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Review – Gears 5

Devo começar que dizendo que Gears of War, tem um lugar especial no meu coração, assim como eu, muita pessoas conheceram a plataforma da Microsoft através desta franquia. Acredito que uma geração de gamers, conheceu o lado verde da força após experimentar como serrar seus inimigos de forma visceral, enfincar dardos explosivos, explodir corpos com tiros a queima roupa e a xingar os Locusts! Gears sempre teve uma mecânica simples, porém ela é a principal característica do jogo, que se tornou referencia para muitos outros. Gears 5 chegou com um ar de novidade, com um ar de mudança, deixou um hype de que teríamos uma experiência completamente nova… Isso aconteceu? De fato foi entregue algo novo? Um novo protagonismo que causou um grande barulho na mídia, pessoas alegaram até mesmo que a Microsoft estaria buscando uma lacração, por colocar a Kaith como personagem principal da trama. Seria isso mesmo? A discussão deve cair no tal de quem lacra não lucra? CLARO QUE NÃO! Vamos falar dessa obra maravilhosa que é o Gears 5.

 

História grande, mapa grande, para um jogo grande.

 

Se você jogou o Gears of War 4, sabia que muita coisa deveria ser preenchida dentro deste universo e o relacionamento da Kaith com os vilões da história precisava ser contado para que assim a saga tivesse a devida expansão dentro do seu universo que ela merece. E rola isso no 5! Uma coisa que sempre quis ver era isso, uma história mais densa, um roteiro maior, e tivemos com êxito aqui! Ponto para The Coalition.

Uma das inovações é o mapa semi-aberto no jogo, ao começar a campanha, você irá passar por um tutorial, que irá te mostrar logo de cara que o pessoal da parte gráfica não veio para brincar, (esta lindo o jogo), após passar pelo tutorial, o Ato I será apresentado em dois cenários fechados bem aos moldes dos primeiros jogos da franquia, corredores, lugares para proteção, e muita bala comendo solta por ai. Aqui você já tem uma boa visão do ritmo do jogo e lembra o quanto é bom atirar, serrar e explodir coisas no game.

Mudanças, o pessoal esperava muitas mudanças no game, e precisamos falar do que muda a partir do Ato II do game, você vai dar de cara com um mundo semiaberto, missões secundárias, você terá finalmente personalizações, upgrades no Jack, seu parceiro robótico que não serve só para abrir portas, tudo isso acompanhado da belíssima narrativa que jamais foi apresentada na série.  Fiquei confuso por um instante com as missões secundárias, porque você precisa procurar por elas e elas não estão, assim, tão jogadas na sua cara para fazer. Você precisa procurar um pouco, mas não vi como um ponto negativo. Outra coisa interessante é que agora temos colecionáveis, que irão te dar mais detalhes ainda do universo, porém como o senso de urgência na narrativa do Gears é gritante, eu sempre deixei para ler os itens que eu achei depois das missões, outros itens que eu achei bem interessante são as armas relíquias, esses brinquedos vem com algumas specs a mais, como por exemplo a longshot (sniper), que te da duas balas no tambor, além de ter um skin bem bacana. Outro ponto importante referente a questão das missões secundarias é que elas não te afastam da lore principal do game, essas missões acabam te dando mais informações sobre o enredo do jogo, então no meu ver, vale a pena investir umas horas a mais nessas missões, não somente pela busca dos mil “G”, mas também para o enriquecimento de informação sobre a história.

Vamos falar para o contraste dos dois mapas semiabertos em Gears 5, temos o primeiro mapa, uma paisagem gélida, com muito branco, algo bem claro, uma característica que nunca tinha visto no Gears, este cenário chamou a minha atenção, não só por ser bonito, mas ele te traz o clima que o jogo pede, parece que a qualquer momento a neve e as tempestades irão te matar, ou te colocar em más lençóis, porém não serve somente para beleza este novo visual, as pedras de gelos que caem das montanhas são ótimas barreiras de defesa e você também pode matar as criaturas que cruzarem seu caminho atirando no gelo fino que esta no chão para que elas morram congeladas, Gears 5 trazendo mais uma forma de matarmos Locusts, vamos reclamar? Claro que não!

Saímos do cenário branco, gélido, cores frias, para um mapa desértico, os tons de vermelho e laranja trazem um ar mais quente e vívido para o jogo, da uma gás para você seguir com as suas missões no Ato III, no qual provavelmente você estará xingando alguns personagens que reaparecem para compor o seu time nas próximas missões.

Mesmo mudando de tonalidade, o resultado é o mesmo, um cenário que te da a sensação o tempo todo de esta em um território inóspito, mais missões secundárias, novas armas e mais monstros para arrancarmos as cabeças.

Uma coisa que a The Coalition acertou foi na dublagem, optem para seguir com o pai da Pepa Pig te dando as coordenadas (Sim o Marcus Fenix tem a mesma voz do pai da Pepa e sim ficou ótimo), as piadas dos personagens são muito bem colocadas, trazem o alívio cômico que o jogo precisa, sem forçar uma piada desnecessária ou algo do tipo.

Toda essa mudança, de cenário ainda matem o espirito Gears of War da coisa, só tivemos um aumento de escopo que ao meu ver, novamente, foi ótimo.

Te dar um escudo temporário, jogar flash, controlar inimigos, e te reviver mais efetivamente que o Del! Conheçam Jack, seu robô camarada!

“Mas Kuroi, não quero perder meu tempo conhecendo mais da história só quero sair por aí atirando e serrando os bicho, não tem porque eu fazer as missões secundarias”… A tem meu amigo e como tem! As missões secundárias irão trazer aprimoramentos para o seu companheiro Jack, quem ainda não jogou e só viu trailer, ele foi apresentado como um novo personagem jogável nos modos do multiplayer.

