir em que tipo de rei ele vai se tornar para Wakanda.

A direção de Ryan Coogler se estabelece em todo o conceito de Universo Marvel, com uma grande variação de cores fortes e um clima mais leve. Porém, mesmo com esses conceitos ele aborda assuntos muito mais importantes do que qualquer outro filme da Marvel. Em seu âmago, o filme leva o espectador a entrar em várias questões relacionadas ao racismo e como isso pode transformar uma sociedade. Essa é uma das mensagens que esse filme tem para mostrar ao mundo. Os diálogos entre Chadwick Boseman e Michael B. Jordan são ricos e construídos de uma forma para que você fique confuso na questão de “Quem é o verdadeiro vilão?”. Os personagens em si são maiores que a própria magnitude e o universo Marvel, tanto a personagem de Danai Gurira quanto de Lupita Nyong’o que são fortes e independentes. Aliás, Pantera Negra tem mais personagens feminina e negras do que qualquer um outro. Digo isso no sentido de importância para toda a trama e definitivamente eleva o filme a um patamar de importância ainda maior.

Para aqueles que apreciam os quadrinhos do Pantera Negra, o filme traz todos os elementos de forma fiel e digna a história do personagem. Mesmo estando no começo de sua caminhada, podemos ver que no futuro, ele pode se tornar um personagem muito mais influente do que ele já foi.
O roteiro de Joe Robert Cole é dinâmico, mostrando várias vertentes do reino de Wakanda e contando histórias de personagens importantes para a trama. As personagens de Danai Gurira e Lupita Nyong’o são bastante interessantes e mostram uma boa evolução enquanto a trama se desenvolve e essa é a grande qualidade do filme, a forma como os personagens secundários se desenvolvem, deixam um gosto de “quero mais”.

Trazendo essas questões importantes sobre racismo e egoísmo, o roteiro consegue ser leve e preciso, entretendo quando deve e questionando quando pode. Ele consegue ser completo, trazendo a velha formula Marvel e a elevando em um novo patamar. Definitivamente eles conseguiram colocar uma voz que precisa ser ouvida dentro de um contexto fantástico, que é o de heróis.

O grande trunfo do filme fica em torno de seu vilão, Erik Killmonger (Michael B. Jordan). Um dos problemas desse universo Marvel, sempre foi os vilões que era usado como escada para que seus heróis se tornassem mais fortes. Dessa vez, o vilão do excelente ator Michael B. Jordan traz um diferencial que não tínhamos visto ainda. Ele não é somente o reflexo de T’challa, ele é a consequência de más escolhas e pecados antigos. Lidar com Killmonger é um tipo de evolução que a nova geração precisa fazer. Mudando os conceitos antigos e mostrando ao mundo o verdadeiro significado de “liderança”.

O ponto negativo fica por conta de seus efeitos especiais. Fica claro que o diretor não consegue trabalhar da mesma forma com efeitos visuais e práticos. Fica claro o contraste quando vemos uma cena de perseguição no mundo real e quando entramos em Wakanda. O que deveria ser uma paisagem linda e profunda, mais se parece com um ambiente CGI sem vida alguma. As lutas finais não são empolgantes, deixando o espectador ansiando por lutas mais praticas do que extraordinárias.

 

Conclusão

Pantera Negra tem um roteiro redondo, onde é possível tratar assuntos importantes e representativos dentro da narrativa do universo Marvel. O filme conta com boas atuações, tanto de Chadwick Boseman quanto dos personagens secundários. Além disso, o vilão de Michael B. Jordan é um dos mais complexos e interessantes que esse universo já criou, pois ele é o reflexo do nosso protagonista, que faz o povo de Wakanda para uma evolução que pode realmente mudar o universo criado.

O único problema do filme, fica por conta da falta de profundidade do CGI, mesmo que os efeitos práticos sejam bons.

Nota: 9

Pantera Negra chega aos cinemas em 15 de Fevereiro de 2018.

Guilherme
Guilhermehttp://geeksaw.com.br/
Primeiro Batman antes de Bruce Wayne. Extrovertido e sem graça. Uma mistura de piadas ruins e clichês, e um senso de humor gigante para rir delas. Editor chefe do GeekSaw. Apaixonado pela "Bigscreen" e por tudo que é novidade.
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