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Review – Dandy Ace dá um show de mágica nesse roguelike brasileiro (Nintendo Switch)

O sucesso de um jogo sempre dá origem a novos jogos de diferentes desenvolvedores. Às vezes, essas são cópias relativamente pobres, enquanto outras se tornam um jogo totalmente digno. Assim, depois da incrível performance de Hades em seu ano de lançamento, é claro que jogos inspirados nesse sucesso seriam desenvolvidos. Dandy Ace, para sua alegria, fica junto aos jogos dignos.

E, para a nossa alegria, esse jogo foi desenolvido por uma empresa indiebrasileira, a Mad Mimic. Confesso que fiquei boquiaberto quando vi. Adoro quando uma empresa brasileira de games faz um jogo magnífico! Tenho alguns guardados no coração, e Dandy Ace já reservou seu espacinho.

Dandy Ace é um roguelike que segue este fabuloso mágico em sua jornada para derrotar o Ilusionista de Olhos Verdes e se libertar de um espelho amaldiçoado. “Jogue com Dandy Ace, o herói incrível, e sobreviva aos desafios desse palácio extravagante, luxuoso e em constante mudança criado para derrotá-lo, cheio de criaturas bizarras e chefes ultrajantes. Encontre todas as cartas preciosas, reúna shards e ouro, e obtenha ajuda de seus assistentes e aliados não convencionais”.

Dandy Ace é muito semelhante a Hades em vários aspectos. Eis que ele acaba sendo uma ótima alternativa ou até mesmo mais um jogo para a biblioteca. O jogo também é divertido, desafiador e engraçado. Cópia ou não, pode-se dizer que foi definitivamente inspirado no sucesso de Hades. Os gráficos, fases, inimigos, jogabilidade, ambiente, variedade e continuidade de diálogos, e aspectos de comédia estão todos presentes. Mas, é claro, com seus próprios toques únicos que fazem Dandy Ace ser bem distinto de Hades.

Para começar, a maioria dos feitiços de Ace são de longo alcance, enquanto que as armas de Zagreus são mais de combate corpo a corpo. Talvez possamos até dizer que eles são como comparar Tomb Raider e Uncharted: ambos os jogos têm o mesmo estilo, mas ainda são bastante diferentes.

Assim, todos os seus ataques e habilidades são, na verdade, feitiços de cartas mágicas. Afinal, Ace é um birlhante, incrível, magnífico e talentoso mágico! E ele também tem duas belas assistentes. Err… *Ahem* Como eu dizia… Essas cartas são encontradas pelas fases matando inimigos ou em baús, ou forjadas com blueprints. Você pode ter até quatro feitiços equipados e um upgrade ligado a cada um. É possível também alterar a ordem dos ataques e as combinações das cartas a qualquer momento pressionando o botão de pausa. Isso é excelente para testar combinações diferentes e encontrar o estilo que melhor se adapta a você para aquela corrida.

Ao contrário de Hades, em Dandy Ace você só pode comprar upgrades permanentes e trinkets temporárias após cada estágio. Isso é bastante incomum para jogos de roguelike, porque você sempre é forçado a enfrentar alguns problemas antes de poder gastar suas descobertas para a próxima corrida. Afinal, quando morre e volta ao começo, o jogador perde todos os shards adquiridos e que não foram gastos. Esses shards são necessários para poder comprar os upgrades permanentes que te ajudarão a progredir pelo jogo com mais facilidade.

O jogo é bastante desafiador. Eu levei um bom tempo para finalmente passar do segundo estágio. Os riscos em Dandy Ace são sempre muito altos em comparação com outros jogos de roguelike que já joguei, especialmente Hades. Normalmente, nesse tipo de jogo, ao morrer e recomeçar, você mantém seus recursos (ou alguns deles) para comprar upgrades antes de sua próxima corrida. Em Dandy Ace, como já dito, você só pode fazer melhorias e salvar suas blueprints entre os estágios. Tudo que estiver com Ace quando morrer, é perdido.

Além disso, também é um pouco complexo evitar ataques porque alguns deles têm hitboxes estranhas ou são difíceis de ver chegando. Por exemplo, muitas vezes fui atingido por um projétil antes mesmo que ele tocasse meu personagem, ou uma explosão que a hitbox é maior que a área demarcada. Pelo menos, depois de um tempo e perserverança, você aprende a criar estratégias contra essas falhas, mas ainda há momentos em que o jogo te pega de forma inexplicável.

Apesar dessas dificuldades, continuei tentando e tentando, elaborando estratégias e novas combinações de cartas, o que na verdade deixou o jogo bastante divertido. Claro que foi um pouco chato algumas vezes, especialmente quando eu tive tanto prolema para passar do segundo estágio e quase não ganhando nada em troca. Mas eu acho que é assim que os jogos de roguelike funcionam.

Dandy Ace gira em torno da competição de dois mágicos. Por essa razão, o mundo onde Ace é aprisionado tem vários aspectos relaciondos. Os mapas, por exemplo, são coloridos e com um ar meio místico e misterioso. Pelo menos eu achei os visuais bem bonitos. Não é nada de arregalar os olhos, mas é bem feito sim. Dá para ver que teve um certo carinho e cuidado em criar um mundo conectado ao tema do jogo e que agrade ao jogador.

O mesmo pode ser dito para os efeitos sonoros do jogo. Em momento nenhum me deparei com algum som ou música irritante. Tudo une bem, acontece na medida e momentos certos. Nada em excesso ou repetitivo. A música, principalmente, é bem divertida. Tem todo aquele ar alegre de um show de mágica ou circo. Tabém gostei bastante do trabalho de dublagem. Fizeram de uma forma que agrega muita personalidade aos personagens, sem exceção, e é de alta qualidade. Na real, o trabalho de dublagem é um dos meus elementos favoritos no jogo e que mais me lembraram os jogos da Supergiant Games (desenvolvedora de Hades), onde todos se sobressaem na impressionante narrativa.

Concluindo, se você gostou de Hades ou gosta de jogos roguelike em geral, devo dizer que há uma grande chance de você gostar de Dandy Ace também. Ele inclui todos os elementos esperados em um jogo de roguelike e ainda lindamente executados, ao mesmo tempo que adiciona suas próprias coisinhas para tornar o jogo único e viciante.

Dandy Ace está disponível para Nintendo Switch, PS4 e Xbox One, além de PC e macOS através da Steam.

Alexandre
Alexandre
Existem os cavaleiros da tábula redonda e existe eu, o cavaleiro redondo da tábula. Alguns dizem que sou uma lenda, já outros são pessoas de verdade. Amante de games desde a era 8-bits e quando Português não era opção de idioma.
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