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Critica – Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw

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O primeiro filme da franquia Velozes e Furiosos foi lançado em 2001, marcando época com uma proposta diferente dos filmes de ação daquele momento, que era focar em corridas ilegais de rua e todos os problemas em torno disso, além de claro, apostar alto no carisma dos protagonistas Dominic Toretto (Vin Diesel) e Brian O’Conner (Paul Walker) que iniciavam ali uma franquia de sucesso estrondoso, não tão aclamado pela critica, mas que enumerava fãs ao redor do mundo a cada filme lançado.

De lá pra cá muita coisa mudou, já são 8 filmes lançados e uma popularidade inimaginável foi alcançada, colocando a franquia no Top 10 de mais rentáveis da história do cinema, ao lado de grandes produções como O Senhor dos Anéis, Star Wars e o avassalador Universo da Marvel. Porém, Velozes e Furiosos já estava dando sinais de um possível desgaste natural e isso fez com que a Universal fosse aos poucos tomando novos rumos a cada filme lançado, saindo de um patamar “pés no chão” para filmes de ação desenfreada, com missões impossíveis e cenas fantasiosas, chegando finalmente no spin-off Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw que chega acrescentando mais um tempero para essa mistura insana: super poderes.

Confira a sinopse:

Rivais declarados, Luke Hobbs (Dwayne Johnson) e Deckard Shaw (Jason Statham) se veem forçados a trabalharem juntos novamente como visto em The Fate of the Furious. Eles se unirão para combater uma ameaça biológica que pode mudar toda a humanidade que está nos planos de Brixton (Idris Elba), um líder terrorista. Além disso, ambos terão de enfrentar o anarquista que é geneticamente alterado e mais forte que os dois.

Seguindo a forte tendência de heróis dos cinemas atualmente, o filme deu mais um passo ousado e usou esse novo artifício apenas para incrementar a mesma premissa simples e objetiva dos últimos filmes, que é 2 horas de clímax e cenas de tirar o folego. Na primeira metade do filme isso fica extremamente explícito, pois, tudo que é colocado em tela serve apenas pra fazer a história andar, sem qualquer cuidado nas fracas decisões de roteiro ou qualquer preocupação em fazer com que algo faça sentido, as coisas acontecem porque precisam acontecer para que a ação chegue logo e o filme não perca tempo.

E perder tempo é algo que o diretor David Leitch não faz, com cenas de ação incríveis que serviriam de ‘gran finale’ para qualquer filme, seja na luta corpo a corpo, armas de fogo ou pulando de um prédio para derrubar os inimigos que estão sustentados por um cabo de aço. SIM, Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw não tem medo de ser feliz e isso evidencia onde o filme esperadamente falha e onde ele acerta. Tudo depende do quanto o espectador se acostuma com o que o filme propõe e confesso que esse processo foi um pouco demorado comigo. O primeiro ato não consegue convencer, pois é onde o filme precisa estabelecer a trama, reapresentar os protagonistas e apresentar novos personagens, que claramente não é a proposta dos produtores e eles evidenciam em tela que eles não querem te convencer de nada, tornando o filme um pouco vazio naquele momento. No segundo ato o filme dá uma leve crescida e na parte final engata de vez oferecendo o que tem de melhor com um show de boas cenas de ação e ótimos efeitos especiais, surpreendendo com leves toques de drama familiar que funcionaram muito bem, apesar de clichê.

E essa crescida do segundo ato para o fim se dá também pelos atores principais, que nitidamente estão se divertindo com tudo isso e mostram paixão em fazer cada cena, cada dialogo piegas e cada piada boa ou ruim. Dwayne Johnson (Hobbs) e Jason Statham (Shaw) estão seguros em seus papeis, pois estão fazendo o que sabem de melhor e Idris Elba (Brixton) traz um vilão mais genérico impossível, porém, sua atuação não deixa a desejar em nenhum momento, pelo contrário, ele consegue trazer um oponente a altura dos protagonistas. Vanessa Kirby (Hattie Shaw) está lá apenas porque precisa está e entrega uma atuação padrão para os rumos que a trama tinha para sua personagem.

 

Conclusão

Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw é um filme fraco em muitos aspectos, porém, forte em sua proposta e muito honesto com o público, entregando justamente o que oferece e multiplicando a ação em 90x para tapar qualquer buraco deixado durante o percurso, deixando um gostinho bom no final para quem está preparado ou se acostuma com esse estilo de filme. Para os fãs, um prato cheio.

 

Nota 2.5/5

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