A THQ Nordic junto com a Volition Studio nos reapresenta Red Faction Guerrilla Re-Mars-terd, jogo lançado em 2009 para Ps3, Xbox 360 e PC, agora também nas novas plataformas Ps4 e Xbox One, um jogo de tiro em primeira pessoa com foco total na destruição, explosões e demolições farão parte de toda sua jornada durante uma campanha em um mundo aberto gigantesco, junte-se a resistência da Red Faction e domine Marte!
História convencional
Em Red faction Guerrilla Re-Mars-tered você é Alec Mason, um minerador da Terra que veio para Marte a procura de uma oportunidade de trabalho melhor e também para encontrar seu irmão, Daniel Mason.
Chegando em Marte Alec é recepcionado por Daniel que logo lhe apresenta as instalações e onde irá iniciar os seus trabalhos.
Daniel fala sobre a EDF (Earth Defense Force ou Força de Defesa da Terra), entidade responsável pela “segurança” e colonização de Marte, e como ela está agressiva no tratamento dos colonos e trabalhadores, desagradando a maioria, em questão disso surgiu a Red Faction, uma organização rebelde que luta contra a EDF afim de livrar todas as pessoas de sua tirania e por um fim definitivo em um governo de “braço de ferro”.
Após os acontecimentos iniciais, Alec se junta a Red Faction e ai se inicia a nossa campanha.
Mundo aberto com muita terra vermelha
Explorar Marte vai lhe render muitas horas, pois o planeta é enorme e muitas de suas partes ocupadas estão sob o controle da EDF, e para isso, só andar e correr obvio que não será suficiente, e como todo jogo de mundo aberto que se preze não poderia faltar veículos, e eles estão aqui, aos montes e nos mais variados tipos, são bugs, pick-ups, caminhões e tanques, cada um desses com mais de uma variação, serão de total importância no decorrer de todo o jogo, pois além da locomoção, serão uteis nas batalhas contra a EDF e na demolição digamos um pouco mais rápida dos prédios.
A dirigibilidade dos veículos é aceitável, você tem o controle do carro, porém lembre-se que estamos em Marte, e a gravidade não é igual à da Terra, e por conta disso muitas vezes o carro irá capotar sem uma explicação plausível, basta uma pequena rocha no caminho para que aquele controle que parecia ser total se perca, além de possíveis travadas de cenário por conta das partes destruídas dos edifícios, não se assuste ao ficar enganchado com o carro nos escombros, apenas tente a melhor maneira de sair dali, caso esteja em uma batalha a melhor opção e desistir do veículo e corre para se proteger e a partir daí tentar conseguir outra carona.
Alguém ai falou em demolição?
Talvez esse seja o maior atrativo do jogo, destruir tudo, todas as construções podem ser demolidas por completo até que só reste os escombros, a maioria das missões exigem algo do tipo, e para que possamos dominar por completo cada região essa será a tarefa principal, limpar por completo todo e qualquer vestígio da EDF, e tomar posse daquela região para a Red Faction.
A mecânica nesse ponto, na maioria das vezes funciona bem, em algumas ocasiões durante uma destruição de um edifício, tentei derrubar seus alicerces, para uma queda mais rápida, mas ao invés disso, o prédio mesmo com os alicerces destruídos resistiu mais do que deveria, como se estivesse flutuando por alguns segundos, até que finalmente viesse abaixo por completo, um erro gráfico ou seria a gravidade de Marte fazendo efeito?…bom, quem sabe!
Missões opcionais (obrigatórias)
Temos diversas missões opcionais em Red Faction Guerrilla, mas ao invés de apenas estarem lá para complementar, serão parte obrigatória no avanço da história, muitas missões principais só ficarão disponíveis após o termino de determinada missão paralela, e isso pode ser um incomodo para alguns jogadores que só querem terminar a campanha o mais rápido possível.
Além das missões paralelas também temos colecionáveis para encontrar no decorrer do jogo, porém, fiquem tranquilos, não são obrigatórios, mas rendem bons troféus, então fica a critério de cada um coleta-los ou não, dentre os colecionáveis temos alguns exemplos como destruir grandes pedras de minério, destruir placas de propaganda da EDF e encontrar gravações de rádio perdidas, dentre outras coisas, tarefas para se fazer em Marte não vão faltar.
