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Review – Wolfenstein: Youngblood (Nintendo Switch)

Wolfenstein talvez seja a continuação do game que precisamos e não a que queríamos. Desde o renascimento da franquia os desenvolvedores vem fazendo um bom trabalho. Wolfenstein Youngblood foi anunciado trazendo este ar de que o bom trabalho continuaria sendo feito, é claro que ficamos ansiosos por este jogo.

O maior pecado seria trazer a bagagem do Wolfenstein II: The New Colossus, jogo da série lançado em 2017, o jogo é excelente e talvez gostaríamos de reviver essa história com os novos ares, os de Paris na década de 80 dominada pelos nazistas mostrada no game. No entanto, a expectativa foi colocada no seu devido lugar, ao dar de cara com uma gameplay reformulada trazendo novidades no mínimo questionáveis, a questão é, deu certo?

Para antes entrarmos na discussão brava sobre a gameplay do jogo precisamos falar da história deste jogo.

 

As filhas “descoladas” e o pai desaparecido.

Wolfenstein sempre que eu escuto um elogio é por causa da sua história, e nesse jogo a promessa não era diferente, em uma narrativa retro futurista, a Paris toda redesenhada, na qual os nazistas persistiram, uma nova e diferente aventura no universo de Wolfenstein.

O que esta acontecendo?

Youngblood tem como protagonistas as gêmeas Jessica e Sophia, as irmãs fugiram de casa para achar o seu pai que está desaparecido, o famoso B.J Blazkowicz.

As jovens bem humoradas, meio que da zueira a moda antiga, porem com um amor palpável entre elas, saem dando tiro e destroçando os robôs malucos nazistas em busca do seu pai. Ambas tem um temperamento que nos lembram o B.J. A história se passa 18/19 anos depois dos acontecimentos do Wolfenstein II: The New Colossus.

 

Jess e Soph são divertidas e doidas. Adorei!

Seria maravilhoso acompanhar o desenvolvimento das duas ao longo da jornada. Queria muito mais dessas duas meninas se aventurando e espancando os vilões com muitas balas e explosões. Mas este futuro promissor é interrompido rapidamente para dar lugar a missões e mapas repetitivos, um sistema de progressão cansativo e pouco foco nas gêmeas. O roteiro não é  muito denso, é um história de resgate, então não tenho muito o que falar sobre este ponto.

 

Ação, isso não falta!

Durante as missões fica nítido que se demora muito mais para matar os vilões, agora temos um sistema que lembra muito The Division, os inimigos possuem level, ou seja, quanto maior o nível do inimigo mais difícil de mata-lo, porém não é só isso, o tipo de munição que você utiliza faz total diferença, e alguns inimigos, como os maiores têm pontos fracos, que se forem atingidos não vai só encurtar o embate como vai fazer você economizar muita munição. Aquele, cachorro, gato, quadrupede gigante que cospe fogo, se você reparar ele tem um tanque nas costas e parte dele exposta na lateral de suas pernas. Atacando ali você ira derruba-lo rapidamente! O segredo é tentar usar a sua irmã de isca caso esteja sozinho, ou se tiver jogando com alguém, basta alguém distrai-lo para derrubar o mesmo.

Você vai ver que até mesmo nos inimigos mais simples, temos que adotar pequenas estratégias diferentes para prosseguir com maior eficácia no game. Os chefes são o ponto alto no quesito desafio, morri algumas boas vezes para derrota-los e isso trazia a boa e velha sensação de recompensa e o gostinho do “protagonismo” o que te da o gás para continuar no game.

 

Arte, resolução e gráficos!

 

Quando vi que o porte foi feito pela Panic Button, fiquei esperançoso que teríamos um excelente port do game. Acho que não chegamos no nível de excelência, mas não é um péssimo trabalho, eu joguei a todo momento no modo dock e eu já esperava durante a gameplay um jogo com menos detalhes, texturas, uma coisa mais simplista, porém algumas vezes, quando o jogo ficava mais frenético ele perdia muito no desempenho e algumas vezes os vilões pareciam borrões na tela, porém isso durava alguns segundos no meio do tiroteio e explosões, isso  não chega a estragar a parte da gameplay.

