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Crítica – The Batman é sombrio, melancólico e fantástico!

A Vingança está finalmente chegando ao Brasil, o novo filme do Batman com o diretor Matt Reeves finalmente está entre nós. O filme chega aos cinemas de todo o Brasil no dia 03 de março.

Confira a sinopse:

“Batman (The Batman, no original) segue o segundo ano de Bruce Wayne (Robert Pattinson) como o herói de Gotham, causando medo nos corações dos criminosos, levando-o para as sombras de Gotham City. Com apenas alguns aliados de confiança – Alfred Pennyworth (Andy Serkis) e o tenente James Gordon (Jeffrey Wright) – entre a rede corrupta de funcionários e figuras importantes da cidade, o vigilante solitário se estabeleceu como a única personificação da vingança entre seus concidadãos. Mas em uma de suas investigações, Bruce acaba envolvendo o Comissário Gordon e ele mesmo em um jogo de gato e rato ao investigar uma série de maquinações sádicas, uma trilha de pistas enigmáticas, revelando que Charada estava por trás disso tudo. Porém, a investigação acaba o levando a descobrir uma onda de corrupção que envolve o nome de sua família, pondo em risco sua própria integridade e as memórias que tinha sobre seu pai, Thomas Wayne. Conforme as evidências começam a chegar mais perto de casa e a escala dos planos do perpetrador se torna clara, Batman deve forjar novos relacionamentos, desmascarar o culpado e fazer justiça ao abuso de poder e à corrupção que há muito tempo assola Gotham City.”

A empolgação com esse tipo de filme sempre é enorme, hoje a cultura pop enaltece sempre qualquer filme relacionado a quadrinhos e é criado um alvoroço enorme, principalmente quando se trata (Do maior herói dos quadrinhos) do Batman.


Inicialmente esse projeto estava nas mãos de Ben Aflleck que iria dirigir e estrelar o filme, houveram muitos problemas, contrataram um novo diretor e o filme passou a tomar uma forma única, sem seguir o universo que vinha se estabelecendo dentro da Warner Bros. Pois bem, aqui estamos em 2022 com um Batman completamente diferente de tudo o que víamos nos cinemas, mas muito familiar para quem realmente é fã dos quadrinhos. Aliás não só fã de quadrinhos vão se sentir familiarizados com esse novo filme, essa nova abordagem é quase uma carta de amor ao filme Seven – Os Sete Crimes Capitais de David Fincher, como O Poderoso Chefão de Francis Ford Coppola e filmes sobre serial killers com quebra-cabeça de explodir a mente.

A escolha de Matt Reeves para direção foi sem dúvidas a melhor escolha possível, o filme passa uma tensão e uma obscuridade nunca antes vista em filmes de heróis e sem sombra de dúvidas é o mais sombrio de todos. Esqueçam a fórmula Marvel de fazer cinema, pois esse novo filme transcende todo o estigma e se coloca como uma das possíveis obras para concorrer aos grandes prêmios do cinema. A única ressalva, fica por conta de um roteiro extenso, que vai de um lugar para outro sem nenhum sentido, que fica se repetindo várias e várias vezes, deixando a investigação muitas vezes “burra”, ao invés de ir direto ao ponto.

The Batman traz muitos personagens dos quadrinhos, mas finalmente um dos personagens mais importantes é retratado de maneira visceral nas telas de cinema, Gotham City e toda a sua sujeira são tão fortes, que podemos considerar como um dos alicerces desse filme. É uma cidade derrotada, caída, com deformidades e cheia de ambição e que é muito bem representada no personagem Pinguim, que Colin Farrel, irreconhecivelmente faz. Você sempre quer ver mais desses personagens, anseia por mais e as 3 horas de duração te dão isso. Todos têm o tempo de tela necessário para brilhar. Assim como Zoë Kravitz que interpreta a Mulher-Gato que participa ativamente do filme e mostra uma Selina Kyle que ao mesmo tempo é fragilizada pela situação, se torna forte quando incorpora o espirito da Mulher-Gato.

Para quem estava com o pé atrás (Sem nenhum embasamento) sobre Robert Pattinson interpretando o papel de Homem-Morcego, podem ir tranquilamente pois temos aqui um Batman entre os melhores de todos os tempos. Muito mais realista que o Batman de Christian Bale, mais perturbado e com cicatrizes incuráveis, temos a melhor representação de um homem viciado em ser “a noite”, vestir o traje e sair nas ruas é a droga que Bruce Wayne precisa e utiliza isso como a única forma de realmente sobreviver aos cacos que a vida dele se tornou. Um Batman que vai de peito aberto em qualquer situação, se tornando o medo dos bandidos de Gotham e escalando para se tornar o grande herói dos quadrinhos. Só não coloco esse Batman de Robert Pattinson com o maior Batman dos cinemas, pelo fato de vermos muito pouco de Bruce Wayne. Claramente um Batman perturbado de verdade que não consegue viver a vida além da capa e do capuz, essa versão é a mais triste e mais obscura do personagem e ele utiliza tudo isso para impor o medo em Gotham. Pattinson traz uma atuação magnifica e é a junção perfeita, ninguém poderia fazer essa versão do Batman igual ou melhor do que ele, pois ele traz profundidade, melancolia, dor e tragédia em seu DNA. Todas as suas entradas são elevadas com uma trilha sonora esplêndida, com Nirvana e até mesmo músicas religiosas para os vilões

Pela primeira vez, temos um filme do Batman que mescla terror e ação, colocando o herói nas sombras e seus vilões ainda mais psicóticos. Charada é o vilão perfeito, pois ele coloca nosso “mocinho vingativo” em um patamar ainda maior e por causa disso temos um filme onde o maior detetive do mundo finalmente ganha vida. Dessa vez não é sobre dinheiro ou recursos, e sim sobre a mente brilhante de Bruce Wayne e sua sanha por vingança ou justiça.

A construção desse Batman nos cinemas se dá a passos curtos, mas que te coloca quase como primeira pessoa, é como se evoluíssemos junto com ele e sentíssemos todas as suas dores.

Ação realística e de qualidade, muita violência e até mesmo sustos é o que te espera quando for acompanhar Robert Pattinson e companhia nos cinemas. Matt Reeves insere tudo isso em um filme de muitas reviravoltas, investigações e muito sangue. Um dos melhores filmes do diretor que tem em sua carreira os dois últimos filmes de Planeta dos Macacos.

Investigação, terror, suspense, ação, romance é embalado no novo filme do Batman e era tudo aquilo que esperávamos de uma encarnação do Homem-Morcego nos cinemas, que abre caminho para um futuro próspero e revolucionários para os filmes baseados em quadrinho.

The Batman peca nos excessos do roteiro e acerta em seu personagem e no ambiente criado, trazendo uma narrativa gótica e melancólica para esse universo e se arrisca fugindo da fórmula dos quadrinhos que veem dando certo no cinema e acerta em cheio para os amantes da sétima arte e transcende como filme de cultura pop. É uma aventura cheia de cicatrizes, com um Batman perturbado e em busca de vingança, que deve decidir seu caminho para se tornar o grande herói que conhecemos dos quadrinhos. Robert Pattinson nasceu para ser esse Batman!

Nota: 4/5

The Batman chega aos cinemas em 03 de março. Corram para ver!

Guilherme
Guilhermehttp://geeksaw.com.br/
Primeiro Batman antes de Bruce Wayne. Extrovertido e sem graça. Uma mistura de piadas ruins e clichês, e um senso de humor gigante para rir delas. Editor chefe do GeekSaw. Apaixonado pela "Bigscreen" e por tudo que é novidade.
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