Esta na cara que o Del é o simpatizante em ter maquinas como bichos de estimação, o pior de tudo é que esse robô não tem tanto carisma assim para você se apegar nele logo de cara, porém com o passar do tempo, as habilidades dele se tornam tão uteis, principalmente se você encarar o game do modo experiente pra cima, ou até mesmo nos modo multiplayer horda, ele ajuda e muito, com o passar do tempo, você começa a valorizar mais o robô!

A questão aqui é que ele tem muitas habilidades, ele pode usar flash para cegar os inimigos, usar armadilhas de choque pra atrasa-los, te curar, te reviver (melhor e mais rápido que o Del), e além de tudo, ele é um personagem jogável, ou seja, se pode chamar mais um amigo da live para se juntar na sua aventura como um suporte! Mas o uso das habilidades não são a festa do caqui, elas tem um cooldown bem pesado e por isso investir nas melhorias e em localizar o item que faz você comprar as mesmas valem muito a pena. Por isso que no final das contas as missões secundarias são importantes para nosso amigo.

Contextualizando.

Gears 5 começa exatamente do final do ultimo jogo, ele deixa pontas soltas e muitas duvidas precisam ser respondidas. O final do Gears of War4, me deixou com uma sensação de “ué já acabou, com, preciso saber o que vai acontecer”.

O clima frenético aqui é presente do inicio ao fim, missões e revelações são apresentadas a todos os instantes do game-play, em instantes a transição de bastão de JD como protagonista para a Kaith Diaz é assimilada.

Precisamos fazer um adendo que a transição do protagonismo da personagem não impacta em nada no gameplay, a mecânica ainda é a mesma base do jogo ainda é a mesma. Porém como este Gears 5 está com uma história mais densa, as discussões entre os personagens não são apenas piadas no meio do fogo cruzado, aqui temos revelações intrigas e debates que irão durar o jogo todo.

Fahz Chutani – Sempre tem alguém para atacar a nossa gastrite

No game temos a apresentação do Fahz Chutani, um cara prepotente, birrento, que assim que chega já arruma briga com todos os Gears, suas falas e comportamento nos fazem alimentar uma raiva dele que da muito certo no game, Fahz tem um crescimento natural na trama, não está ali por nada, ele coloca os personagens para trocarem farpas a todo o instante, traz revelações que quase “racha” o grupo entre outras questões. Mas com o tempo todos os soldados focam na sua missão principal e essas “brigas” diminuem.

Mas e a Gameplay, tivemos uma evolução?

Aí que está! É Gears, e Gears é isso, uma mudança exagerada de gameplay não encaixaria com a proposta do jogo, a coisa aqui foi passar o pente fino nos detalhes do combate para melhorar o que já era muito bom, tivemos melhoria no combate corpo a corpo, novas armas, uma melhor controle das armas, entre outros detalhes. Talvez isso possa parecer uma mudança pequena mas dentro do jogo você sente e bem a diferença, percebe uma melhora, eu fico agora imaginando o que eles irão melhorar no próximo jogo.

Os inimigos vem com novidades também, um deles é o bendito do Warden, uma criatura basicamente blindada que só toma dano se você acertar a cabeça dele, outra criatura nova no planeta de Sera, é um monstro similar aos Snatchers, porem ao invés de ele te engolir, ele te da uma gravata e te carrega na base da força. Ainda continuamos a ter os robôs contaminados que tínhamos no quarto jogo da franquia, tome cuidado quando encontra-los, as vezes usar estratégias “stealth” irá lhe poupar tempo e bala.

Uma dica importante, caso você jogue sozinho, depender do computador para que ele te de o suporte na hora de te reviver, poderá ser meio frustrante, Del me deixou morrer algumas vezes enquanto eu estava ao seu lado. Aqui entra mais um motivo para você evoluir bastante o nosso querido robô Jack, pois em determinado nível ele consegue ter a habilidade de reviver você e os amigos.

Gears 5, tem tudo o que você gostaria de ver na franquia e muito mais. Esse jogo é um presente para os fãs da franquia.

O online

O jogo conta ainda com os clássicos modos de horda e pvp, e temos agora o novo modo de fuga.

Os modos de Horda e o Versus, nós já conheceram e no caso do Horda valeria apena até mesmo um texto comentando somente sobre ele! O que posso afirmar é que você ira passar algumas boas horas se divertindo nele.

Porém vamos falar um pouco do modo Fuga. Neste modo, você e mais três amigos terão que escapar de um mapa, porém terão recursos limitados, o que ira te fazer trabalhar muito mais a parte estratégica com um ponto que coloca os players contra a parede! Além das criaturas e dos poucos recursos o seu principal inimigo é o tempo! Isso mesmo, as missões de fuga tem tempo para serem compridas, isso traz algumas características competitivas a mais, porque você terá um ranking com pontuação separada. Um detalhe, todos os recursos nos mapas são únicos, o que ainda traz uma competição entre você e seus amigos.

Importante dizer que para a alegria de todos podemos criar mapas e compartilha-los com a comunidade do jogo.

 

Conclusão

Gears 5, superou as minhas expectativas, este jogo faz com que os gamers desta plataforma (Microsoft), cobrem ainda mais jogos exclusivos nesta qualidade e peso. Um jogo para esquentar o final desta geração, game obrigatório para todos os donos de um Xbox One.

Nota: 4/5

Guilherme
Guilhermehttp://geeksaw.com.br/
Primeiro Batman antes de Bruce Wayne. Extrovertido e sem graça. Uma mistura de piadas ruins e clichês, e um senso de humor gigante para rir delas. Editor chefe do GeekSaw. Apaixonado pela "Bigscreen" e por tudo que é novidade.
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