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Crítica – X-Men: Apocalipse

A Twenty Century Fox está trazendo para o Brasil no dia 19 de maio “X-Men: Apocalipse”. Após o reboot de sucesso de X-Men: Primeira Classe e seguido de “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” no qual os antigos X-Men são colocados no mesmo filme que os novos X-Men.

Enfim finalmente os universos estão separados e agora os novos X-Men podem caminhar livremente em seu novo destino, apresentando antigos personagens com atores mais novos em relação ao primeiro X-Men.

Após a grande espera porém muito contestada antes mesmo do lançamento, ele finalmente nos é apresentado e logo de ínicio é mostrado algo grandioso; O antigo Egito. Após aquela cena fantástica e um visual impecável é difícil não se animar com o que vemos ali. Temos a presença de um deus, muito maior que todos do antigo egito e um deus vivo. É assim que é apresentado Apocalise/En Sabah Nur (Oscar Isaac). Ele é aparentemente venerado por todos e consegue passar a impressão de uma grandeza insuperável. Após entrar em uma pirâmide e sendo muito bem protegido pelos 4 cavaleiros do Apocalipse. É um começo simplesmente espetacular.

Depois desta grande cena e com um desfecho bastante chocante que nos faz perceber o quanto a parte religiosa da trama é o mais importante. Voltamos então para o ano presente no filme que é o ano de 1983. Podemos dizer que o verdadeiro significado dos X-Men é apresentado. Espalhados pelo mundo, o Professor Xavier e seus companheiros vão em busca de jovens com habilidades especiais para conseguir ajuda-los a conviver com isso, aceitar quem ele realmente é, adaptando-se ao mundo.

Entre um jovem que descobre seus poderes em uma escola e outro sendo enjaulado e colocado para briga como se fosse um animal, esse sempre foi o contraste das realidades dos X-Men e poder juntar todas essas histórias, fazendo com que esses jovens possam dividir experiências e viver uma vida normal, nos faz viajar no tempo e lembrar dos quadrinhos e das animações dos X-Men.

Ciclope (Tye Sheridan) um cara descolado que tem sua vida totalmente transformada da noite para o dia se junta com Jean Grey (Sophie Turner) que é muito discriminada pelos próprios mutantes a sua volta por sua falta de controle, temos também Noturno (Kodi Smit-Mcphee) e Cia. Juntos eles trazem tudo aquilo que faltou nos primeiros X-Men. A parte de agir como jovens, indo ao cinema, passeando de carro e curtindo a vida mesmo sendo diferente do resto do mundo. Essa é a essência. Porém todo o material que foi prometido em trailers e imagens não aparecem no filme. A própria Jubileu é ignorada e mais parece um easter egg do que uma personagem confirmada no filme.

Após os esforços do Professor Xavier (Jamie McAvoy) de tentar integrar essas crianças através de estudo e adaptação, algo é mudado drasticamente na terra. O grande Apocalipse é despertado e em sua volta ele anseia por mudanças, ele acredita que os fracos dominam o mundo e os fortes fogem. E assim ele vai em busca de seus novos cavaleiros para poder fazer jus a seu nome, trazendo o fim do mundo construído em seu descanso milenar.

O papel mais dramático fica nas mãos novamente de Magneto (Michael Fassbender) no qual ele tenta seguir a vida após estar na mira dos governos mundiais, ele se esconde e cria uma família. Porém as coisas mudam completamente e todo o seu desprezo pela humanidade e sua vontade de vingar que aconteceu no passado retorna de forma drástica e ele sim encontra motivos suficientes para se tornar um dos maiores vilões que foi construído através dos filmes. Apesar de muita computação gráfica nas partes finais do filme, Fassbender encontra uma atuação memorável e ele brilha novamente no papel de Magneto.

Apocalipse então consegue seus novos cavaleiros, contando com Tempestade (AlexandriaShipp), Anjo (Ben Hardy), Psylocke (Olivia Munn) e Magneto (Fassbender) partindo para uma nova fase, no qual ele precisa de um mutante para realizar o último passo da sua evolução. A última peça que faltava era Charles Xavier. Usando um pouco dos poderes de Charles ele manipula o mundo e cria o caos com apenas palavras e seus atos.

