quinta-feira, 10, out, 2024

spot_img

Análise – Resident Evil 3 Remake

Seguindo o sucesso de Resident Evil 2 Remake, a Capcom não perdeu tempo e tratou de colocar no forno outro título de peso para a lista de reimaginações e claro que Resident Evil 3 iria sair pois o título é considerado o melhor da trilogia do saudoso Playstation 1 por muitos jogadores, mas será que este Remake trouxe tudo que a versão de 1999 mostrou e que fez tantos fãs enlouquecerem com as perseguições de Nêmesis do começo ao fim do jogo?

 

Quando temos a ideia de uma reimaginação logo vem a cabeça o pensamento de algo novo ou até uma mesma história contada de uma forma diferente, e assim que começamos a jogar RE3 Remake, já nos seus primeiros minutos temos esse sentimento e a sensação de que muita coisa nova vem pela frente.

A introdução do jogo nos transporta para a casa de Jill, e vemos como os acontecimentos na mansão no primeiro jogo á abalou mentalmente, neste primeiro contato temos uma câmera em primeira pessoa com uma visão mais aproximada e detalhada dos cômodos e objetos da casa, é como se a Capcom não quisesse que esqueçamos da jogabilidade de Resident Evil 7 onde todo o jogo se passa em primeira pessoa. É bem possível que futuros títulos venham com esta perspectiva, quem sabe um Resident Evil 8.

Esta não é a feição de quem está dormindo bem.

Jill vive um pesadelo, esteja dormindo ou acordada.Nota-se toda uma preocupação para apresentar um novo começo para o jogo, com uma perseguição inédita por entre apartamentos até finalmente se localizar em meio ao caos da cidade de Raccoon City onde este, pelo menos no início, é o palco principal da trama.

Toda a ambientação da cidade é retratada de forma maestral com becos, lojas de conveniência, carros e escombros por toda a parte no início do que seria o fim de Raccoon City. O visual de caos está ali e presenciamos cada acontecimento, porém de uma forma linear, sem opção de explorar ou investigar arredores, uma grande linha reta até a próxima etapa. Esta parte poderia ter sido melhor aproveitada dando mais liberdade ao jogador, expandindo mais o mapa nesta região enquanto introduzia os comandos básicos, seria uma tutorial mais dinâmico e divertido.

O caos está tomado em Raccoon City. 

O beco até está bem iluminado, o problema é o que tem mais a frente.

 

Após conhecer os comandos nestes minutos iniciais temos a disposição a liberdade de explorar Raccoon, e este é o maior palco e um dos melhores momentos do jogo, é possível visitar varias lojas e locais importantes como a estação de metro, e durante estas incursões temos alguns encontros com o maior antagonista desse episódio, Nêmesis. Como na versão original ele irá te perseguir por ruas, passará por portas e usará armas para aniquilar a última sobrevivente dos S.T.A.R.S. na cidade.

O jogo começa muito bem e apresenta boas cenas de ação, mas a medida que vamos percebendo a falta de alguns elementos aquele sentimento empolgante do início começa a mudar. Um exemplo claro foi a abertura do jogo original não estar presente mostrando todos os policiais enfrentando as hordas de zumbis, assim como não vimos o grupo especial da Umbrella (UBCS) chegando para ajudar na pandemia, em vez disso foi introduzido cenas de um telejornal noticiando o fatos e mostrando cenas de confronto, outro ponto retirado foi a morte de Brad Vickers pelas mãos de Nêmesis, aqui ele nem sequer vê o monstro e morre de uma maneira bem clichê e sem graça.

 

Nem os agentes dos S.T.A.R.S. estão seguros numa cidade sitiada.