 

Gameplay frenético, itens customizáveis, e opções de armas.

Já sabemos que a franquia chega com os dois pés no peito no quesito ação, Wolfstein Youngblood chega botando aquela pilha para você sair socando os nazistas e trocar muito, mais muito tiro. Com um level design que permite chegar a lugares mais altos, com bons locais de cobertura, as batalhas do jogo vem com um clima de arena, é sempre um quadrante do mapa repleto de inimigos que te faz passar por uma batalha tensa e pesada, qualquer vacilo ou gasto de munição errada com o inimigo errado pode te prejudicar.

 

Você possui algumas “skills”, como a de camuflagem ou a de conceder mais “escudo ou colete” para a sua parceira, que devem ser usados com bastante atenção pois elas tem um couldown alto, então tem que ter sabedoria na hora de usar.

Guardar granadas também não é muito esperto, já que o jogo sempre te da mais quando você faz uma pequena exploração do mapa, abuse dos explosivos se você tiver uma característica de combate mais agressiva.

No Nintendo Switch, tivemos algumas quedas de FPS, porém o jogo não travou ou reiniciou nenhuma vez, em algumas batalhas de chefes, quando usado a mira de longa distância e estava sendo atacado, perdia um pouco do movimento devido a esta queda de FPS e com isso nem sempre o primeiro ou o segundo tiro era certeiro, mas não é algo que faz querer parar de seguir com o combate.

O jogo não tem muitas armas, mas a quantidade já atende bem o gameplay, e o mais legal é que elas são customizáveis, através de skins, e ainda você pode e deve submetê-las a upgrades para poder encarar os principais vilões do game. São diversas possibilidades e com isso não é sentida a falta de nenhum item. Eles te dão um pacote bom para a bagunça e matança que você esta prestes a cometer.

Isso se aplica as irmãs, conforme seu personagem aumenta de level, ela ganha pontos com os quais você pode comprar melhorias para as suas habilidades que vai te dar aquela ajuda nas batalhas mais difíceis. Você ainda pode comprar algumas customizações estéticas para a armadura da personagem.

Terminamos o jogo com aproximadamente 25 horas, e ainda sem fazer todas as missões extras, então para você que tem tempo e gosta de missões secundaria este jogo é um prato cheio, ele vai te dar diversas missões com pequenos afazeres e muito tiroteio que irá suprir essa necessidade.

Dentro do jogo temos aquele mini game marcando presença! Os fliperamas se encontram no looby do game. Não deixe de aproveitar um pouquinho desta maravilha.

 

O game também traz diversos colecionáveis que está espalhado pelos mapas, então a cada casa, rua, beco que você entrar, explore bastante para que você pegue um “óculos 3D” ou umas das fitas cassetes que estão escondidas por ali.

A trilha sonora do jogo não me trouxe nada de muito especial, porém esta bem feita e atende a proposta do jogo.

Conclusão

Wolfstein Youngblood é um jogo divertido e para quem ama a franquia e não deve ser deixado de lado, para mim, me deu a impressão de que eles testaram novas mecânicas entre outros detalhes para o próximo jogo da franquia principal. O jogo me ganhou pelo seu ritmo frenético alinhada com um roteiro simples, que fazia com que eu simplesmente quisesse só sair atirando nos vilões.

Por termos jogado no Switch fiquei um pouco chateado com o desempenho do jogo que algumas vezes tinha uma queda. A paleta de cores também é um pouco cansativa e repetitiva e que acabou impactando na fotografia do game.

Sendo assim, o que podemos dizer é joguem! Pois vencer os nazistas sempre é bom demais!

Nota: 8.0

Guilherme
Guilhermehttp://geeksaw.com.br/
Primeiro Batman antes de Bruce Wayne. Extrovertido e sem graça. Uma mistura de piadas ruins e clichês, e um senso de humor gigante para rir delas. Editor chefe do GeekSaw. Apaixonado pela "Bigscreen" e por tudo que é novidade.
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