Gráficos remasterizados
Podemos dizer que os gráficos de Red Faction Guerrilla em 2009 não eram ruins, mas também estavam longe de ser ótimos, o jogo pecava em muita coisa, como texturas, iluminação e um defeito que persegue muitos jogos do gênero, os gráficos sendo construídos ao fundo à medida que você avança com um veículo por exemplo, bom, as texturas foram melhoradas, a iluminação está bem mais aparente, locais ficaram com mais cores e detalhes que não haviam foram implementados, porém a parte da construção do cenário à medida que se avança ainda está presente, mesmo que um pouco menos, mas ainda é possível notar as montanhas aparecendo ao fundo ou os grandes edifícios, e se tratando de um remaster era necessário uma correção neste aspecto, mas parece que não foi levado em consideração.
Nas cenas de história também notamos que a qualidade da imagem parece um pouco riscada ou chuviscada melhor dizendo, como se a renderização não estivesse completa, pode ser um aspecto das cenas de história, ou não.
Também tem tiroteio, e muito!!!
Nem só de destruição vive um jogo, e Red Faction Guerrilla tem muitos momentos de tiroteio, é tanto que em muitas ocasiões chega a irritar, vou explicar, para se avançar na história é preciso completar certas missões como já foi mencionado, a maior parte destas missões consiste em destruir prédios e acabar com tropas da EDF, todas as localidades estão marcadas no mapa, e ao escolher uma você verá que existe um certo número de inimigos em cada uma delas, zere esse número e a área estará liberada, porém, muitas vezes mesmo com o número de inimigos abatidos zerado mais e mais inimigos aparecem como se brotassem do chão, até que chega um momento que nossa munição acaba e ficamos na mão, ou pior, morremos e temos que reiniciar, a parte boa é que se você já tiver destruído o prédio alvo e morrer, este não estará mais lá quando você voltar, a questão é, se você não abandonar a área de combate mesmo com o prédio derrubado e com todos os inimigos do contador mortos não irá parar de aparecer soldados, e isso sim é muito chato.
Para completar todas estas missões e aguentar tantos soldados “infinitos” Alec conta com um arsenal bem servido, pistolas e rifles automáticos são fundamentais e não podem faltar assim como a escopeta calibre 12, mas além dessas existem lança foguetes, armas que disparam descargas elétricas que atingem soldados dentro de veículos e outras que atiram serras circulares mortais, também temos granadas de aproximação e cargas remotas com detonação a distância, estas últimas são ótimas para ajudar nas demolições, o único problema é que você só pode levar três destas armas durante as missões, Alec possui um inventário para quatro armas, três a sua escolha e um slot reservado a um martelo que não pode ser substituído, é o seu maior aliado nas demolições e mortal para qualquer inimigo a curta distância.
Além do modo história Red Faction conta com outras modalidades de jogo como “partidas multiplayer” solo, em grupo ou apenas como espectador, um modo denominado de “Grupo de Demolições” onde se pode jogar até 4 jogadores, mas apenas um de cada vez, onde o objetivo é causar a maior destruição possível dentro do tempo estipulado, pode-se selecionar personagens, tipos de armas e outras funções para deixar as partidas mais dinâmicas, vence aquele com a maior pontuação de destruição.
Conclusão
Red Faction Guerrilla Re-Mars-tered é um projeto que poderia ter sido melhor trabalhado, é um jogo interessante e pode sim ser conferido, principalmente por que aqueles que adoram uma destruição desenfreada, tiroteio também não vai faltar, o que pode acabar faltando é sua munição devido aos soldados infinitos, possui alguns defeitos de colisão e ao fundo do cenário ainda é possível notar sua construção sendo executada, mas são aspectos que não interferem de forma brutal na jogabilidade, possui um mundo aberto gigante com colecionáveis que eu diria até que foram colocados de uma forma um tanto quanto exagerada na quantidade, mas que vão lhe proporcionar horas e horas de exploração, com uma mecânica de ação fácil e funcional.
Está disponível para Playstation 4, Xbox One e Pc’s
NOTA 6.5