 

Conforme o jogo se estende vemos que muitos locais originais foram retirados do gameplay, locais como o posto de gasolina, o cemitério e principalmente a torre do relógio que aqui foi retratada apenas como um folheto informativo que é encontrado além de plano de fundo para um dos combates contra Nêmesis, e isto é um ponto muito negativo pois o que deixava a jogabilidade atraente era justamente a possibilidade de se visitar diversos pontos da cidade para a solução de diversos puzzles e assim continuar avançando na história. E falando dos puzzles, estes praticamente foram deixados de lado, não espere nada com um grau de dificuldade elaborado pois todos os itens que você precisa encontrar são fáceis de se obter, o foco foi totalmente voltado para a ação, matar inimigos e seguir o ponto indicado no mapa é basicamente o que você precisa para avançar.

Quando a primeira etapa do jogo acaba e deixamos a cidade de Raccoon para trás, é o momento onde a exploração livre também tem fim, desse ponto em diante o jogo nos entrega um trajeto pré-determinado sem toda a dinâmica das perseguições com o Nêmesis, isto porque durante o segundo confronto encontramos um Nêmesis diferente, em sua segunda fase de mutação, ele perde os traços humanoides e ganha uma forma quadrupede, parece que toda a inteligência que ele tinha também se vai, seus golpes passam a ser mordidas e arranhões, esqueça as perseguições por becos e ruas, nada de laça-chamas ou lança-foguetes, a partir dai um novo inimigo surge e não é bem o que esperávamos.

Eu considero o Nêmesis uma figura imponente e que passa terror, esse é seu objetivo, e sempre que o encontramos a opção de fugir parece ser a melhor, ele é como o T-1000 em o Exterminador do Futuro II, implacável e imparável, você nunca sabe de onde ele virá até ele quebrar uma parede ou pular bem na sua frente, todo esse aspecto se dá só durante a fase humanoide dele, no original ele não nos deixa em paz até quase o fim do jogo, até que ele se transformar em uma massa de carne irracional, no Remake perdemos o personagem praticamente no meio da história e essa não foi uma mudança muito bem vinda.

 

Dificilmente alguma coisa irá parar Nêmesis, no máximo retarda-lo.

 

Os eventos retirados do jogo realmente fazem falta e é uma pena não terem sido incorporados na trama, mas as partes reimaginadas fazem bonito e não deixam a desejar em nada. Uma adição muito boa foi a localidade dos esgotos, que possui uma área ampla se comparada com o original, é lá que encontramos os Hunters Gama, agora com um visual mais intimidador, possuem uma baixa resistência mas caso cheguem muito perto podem engolir Jill de uma vez. Um local que não é novo mas ganhou uma reimaginação fantástica foi o hospital, é nele que o coadjuvante Carlos Oliveira mostra suas habilidades, todo o cenário do hospital foi refeito e tudo que se passa lá é novidade, é um momento onde vemos como o personagem de Carlos foi aproveitado ganhando mais espaço e muito mais importância na trama. Antes de jogarmos com Carlos no hospital, jogamos com ele na delegacia, ao invés de Jill entrar lá no início do jogo é com Carlos que visitamos, e podemos dizer que o trabalho que foi feito em RE2 está aqui, vemos acontecimentos antes de Leon e Claire, como por exemplo, como o policial Marvin Branagah foi mordido, ou como os dois policiais no corredor foram mortos pelo Licker, para manter a coerência todas as combinações de cadeados e cofres são as mesmas do Remake anterior e é possível abrir a maioria com Carlos.

 

No hospital aparecem os Hunters Beta, além de rápidos possuem uma couraça espessa resistente a tiros. 

 

De visual novo, Carlos está mais badass do que nunca.

Além de Carlos ter ganhado mais espaço na trama outros personagens tiveram algumas mudanças significativas seja em personalidade ou participação, Mikhail Victor, Capitão dos mercenários ainda aparece no vagão do trem, tem alguns diálogos extras com Carlos mas perdeu sua pequena batalha com Nêmesis no vagão, Nicholai Ginovaef por outro lado ganhou mais participação e uma personalidade mais arrogante e debochada, ele parece não se importar com o que está acontecendo e demonstra isso com suas atitudes perante Jill, já todos os outros mercenários que apareciam na versão original morriam nas mãos de Nicholai em algum momento, mas um deles também ganhou um papel importante e acompanha a trama até próximo o seu desfecho, trata-se de Tyrell Patrick, ele acompanha Carlos na delegacia e posteriormente Jill quando esta está se dirigindo para as instalações secretas da Umbrella.