Sem o seu líder máximo, os X-Men precisam agora se juntar e escolhem a Mística (Jennifer Lawrence) como sua líder nessa jornada. Nesse filme ela é o símbolo da revolução dos mutantes e muitos a veneram mesmo ela não querendo esse reconhecimento. Isso irá incomodar bastante o fã dos quadrinhos, porém eles tinham que seguir e transformar ela neste símbolo para que se conclua o arco da Mística como líder e no final, transforma-la no que ela sempre foi. Uma grande aliada e amiga de Magneto.

Há muitos problemas de roteiro no filme e muitos diálogos que são desnecessários. Pouca coisa é explicada do vilão e isso irá incomodar quem não conhece o universo dos quadrinhos.

A maquiagem atrapalhou um pouco a interpretação de Oscar Isaac como Apocalipse, transformando o personagem em um robô sem muitos movimentos. Porém o personagem se encaixa melhor no cinema do que nos quadrinhos.

O abuso do CGI que é utilizado nas cenas finais, faz com que personagens como Psylocke sejam pouco utilizados, mesmo a personagem tendo um traje incrível, fiel e de causar inveja.

As batalhas são excelentes mas acabam deixando de lado a atuação dos personagens.

Jean Grey revela todo o seu poder e mostra que podemos ter esperança com o futuro da franquia ou até numa possível saga famosa nos quadrinhos

Evan Peters (Mercúrio) demonstrou ser o personagem mais engraçado de todos os X-Men. Todas as suas aparições são excelente e nisso podemos dizer que eles arrebentaram com o CGI. Usando da mesma técnica de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido para pausar o tempo por causa de sua velocidade absurda, ele trará grandes momentos ao filme, trocando completamente de tom batalha final. O passado de sua mãe com Magneto é abordado e trará grandes proporções ao filme.

 

Conclusão:

 

X-Men Apocalipse trouxe aos cinemas os mutantes clássicos, apresentando cada um deles e trazendo a verdadeira juventude da franquia. O filme é fan service o tempo todo e você terá muitas referências para buscar em todo o filme, principalmente a Arma-X

Eles acertaram muito no começo do filme, dando a sensação que algo grande aconteceria e que finalmente tivéssemos um fim épico. A grande quantidade de CGI utilizada em algumas cenas podem ser consideradas entediantes em certos momentos, apesar que eles conseguem dar a volta por cima trazendo todos os personagens para o campo e proporcionando uma batalha final digna dos X-Men e épica pela grandiosidade.

Muito do que foi mostrado ao longo dos dias foi cortado na edição final e é perceptível que faltaram partes para enriquecer o roteiro.

Outra coisa complicada no filme, é a do linha do tempo bagunçada e a impressão que fica é que eles esqueceram o final do filme anterior.

As mortes de personagens importantes e a cena sanguinária causada por um indivíduo muito conhecido trazem um tom de seriedade na trama e as atuações de Michael Fassbender e o alívio cômico causado por Evan Peters definitivamente faz com que o filme se saia melhor do que o seu anterior.

A cena pós-créditos da indícios de que a franquia tem gás para continuar, mostrando vilões que podem ser melhor elaborados, mesmo que a atuação de Oscar Isaac não seja uma decepção e sim a elaboração do personagem.

O filme irá agradar ao público em geral, porém irá causar um pouco de desconforto aos fãs dos quadrinhos.

Com direção de Bryan Singer “X-Men: Apocalipse” estreia dia 19 nos cinemas.

 

Nota: 8

Guilherme
Guilhermehttp://geeksaw.com.br/
Primeiro Batman antes de Bruce Wayne. Extrovertido e sem graça. Uma mistura de piadas ruins e clichês, e um senso de humor gigante para rir delas. Editor chefe do GeekSaw. Apaixonado pela "Bigscreen" e por tudo que é novidade.
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