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Review – Kingdoms of Amalur: Re-Reckoning (Switch), o remaster de um clássico

Um mundo de fantasia repleto de mistérios, onde quem traça o seu destino é você! Kingdoms of Amalur: Re-Reckoning é uma mistura de jogos como Fable, World of Warcraft e Skyrim. Isso traz diversos pontos positivos, mas consigo alguns pontos negativos também.

Kingdoms of Amalur: Reckoning é um jogo lançado em 2012, lá na época em que Skyrim estourou de sucesso. Lembro inclusive que eu cheguei a comprar o Kingdoms e me envolvi bastante com o estilo. Como não gostava muito de Skyrim, eu dizia que  Kingdoms of Amalur era um Skyrim bom”.

A versão Re-Reckoning é um remaster lançado no final de 2020 para PC, Playstation 4 e Xbox One. Agora em 2021, ele também foi lançado para o Switch. Esta versão inclui todas as DLC’s do original.

Os traços “negativos” que eu mencionei se dão pelo jogo original já ter 9 anos, e Re-Reckoning ser somente um remaster dele. Ele tem um visual, plot, e jogabilidade clássicos de RPG mais antigo, e que não envelheceram muito bem. Um exemplo disso seria o vasto mundo de Amalur que você tem que ficar de “vai e vem” por causa das sidequests, sem encontrar muita coisa interessante pelo caminho. Bem como era World of Warcraft e as missões “iô-iô”. Naquele tempo, legal. Hoje em dia… meh.

Logo no começo do jogo, você morre. Fim.

Brincadeira! Mas sim, você está morto. Você foi abatido em guerra. Seu corpo sem vida, assim como vários outros, é utilizado em um experimento através do Well of Souls (Poço das Almas) na tentativa de realizar o feito da ressurreição. Felizmente para nós jogadores, e por mero capricho das coincidências do destino, o experimento funcionou no protagonista. Mas este é o único momento do jogo em que o destino põe o dedo na vida dele.

Em Kingdoms of Amalur, a vida de todos os seres vivos é desenhada pelas linhas do destino. Tudo está predestinado a acontecer de uma dada forma. Claro que ninguém tem conhecimento do que os aguarda. Então para isso servem os Fateweavers – pessoas com dons especiais para ver as linhas do destino do começo ao fim. As suas linhas, porém, estão embaraçadas e em constante mudança. Isso indica que você é livre (dentro do conceito do jogo) para traçar seu próprio destino, o que pode ser tanto benéfico quanto prejudicial àquelas a sua volta.

Sendo livre, você acaba afetando o destino dos outros também. Pessoas que deveriam morrer para um troll, por exemplo, não morrerão pois você o eliminou antes. As linhas dessas pessoas foram redesenhadas.

Kingdoms of Amalur: Re-Reckoning é um jogo de aventura RPG. Começa-se criando um personagem e escolhendo a raça e sua aparência. Cada raça dá alguns bônus em determinados atributos, que podem ser resetados posteriormente. Ou seja: você pode criar uma raça com mais perícia em magia, por causa da aparência, e transformá-lo num guerreiro depois sem problemas.

Seu personagem tem dois tipos de árvores de evolução. Na primeira, você define alguns atributos como stealth, persuasão, alquimia, entre outros, que lhe ajudarão na aventura como um todo. A segunda é onde você define a classe do personagem, digamos assim, distribuindo pontos de habilidades em Força, Finesse e/ou Bruxaria. Você pode distribuir esses pontos como quiser, e criar um guerreiro brutão, ou um ladino meio bruxo. Ou até mesmo um ladino bruxo um tanto que bruto. Entre várias opções e customizações, é possível adaptar o personagem exatamente para o seu estilo de jogo.

O sistema de combate, apesar de dinâmico, ele também é um pouco preso. Como já dito antes, Kingdoms of Amalur segue um sistema mais antigo de RPG, e a versão remaster não o atualizou para os tempos de hoje. No começo, com ataques e habilidades limitados, o combate parece que não se desenvolve bem. Mas a medida em que se adquiri novos poderes e aprimora-se os já adquiridos, tudo começa a fluir melhor e ficar mais interessante.

Então temos o sistema de quests beeeem no modelo World of Warcraft. A missão principal é mais retilínea. Ela não vai te fazer ir e vir com muita frequência. E é até legal a história com toda essa coisa de destino e você ser livre dele e afetar o daqueles à sua volta. Já as sidequestsOh, boy! As sidequests… Se você quiser fazer todas as missões do jogo, prepare-se: vai ter bastante anda-anda. Felizmente, o jogo tambem conta com o delicioso sistema de fast travel para se teleportar até certas áreas do mapa e evitar de cansar os seus pézinhos (ou, no caso, dedinhos, já que é um jogo).

Kingdoms of Amalur: Re-Reckoning é dito ter “mais conteúdo que qualquer jogo single-player merece.” Isso inclui todo o conteúdo de sidequests e histórias paralelas, e também a diversidade em customização do seu personagem. Ainda é um jogo onde muito pode acontecer. 🙂

Kingdoms já era bem vistoso e formoso na época em que foi lançado. E o remaster tem uma experiência ainda melhor! Várias texturas, efeitos e partículas, tal como a qualidade de iluminação, sombra e resolução, deixam Re-Reckoning com cara de jogo novo.

Infelizmente, como de prache, há uma larga diferença entre o port para Switch e a versão das demais plataformas. É uma questão que já sabemos bem, pois o Switch é um vídeogame com hardware mais limitado. Então alguns ajustes devem ser feitos para migrar os jogos nele. Tira aqui e ali, reduz um pouco disso e daquilo, e daí temos Kingdoms of Amalur: Re-Reckoning com visuais mais parecidos ao jogo original de 2012. Só que bem mais limpo e polido, pelo menos. 

Por outro lado, o áudio do jogo não fica para trás. O remaster mantém os ótimos efeitos e trilhas sonoras para proporcionar a imersão necessária. Apesar daqueles momentos de “vazio” (devido à imensidão do mapa), quando se está em meio de alguma coisa importante você consegue sentir a emoção.

Apesar dessa balança entre pontos positivos e negativos, Kingdoms of Amalur: Re-Reckoning é capaz sim de trazer boas e longas horas de diversão. Ressalto, novamente, que ele ainda traz consigo aquele aspecto dos RPGs de 10 anos atrás, é importante não embarcar nesse mundo esperando que vá jogar um The Witcher 3, por exemplo.

A versão para o Switch, infelizmente, deixa um pouco menos interessante se comparado com as demais devido à redução gráfica. Mas isso não é o que te afastará do jogo. É um detalhe que o Switch sempre trará consigo quando falamos de jogos que foram portados para ele. Vale a pena? Hmm… Vale. Só é aquele caso clássico de que “se você não quiser jogar portátil, e tiver outro console/PC, seu dinheiro será melhor investido comprando nas outras plataformas.” Ainda mais para nós meros brasileiros…

Nota: 3/5

Alexandre
Alexandre
Existem os cavaleiros da tábula redonda e existe eu, o cavaleiro redondo da tábula. Alguns dizem que sou uma lenda, já outros são pessoas de verdade. Amante de games desde a era 8-bits e quando Português não era opção de idioma.
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  • Games Reviewer
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