 

Tyrell foi um personagem muito bem aproveitado na trama.

 

Falando de mecânica de jogo, não temos alterações com relação ao RE2, tanto comandos de movimento e ação são os mesmos, o menu de itens também volta e segue no padrão do RE7, uma característica velha que foi renovada é a esquiva que Jill usava no original, lá o jogador precisava atirar no momento exato que fosse ser atingido por um inimigo para que acontecesse o comando, no fim das contas mais se sofria dano do que se conseguia fazer a esquiva, e muitas vezes mesmo esquivando inimigos como o Nêmesis ainda conseguiam te acertar golpes, resultando em uma frustração mesmo tento executado o comando perfeitamente. Aqui no Remake tudo funciona melhor, o jogador pode executar a esquiva a qualquer hora que quiser, basta apertar o botão R1, Jill faz um leve balanço na direção imposta, mas é uma esquiva comum e pode ser facilmente cortada com investidas inimigas, mas se você fizer o comando no momento certo Jill faz um rolamento perfeito e neste momento a mira foca e trava no ponto fraco do inimigo abrindo chance para vários tiros certeiros, após algum treino garanto que esta habilidade vai funcionar com muito mais efetividade do que na versão original.

 

Durante a esquiva perfeita a câmera desfoca a imagem, em seguida trava a mira no ponto fraco do inimigo.

 

Apesar de terem sido atualizados para um padrão mais moderno com relação as versões originais, estes Remakes não contam com ataques físicos como passou a acontecer a partir de RE4, então contamos apenas com as armas de fogo e de vez em quando o uso da faca de combate. No RE3 original tínhamos 13 armas a disposição, contando as duas facas e duas pistolas iniciais de cada personagem, no Remake temos um total de 10 armas na campanha, sendo que nessa soma estão as duas facas e as duas pistolas iniciais, de resto temos uma pistola com capacidade maior de tiros, a espingarda M3, o fuzil de assalto CQBR, o lança-granadas MGL e por fim a magnum falcão-relâmpago .44AE. Outra característica modificada do original é que quando Nêmesis era derrotado ele soltava partes de armas no chão, especificamente uma pistola e uma espingarda, ambas mais poderosas, cada uma destas armas com partes A e B para serem recolhidas e montadas, além de 2 kits para 3 sprays de primeiro-socorros, agora ao derrotar o colosso ele deixa para trás um equipamento para ser instalado na pistola e munições variadas, essa modificação faz com que não se tenha tanta necessidade de derrota-lo pois a recompensa não corresponde a tamanho desafio e após descobrir isso dificilmente algum jogador vai querer enfrenta-lo em níveis mais difíceis sem uma arma infinita.

Além do equipamento de pistola conseguido no confronto com Nêmesis, outros acessórios também podem ser encontrados no decorrer da aventura, a única arma que não possui upgrade é o lança-granadas, afinal seu poder destrutivo já é alto o suficiente além de ter diversos tipos de munições.

 

Detalhe do fuzil com todos os seus upgrades equipados.

 

Outro fator que não pode faltar é uma boa trilha sonora, mas em muitos momentos o Remake nos entrega um completo silêncio, nada de musiquinha ao fundo distraindo o jogador, em várias ocasiões somos pegos apenas escutando sussurros de zumbis, tiros de outros sobreviventes ou policiais, até barulho de helicópteros sobrevoando provavelmente da equipe UBCS da Umbrella, esse silêncio funciona e nos deixa apreensivos, alerta para qualquer ameaça que possa surgir, mas a trilha sonora também está presente em diversas etapas, diferente do original, mas ainda sim boa, a música de tensão que toca toda vez que Nêmesis aparece nos deixa agoniados, e ela não passa enquanto ele estiver em seu encalço ou durante um confronto inevitável, já em outros ambientes como no hospital, a trilha começa calma e vai tomando um ritmo mais frenético a medida que se chega no objetivo, um jeito de perceber o grau de urgência da situação. Seja com trilha sonora ou em completo silêncio, o jogo nos entrega uma sonoridade condizente e competente, marca de todos os jogos da franquia Resident, e claro aqui neste Remake não seria diferente.

 

No hospital a trilha acompanha a tensão crescente conforme hordas de inimigos aparecem.

 

Os inimigos do jogo ainda estão presentes em sua maioria, mas como no Remake anterior tivemos a falta das aranhas, inimigos que nem são tão ameaçadores mas que só a presença já causam calafrios, basta lembra delas no primeiro Remake, além das normais que já eram enormes ainda tinha a aranha chefona Black Tiger, são inimigos que mereciam e deveriam estar presente. Além delas os corvos também foram retirados, outro inimigo nada ameaçador porém chato, sempre que avistávamos um bando a melhor opção era andar para não chamar a atenção deles, ou na pior hipótese correr até a porta mais próxima.

 

Em uma das artes conceituais podemos notar duas pessoas presas e penduradas por teias no canto inferior direito, talvez pensaram na ideia de colocar as aranhas.

 

Os cachorros agora foram resumidos a míseros 4 na campanha inteira, inimigos estes que poderiam ter sido aproveitados durante a etapa na cidade, muitos locais abertos dariam ótimas oportunidades de combate, mas infelizmente isso não aconteceu. Os drain deimos, insetos sugadores de cérebro estão presentes, mas menores e mais numerosos em uma nova área, durante a etapa de ligar a energia passamos por uma rede de distribuição e nos deparamos com eles, esses insetos causam um novo status negativo em Jill chamado “parasita”, eles usam um tubo diretamente dentro da boca de Jill para depositar pequenos parasitas sendo necessário usar uma erva verde no mesmo momento causando um vomito para expulsar os bichos do corpo, é uma cena bem nojenta de se ver.

 

Menores e mais numerosos, essas pragas aparecem de todos os lados.

 

O momento em que um drain deimos esta prestes a depositar os parasitas na garganta de Jill.

 

O fator replay do jogo é representado na forma de novos níveis de dificuldade que são desbloqueados quando se vence o jogo no nível intenso (hard), habilita-se o nível pesadelo, nele inimigos são mais fortes e mais resistentes e a munição mais escassa, conseguindo vencer o próximo debloqueado e o nível inferno, além de aumentar ainda mais a dificuldade dos inimigos, muitos deles aparecem em locais diferentes e até inimigos que deveriam aparecer só mais a frente já dão o ar da graça mais cedo, também foi retirado o salvamento automático e muitas maquinas de escrever foram retiradas, a única vantagem é poder salvar o jogo sem um limite, então retirar algumas maquinas não é um prejuízo total, neste nível os fãs poderão testar as habilidades adquiridas durante os outros gameplay.

Para facilitar a vida dos jogadores, assim que se vence o jogo pela primeira vez uma loja é desbloqueada para que, com pontos acumulados durante a jogatina atual e futuras, se compre muitos itens que serão de extrema ajuda em níveis mais difíceis, itens que variam de moedas para defesa, ataque e regeneração de vida (as mesmas encontradas em RE7), á pistolas, rifles e lança-foguetes infinito, itens peculiares e familiares também podem ser adquiridos como a maquina de fazer munição do RE3 original, aqui não precisamos dela para isso, mas caso carregue essa no seu inventario, toda vez que for combinar as munições vai obter uma quantidade maior, a roupa dos S.T.A.R.S. da Jill também é um item para ser adquirido nesta loja, além de muitos outros, vale a pena juntar pontos para adquirir todos.

 

Vários itens podem ser adquiridos e um deles é o traje dos S.T.A.R.S. da Jill.

 

Um dos fatores para se continuar jogando RE3 que os fãs mais gostavam era o modo mercenários, e aqui infelizmente ele não está presente, ao invés disso fomos apresentados a outro jogo que acompanha RE3 Remake, porém totalmente independente, chama-se “Resident Evil Resistance”.

 

 

Em RE Resistance entramos na pele de pessoas aleatórias que foram membros da corporação Umbrella, ou que tiveram algum tipo de ligação ou contato com a empresa, essas pessoas foram presas e contaminadas com o vírus com o único objetivo de servir de cobaias para testar o poder das armas biológicas criadas.

 

Os sobreviventes ficam presos em uma sala até o vilão decidir usa-los como ratos de teste.

 

A jogatina é totalmente online onde 5 jogadores participam na mesma sala, o legal é que 4 são sobreviventes e um joga como o vilão que tem o controle das criaturas e armadilhas, ele pode colocar em jogo zumbis de vários tipos, armadilhas que imobilizam os sobreviventes, trancas de portas com vários níveis de dificuldade para serem abertas, ter controle de metralhadoras e a melhor opção, por em campo sua arma definitiva, uma B.O.W. (Bio-Organic Weapon), que vária de acordo com o vilão escolhido.

 

Tirano é o primeiro super inimigo que os sobreviventes encaram no inicio do jogo.

 

É possível controlar diretamente a maioria das criaturas, mas a maior satisfação é controlar os chefões, Tirano e Willian Birkin são alguns dos apelões que estão presente e que podem ser controlados.

Já por parte dos sobreviventes, estes possuem habilidades de combate que envolvem diretamente suas profissões, temos o Tyrone, ele fazia parte do Corpo de Bombeiros de Raccoon e por isso possui uma resistência maior que os outros a armadilhas, ou por ser um líder nato, pode usar uma habilidade para reduzir o dano recebido pelos colegas, já Martin é um gênio da mecânica e trabalhava no Hospital Memorial Spencer (o mesmo que Carlos vai á procura da vacina para Jill), lá por acaso descobre o laboratório secreto e é pego, suas habilidades giram em torno de armar e desativar armadilhas, ele é um personagem de suporte. Cada sobrevivente conta com habilidades únicas e que serão de extrema ajuda para o grupo poder sair vivo dessa sessão de tortura e terror.

 

As marcas amarelas simbolizam a onda de varredura que Valerie emite para encontrar itens espalhados pelo cenário, é muito útil. 

 

A jogabilidade necessita de uma internet robusta para que se evite legs, mas caso esse não seja o problema, tudo funciona muito bem, a interação dos sobreviventes é uma das ferramentas para que se possa ter uma fuga bem sucedida, itens podem ser usados em grupo para um melhor aproveitamento além de habilidades únicas, mas para isso todos precisam estar a uma distancia que a habilidade/item alcance, por exemplo um spray de primeiro socorros para se ter efeito no grupo todos precisam estar do lado de quem vai usar, já a habilidade “Revigorante” de Tyrone tem um alcance maior.

 

No resultado mostra uma fuga bem sucedida de toda a equipe, os pontos de desempenho de cada um são mostrados ao final.

 

Por estarem com o vírus no corpo os sobreviventes tem um tempo para que possam fugir (isso não significa que vão sobreviver), e essa é a maior arma do vilão, se não morrerem pelas criaturas, morrerão ao fim da contagem regressiva. Cada fase se inicia com a marca de 5 minutos, tempo este que não é suficiente para o término da missão, porém a medida que os sobreviventes vão derrotando inimigos ou completando objetivos esse tempo é estendido, por outro lado também se perde segundos valiosos toda vez que algum sofre dano ou é nocauteado. Ao todo cada fase possui 3 estágios que devem ser vencidos para se chegar a saída final, e ao longo deles o vilão irá colocar tudo que tiver ao seu dispor para impedi-los.

 

Até o momento temos 6 sobreviventes disponíveis e 4 vilões, Annette Birkin e Alex Wesker são alguns deles. Muito em breve uma nova atualização trará novos sobreviventes e novos vilões a lista, assim como novos cenários para serem usados como campo de teste para a inescrupulosa Umbrella.

 

O vilão segue os passos dos sobreviventes observando todas as câmeras das instalações.

 

Conclusão:

 

Resident Evil 2 Remake foi lançado em 25 de janeiro de 2019 enquanto RE3 Remake pouco mais de 1 ano depois, em 03 de abril de 2020, talvez esse tempo curto entre as duas edições tenha sido um fator determinante para que o jogo sai-se meio “capado”, a falta de muitos cenários clássicos ia sendo sentida a medida que a campanha se estendia, entendemos que uma reimaginação pode mudar muitos fatores, mas a Capcom já tinha acertado lindamente em Resident Evil 1 Remake, absolutamente todos os locais originais estão no jogo, e ainda muitos outros novos foram adicionados, os inimigos estão presente em cada canto em mesmo número, e porque neste caso apenas não seguiram a formula?

Não me entendam mal, Resident Evil 3 Remake é um ótimo jogo, e tudo que ele mostra é fantástico, o jeito que a história é recontada foi muito melhor, a interação com os personagens também, ha mais diálogos e isso no deixa mais ligados a todos os acontecimentos, destaque para Carlos Oliveira que em alguns momentos até tenta tomar o posto de protagonista de Jill e ele quase conseguiu, sua participação no hospital é digna de aplausos, e ele está presente até os últimos passos de Jill, não como no original que ele some por um longo período e só aparece chamando Jill para o helicóptero, Nicholai também ganhou um pouco de destaque, e um desfecho diferente do original, já Tyrell que morria sem nenhuma participação ganhou seu lugar e vai ser lembrado com certeza.

A jogabilidade continua a mesma do Remake anterior com a adição da esquiva, neste ponto tudo perfeito, afinal em time que está ganhando não se mexe, os cenários da cidades são lindos (será que tem beleza na destruição?) e é gratificante voltar a explora-la, é uma pena que esta fase seja tão curta, se 80% do jogo se concentrasse aqui, com certeza teríamos muito mais horas de jogo. O tempo da campanha é relativamente curto, na primeira jogatina é possível terminar entre 6 a 10 horas, depois de conhecer todas a localidades e objetivos e possível diminuir esse tempo para menos de 1 hora, uma marca impressionante, mas isso é coisa de jogadores “speedrun”, esse ponto negativo está presente no original que também era considerado curto demais na época.

Resident Evil 3 Remake é muito bom em tudo que mostra e peca somente em ter retirado muitos momentos clássicos da campanha, ele vai dividir opiniões por esse motivo, mas tenho certeza que quem jogar vai gostar e talvez compartilhar deste pensamento, como sempre digo é um jogo OBRIGATÓRIO para fãs e amantes de um bom “survival horror” e peça indispensável na coleção.

Sobre o Resident Evil Resistance, é um jogo divertido, difícil no inicio, muitos jogadores terão problemas com o tempo e principalmente com vilões apelões chamando B.O.W.s a todo momento, mas isso é uma questão de costume e se familiarizar com cada cenário, a jogabilidade é a mesma de RE3 e os comandos são aprendidos em pouco tempo, o jogador pode treinar o quanto quiser com sobreviventes ou vilões em qualquer cenário e modificar o tempo de jogo (o aumentando), tempo de ação para colocar criaturas e tempo para usar habilidades, isso para depois ir para as partidas online e não fazer feio. Possui um fator replay infinito e logo terá atualizações para o mante-lo assim, é uma complementação que talvez tente substituir o modo mercenários que havia na versão original, porém ainda temos esperança que este modo venha em forma de atualização ou DLC futuramente.

 

Nota: 3/5

Resident Evil 3 e Resistance já estão disponíveis para Playstation 4, Xbox One e PC.

 

 

 

 

spot_img
Charles Odilon
Charles Odilon
Membro do S.T.A.R.S ao lado de Chris, apaixonado por games desde sempre, extrovertido e amigão da vizinhança, segundo super-soldado conhecido pela humanidade e chamado de Nash, analista de games do Portal GeekSaw.

Artigos Relacionados

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here